Não é segredo para ninguém que, em 2012, o cinema brasileiro
contabilizou um dos piores resultados de público desde a sua retomada
nos anos 1990. Filmes-prontos como “E aí, comeu?” foram alguns dos
únicos que se destacaram com mais de dois milhões de pagantes. Não se
sabe ao certo quais são as razões para o árido cenário cinematográfico, o
que se sabe é que “Gonzaga – De Pai para Filho” é a esperança de
reverter este quadro.
O longa, dirigido pela mão sensível do carioca Breno Silveira – o
mesmo do sucesso “Dois Filhos de Francisco” –, foi orçado em R$12
milhões de reais e terá sua estreia no próximo dia 27 de setembro, na
abertura do Festival do Rio, com ares de superprodução.
“Gonzaga – De Pai para Filho” conta a história de Luiz Gonzaga
(1912-1989), o rei do baião, mas do ponto de vista de seu filho, o
cantor Gonzaguinha (1945-1991), que não tinha uma relação muito próxima
com o pai, já que tiveram poucos anos de convivência. O relato, dividido
em três épocas, explica como Gonzaguinha conheceu a importância e a
essência de Gonzagão próximo e após sua morte.
Previsto para entrar em circuito no dia 26 de outubro, com 400
cópias, o filme nasceu de uma caixa de fitas cassete em que Gonzaguinha
conversa com o pai. Elas foram entregues ao diretor do filme por Marcia
Braga, produtora, e Maria Rachel, que participa do roteiro, escrito por
Patrícia Andrade (fiel parceira do cineasta) com colaboração de George
Moura. Silveira também usa o livro “Gonzaguinha e Gonzagão – Uma
história brasileira”, de Regina Echeverria.
- Fica claro naquelas gravações o quanto Gonzaguinha, criado no Morro
de São Carlos pelos padrinhos Dina e Xavier (vividos por Silvia Buarque
e Luciano Quirino), desconhecia seu pai, que morreria pouco tempo
depois. Há trechos da conversa deles em que você chora. Gonzaguinha diz:
“Tô chegando no sertão. Sertão que era do meu pai. Pai que eu não
conheci direito” – contou Breno Silveira ao jornal O Globo.
- Mas as falas de Gonzagão mostram o quanto ele admirava aquele
garoto, de quem acabou se afastando após a morte da mulher, Odaléia
(Nanda Costa) – diz Silveira, que incorpora imagens de arquivo ao longa
nos moldes do que fez em “Dois Filhos de Francisco”.
Lançado no centenário de nascimento do rei do baião, o filme vai
virar uma micro-série na TV Globo após o seu lançamento e promete fortes
emoções ao público brasileiro.
Fonte http://www.revistaafro.com.br
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