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22 outubro 2012

O rei do baião é a esperança do cinema nacional



Não é segredo para ninguém que, em 2012, o cinema brasileiro contabilizou um dos piores resultados de público desde a sua retomada nos anos 1990. Filmes-prontos como “E aí, comeu?” foram alguns dos únicos que se destacaram com mais de dois milhões de pagantes. Não se sabe ao certo quais são as razões para o árido cenário cinematográfico, o que se sabe é que “Gonzaga – De Pai para Filho” é a esperança de reverter este quadro.

O longa, dirigido pela mão sensível do carioca Breno Silveira – o mesmo do sucesso “Dois Filhos de Francisco” –, foi orçado em R$12 milhões de reais e terá sua estreia no próximo dia 27 de setembro, na abertura do Festival do Rio, com ares de superprodução.

“Gonzaga – De Pai para Filho” conta a história de Luiz Gonzaga (1912-1989), o rei do baião, mas do ponto de vista de seu filho, o cantor Gonzaguinha (1945-1991), que não tinha uma relação muito próxima com o pai, já que tiveram poucos anos de convivência. O relato, dividido em três épocas, explica como Gonzaguinha conheceu a importância e a essência de Gonzagão próximo e após sua morte.

Previsto para entrar em circuito no dia 26 de outubro, com 400 cópias, o filme nasceu de uma caixa de fitas cassete em que Gonzaguinha conversa com o pai. Elas foram entregues ao diretor do filme por Marcia Braga, produtora, e Maria Rachel, que participa do roteiro, escrito por Patrícia Andrade (fiel parceira do cineasta) com colaboração de George Moura. Silveira também usa o livro “Gonzaguinha e Gonzagão – Uma história brasileira”, de Regina Echeverria.

- Fica claro naquelas gravações o quanto Gonzaguinha, criado no Morro de São Carlos pelos padrinhos Dina e Xavier (vividos por Silvia Buarque e Luciano Quirino), desconhecia seu pai, que morreria pouco tempo depois. Há trechos da conversa deles em que você chora. Gonzaguinha diz: “Tô chegando no sertão. Sertão que era do meu pai. Pai que eu não conheci direito” – contou Breno Silveira ao jornal O Globo.

- Mas as falas de Gonzagão mostram o quanto ele admirava aquele garoto, de quem acabou se afastando após a morte da mulher, Odaléia (Nanda Costa) – diz Silveira, que incorpora imagens de arquivo ao longa nos moldes do que fez em “Dois Filhos de Francisco”.

Lançado no centenário de nascimento do rei do baião, o filme vai virar uma micro-série na TV Globo após o seu lançamento e promete fortes emoções ao público brasileiro.

Fonte http://www.revistaafro.com.br

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