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10 janeiro 2015

“O Pequeno Príncipe” Dez verdades eternas que aprendi com o livro!

PEQUENO PRÍNCIPE CAPA
Por Nara Rúbia Ribeiro
Quando menina, eu não tinha muitos livros. Na verdade, até os seis anos de idade não tinha nenhum. Foi aí que alguém presenteou a nossa família um exemplar de: O Pequeno Príncipe.
Assim se deu a minha estreia no mundo sem precedentes da literatura, e do principezinho… Passava horas olhando as letras e namorando as aquarelas do Saint-Exupéry. Minha mãe leu a história para mim e para o meu irmão por diversas vezes. Até que um dia ela emprestou o livro e nunca mais o vimos.
Então, não foi por acaso que, logo que comecei a trabalhar tratei de comprar outro exemplar. Ainda era adolescente quando sublinhei as frases que mais me marcaram e foram inúmeras as anotações no rodapé e nas laterais.
Eu cresci. Envelheci. Mas como tenho alma de poeta, ouso asseverar que a única sabedoria verdadeira é aquela com as cores da infância. O elevado só pode ser visto no simples, no puro, na singeleza daquele que olha o mundo com olhos desprovidos de blindagens e arestas.
Nesse exercício de regressar infâncias, eis as verdades que aprendi:
1 – “Os baobás, antes de crescer, são pequenos.”
Nunca deixar para amanhã a minha faxina interior.
2 – “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.”
Preciso ter paciência com as minhas próprias limitações até as minhas asas ficarem prontas.
3 – “É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar – replicou o rei. A autoridade baseia-se na razão.”
É desumano exigir do outro a entrega de algo que não lhe pertence. Não posso administrar a posse do outro, muito menos poderia administrar as suas lacunas. Assim, que eu cuide, então, das minha carências!
4 – “Tu julgarás a ti mesmo – respondeu-lhe o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.”
Pensar na vida alheia, nas qualidades alheias é uma distração medíocre. Mais vale o autoconhecimento do que ter decorado a biografia de centenas de outros.
5 – “As estrelas são todas iluminadas… Será que elas brilham para que cada um possa um dia encontrar a sua?”
O universo colabora, dando-nos a luz de indizíveis estrelas. Resta-nos treinar a própria visão para que as saibamos enxergar.
6 – “Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás, para mim, único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.”
As pessoas se permitem cativar por vontade. Talvez inconscientemente, mas por vontade própria. Quando existe um laço assim, de encantamento construído, nenhum silêncio e nenhuma distância lhe pode vencer.
7 – “A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. – Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.”
O homem, na pressa cotidiana, habituou-se à superfície das coisas, dos relacionamentos. Habituou-se à superfície de si. Por isso estamos tão distantes da verdadeira saúde mental. É essa pressa que faz adoecer os homens.
8 – “O essencial é invisível aos olhos.”
Tudo o que vemos é provisório, parcial. Distorcida é a realidade que nos cerca. Aquilo que de fato é ressoa no abstrato, tem vigas invisíveis na alma e não cabe na palma de nenhuma mão.
9 – “Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.”
A importância do outro não reside no outro. Reside em nossa aptidão interior de dispensar a ele o melhor de nós mesmos. É o nosso coração que faz com que o outro se torne tão especial.
10 – “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Talvez a frase mais famosa do livro. É uma assertiva que dispensa explicação. Toda e qualquer fala seria inútil. Se quiseres compreender, exercita-te. Cativa! E cativa-te primeiro a ti. Só assim dimensionarás a responsabilidade de tudo aquilo que é eterno.

Beth Whaanga postou estas fotos no Facebook e perdeu 103 amigos

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(Por baixo do VESTIDO VERMELHO, de Beth Whaanga)
Quero que você faça uma coisa. Quero que olhe uma foto. E depois me diga o que está vendo.
Antes de continuar, vai uma dica: a foto é de uma mulher nua. Isso mesmo, nua. Ainda está disposto a olhar?
Vou lhe dizer outra coisa sobre a mulher nua que você está prestes a ver: ela é uma guerreira do câncer de mama. O corpo que você está prestes a olhar carrega todo um bordado de cicatrizes. É que há toda uma história a ser contada por baixo desse vestido vermelho.
Esta semana a australiana Beth Whaanga, mãe de quatro filhos, respirou fundo e cometeu uma ousadia. Ou melhor, mais que uma ousadia. Dizer que é uma ousadia não faz justiça ao seu ato. O que Beth fez foi se deixar ficar completamente vulnerável. O que ela fez foi de uma bravura, generosidade e coragem extraordinárias, e se eu tivesse um tesauro à mão, inseriria outras mil palavras descritivas.
Beth tirou a roupa e se deixou clicar pela fotógrafa Nadia Mascot, sua amiga de longa data, para um projeto que elas batizaram de Under The Red Dress (Por Baixo do Vestido Vermelho). Num esforço para informar as mulheres sobre o câncer de mama. Num esforço para iniciar uma discussão sobre como as cirurgias contra cânceres transformam o corpo das pessoas e como elas se sentem em relação a elas mesmas. Num esforço para dizer àquela mulher que você encontra no portão da escola, aquela colega de trabalho no departamento ao lado, que é inteiramente possível que seu corpo tenha essa aparência. É inteiramente possível que seu corpo conte uma história que não se reflete em sua aparência externa.
Qual é a história de Beth? Ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama no ano passado, no dia em que completou 32 anos. Mais tarde, foi informada que é portadora do gene BRCA2. Assim, em novembro ela se submeteu a uma mastectomia dupla e uma histerectomia total. E agora seu corpo conta a história...
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(Queda de cabelos ainda em curso / Reconstrução da mama com retalho TRAM / Mastectomia bilateral total / Drenos Bellovac / Reconstrução do umbigo / Reconstrução do retalho TRAM bilateral / Histerectomia total / Perda de peso acelerada)
Veja o que Beth escreveu no Facebook quando postou as imagens para seus amigos verem:
"AVISO: Estas imagens são chocantes e contêm material de topless. A intenção não é que sejam sexuais de nenhuma maneira. O objetivo deste projeto é conscientizar as pessoas do câncer de mama. Se você achar estas imagens ofensivas, por favor as esconda de seu feed.

Todos os dias passamos por pessoas na rua. Essas pessoas parecem normais, mas às vezes, embaixo de suas roupas, seus corpos contam uma história diferente. Nadia Mascot e eu queremos encontrar outras pessoas que se disponham a participar de nosso projeto, para podermos mostrar a outros que o câncer afeta todo o mundo. Velhas ou jovens, a idade não importa: é crucial fazer auto-exame. Isso pode acontecer com você.
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E o que Nadia escreveu:
"Em meu trabalho como fotógrafa, senti o desejo de compartilhar imagens que tivessem mais significado e finalidade. Esse desejo nasceu de uma batalha de saúde que eu própria enfrentei. Quero poder ajudar as pessoas através dos meus talentos. A jornada de Beth, passando pelo diagnóstico e a cirurgia, me comoveu, e eu achei que tinha algo a dizer. Quando fizemos as fotos, tive a inspiração de que a coisa não deveria ficar apenas nisso. Todos os dias passamos por pessoas na rua e enxergamos apenas a fachada delas. Aquilo que elas se sentem à vontade em mostrar ao mundo muitas vezes conta uma história que difere das batalhas particulares delas. Under the Red Dress é um projeto que procura relatar essas histórias silenciosas que as pessoas estão querendo contar, enquanto pessoas estão querendo ouvir. Todo o mundo gosta de ser lembrado de que a pessoa ao lado é apenas humana, como ela própria é.
"Estou olhando estas fotos há uma hora. Fotos de um corpo que passou por uma mastectomia bilateral total. Uma reconstrução de mama. Uma reconstrução de umbigo. Uma histerectomia total. A devastação que a perda de peso rápida provocou em sua pele. A queda de cabelo, que ainda continua.
Estou olhando para isso, mas não é isso o que estou vendo.
O que eu vejo em cada uma dessas imagens é uma mulher que é forte. Valente. Cheia de garra. Uma lutadora. Vejo uma mãe. Uma cunhada. Uma esposa. Uma filha. Uma melhor amiga. Vejo uma mulher que é bela não apesar de suas cicatrizes, mas por causa delas. Uma mulher que está disposta a mergulhar em sua própria vulnerabilidade, num esforço para ajudar outras mulheres. Para lembrar às outras mulheres que precisam fazer auto-exames, ter consciência da questão do câncer de mama, para ajudar a iniciar um debate sobre o caráter insidioso do câncer de mama.
É isso o que vejo quando olho para essas fotos de Beth Whaanga nua. Mas nem todo o mundo enxerga isso. Alguns dos amigos de Beth não enxergaram isso.
Na realidade, quando Beth postou essas imagens no Facebook, 103 de seus amigos DESFIZERAM A AMIZADE com ela imediatamente. Alguns acharam as imagens inapropriadas ou até pornográficas.
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Quando ouvi isso pela primeira vez, fiquei perplexa. Depois, irada. Mas, na realidade, eu entendo. É assustador. Perturbador. Desconcertante. E talvez alguns de vocês que estão lendo isto agora sintam a mesma coisa. Talvez vocês conheçam alguém que já tenha passado por cirurgias recentes para extirpar um câncer. Talvez o câncer de mama esteja presente em sua família. Talvez já tenha passado da hora de você fazer uma mamografia. Ou, quem sabe, você tenha sentido um caroço no seio recentemente e não quis pensar sobre o assunto. Talvez você simplesmente não queira que fiquem lhe lembrando sobre o câncer de mama. E a coisa mais fácil a fazer neste instante é olhar na outra direção. Virar a cabeça. Desfazer a amizade com a mulher que postou estas imagens chocantes. Eu entendo.
Mas estou pedindo a você que olhe para Beth outra vez.
O câncer de mama é o câncer diagnosticado com mais frequência em mulheres na Austrália e no Reino Unido.
Peço que você olhe para Beth outra vez.
Uma em cada oito mulheres terá câncer de mama em algum momento de sua vida.
Estou pedindo que você olhe outra vez.

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Porque Beth precisa de nosso apoio. Ela não precisa se sentir envergonhada de qualquer maneira por ter feito algo tão corajoso, que exigiu tanta valentia. Por ter feito algo com o intuito de ajudar a salvar vidas.
E tenho uma mensagem para você, Beth: se o fato de você ter feito estas fotos e as compartilhado no Facebook significa que uma vida sequer seja salva, se uma mulher apenas, que seja, vá fazer um exame de mama, fazer uma mamografia ou procurar o médico para falar de um caroço que notou no mês passado, porque você teve a coragem de fazer estas fotos e compartilhá-las com o mundo... bem, você será mais que apenas corajosa. Para mim, você é heroína.
Se você quiser participar do projeto Under The Red Dress, dê uma olhada na página dele no Facebook.
Todas as fotos são de Nadia Mascot.
Este post saiu originalmente no mamamia.com.au.
Fonte:http://www.brasilpost.com.br/rebecca-sparrow-/mastectomia-fotos_b_4823845.html?ncid=fcbklnkbrhpmg00000004

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