Por André Santos
Baseado em um artigo de Erik Peterson,
listamos aqui um dos 5 Maiores erros comuns que acontecem no
desenvolvimento de uma Identidade Visual. Saiba também como evitá-los,
se você ainda não sabe muito bem o que é uma Identidade Visual, entre
nesse link aqui.
1 – Começar o processo de Design sem um objetivo explícito
Calmamente,
prepare-se: este é um passo importante para o desenvolvimento.
Encontre-se com seu cliente, pergunte sobre seu negócio, quem são os
maiores competidores, os objetivos de sua companhia, o foco, o público…
Não
é necessário um encontro físico. Designers não tem tanto impedimento em
trabalhar com clientes em outros estados do país, ou até no exterior.
Mas com dedicação e o bom uso das tecnologias (e-mails, messengers),
este encontro certamente será esclarecedor.
Dica:
Tenha um modelo metodológico padrão, inclusive o briefing; mas sempre
adapte-o ao cliente e suas necessidades. Não se perca no pragmatismo,
nem em seu outro extremo, a espera pela inspiração.
2 – Projetar no vácuo
Após
ter uma documentação adequada, como o briefing e um bom e detalhado
mapa mental, pesquise. Não pense que após a reunião você está por dentro
do negócio. Não se empolgue, falta muito pra você conseguir transmitir
todo o conceito do seu cliente. A internet é um bom meio de garimpar
informação, e com certeza o mais prático. Mas não fique só nisso.
Pergunte
a conhecidos, pratique sua percepção e relação social de modo a se
posicionar como a própria marca. Não dependa apenas de pesquisas
padrões. Vá a uma biblioteca, uma exposição, e, claro, procure os
concorrentes, principalmente os mais fortes. Eles com certeza usaram
soluções que você pode, no mínimo, aperfeiçoar.
Isso não é plágio,
se você agir corretamente. Apesar de Ética ser um conceito mais que
abstrato, no fim, você sempre deve saber a diferença entre imitação e
referência.
Dica: Bancos de Imagens, pesquisas
por assuntos e vídeo-comerciais no youtube são uma boa maneira de você
entender como os concorrentes buscam encontrar o usuário. Depois procure
as respostas e feedbacks sobre o que o usuário achou daquelas ações. O
Youtube é ótimo neste sentido, devido aos comentários e às respostas de
vídeo.
3 – Partir pro abraço cedo demais
Em
vez de imaginar – muitas vezes erroneamente – que já sabe do que se
trata aquele briefing, não vá partindo pro computador pra desenhar a
esmo. Em muitos casos, você pode até atingir um resultado estético
atraente, e até quem sabe, conceitualmente adequado. Mas lembre-se: o
desenvolvimento de uma Identidade Visual está muito atrelado ao Branding
e ao Marketing, e partir pro levantamento visual antes de ter uma boa
noção do projeto inteiro raramente dá certo. Então, get the whole
picture, e desenvolva uma visão ampla.
Dica:
Pergunte ao seu cliente, mesmo que informalmente, se ele tem interesse
em divulgar sua marca em outras mídias. Se algum dia ele pretende partir
pra televisão, apesar de no momento seu orçamento não permitir, tenha
isso em mente, e finalize o projeto de uma forma que isso possa se
tornar viável, e não uma dificuldade a ser contornada. Além de mostrar
que você tem interesse em planejar o futuro daquela marca, o resultado
pode ficar ainda melhor visualmente.
4 – Maquiar símbolo e tipografia pra esconder imperfeições
Você
não prencisa encher de sombras e relevos uma marca, para que ela se
torne atraente. Nem usar zilhões de cores só para que ela torne-se uma
marca extrovertida. “O computador é uma ferramenta útil, mas não vai
transformar sua marca ruim em uma boa”. Trate de colocar em mente todas
as possibilidades (item 3, acima) e começar a projetá-la da maneira mais
simples, com o mínimo de floreios possível.
Dica:
Você pode utilizar – com parcimônia – degradês e sombras em marcas que
serão utilizadas predominantemente e meios digitais, mas não deixe de
preparar as versões de uma ou duas cores, pras necessidades. Impressões
em serigrafia, tipográficas, ou policromia, que encarecem à medida que
as cores aumentam, vão exigir um bom jogo de cintura na hora de adaptar.
5 – Apresentação de propostas inadequadas
Você
já deve ter lido em algum lugar que, após digitalizar os rascunhos, e
ficar com vários modelos, deve escolher no máximo três e apresentar ao
cliente, pois mais que isso pode parecer que você não teve – ou usou –
suas habilidades de designer pra se decidir. Prefiro ir além: Apresente
apenas uma. Mesmo que você tenha dúvida sobre qual delas é a mais
apropriada, faça um esforço, pergunte a colegas de escritório, sempre
priorizando a discrição do projeto. O cliente provavelmente vai gostar
de sua determinação e segurança ao apresentar um único modelo, que tenha
sido vitorioso perante os demais.
Se você desenvolveu uma opção
que preenche os requerimentos da marca, mas simplesmente não te agrada:
não mostre. Pra que correr o risco do cliente escolher justamente
aquela? Se existe essa possibilidade, evite-a. Futuramente, você pode se
arrepender caso venha a trabalhar mais vezes com este projeto. E se não
existe a possibilidade, é mais um motivo de não apresentar.
Dica:
Guarde as demais opções. O cliente pode não se interessar pela proposta
levada, e aí você já vai ter cartas na manga. Além disso, você pode
perceber que sua idéia não serviu na hora das aplicações, e aí ficar
numa situação embaraçosa. Neste caso, é melhor voltar à prancheta e
procurar se alguma delas desempenha melhor este papel. Se sim, você não
deve jogar fora a escolhida. Ao invés disso, analise onde elas divergem
na aplicação, e tente adaptar os fatores à final.
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