Sem apoio e sem sede, Casa da Cultura da Mulher Negra completa 25 anos e pede ajuda.
Ao
completar 25 anos de existência, a Casa da Cultura da Mulher Negra na
Baixada Santista está a procura de novos apoiadores. Desde o final de
2013, a instituição, que se tornou referência nacional na luta a favor
da igualdade racial, está sem sede.
“Começamos o ano definindo as nossas prioridades. Estamos em uma das
fases mais difíceis de toda a Casa da Cultura, que não deixa e nunca
deixará de existir”, desabafa a presidente Alzira Rufino. Militante
política há mais de 40 anos, ela tornou-se refervência no Movimento
Negro nacional.
Até o final do último mês de novembro, a instituição não
governamental localizava-se em um amplo imóvel na Rua Professor Primo
Ferreira, no Boqueirão, em Santos. O aluguel e as despesas mensais, que
passavam de R$ 5 mil, além da degradação da casa, impossibilitaram a
continuidade do trabalho naquele endereço.
“Ninguém espera por isso, mas perdemos o nosso apoio proveniente de
ajuda internacional (da Inglaterra e da Holanda), devido à crise”,
explica. Por essa razão, para continuar com o trabalho assistencial, de
orientação e de conscientização ela pede ajuda.
A Casa da Cultura da Mulher Negra foi criada com o objetivo de
auxiliar na luta contra o preconceito e acolher aqueles (homens e,
principalmente, mulheres) que eram vítimas de tal ato. Mais de 5 mil
pessoas, entre crianças, jovens e adultos, chegaram a ser atendidos por
mês.
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