O que é Inteligência Espiritual?
A Inteligência Espiritual* é
a inteligência da alma, aquela que impulsiona abordar e solucionar os
problemas. Faz com que nos tornemos verdadeiramente íntegros para
inserir os atos da nossa vida em um contexto mais amplo, rico e gerador
de significado. Algo que dê mais sentido e valor aos seres humanos para
conceder o sentimento de totalidade. O líder do movimento pela
Independência da Índia, Mahatma Gandhi (1869-1948), o Prêmio Nobel da
Paz e ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela (1918) e o músico
John Lennon (1940-1980), são dotados de alto QS. *QS ou Spiritual Quocient. Foto: Getty Images / Arte Terra
Como saber se temos Inteligência Espiritual?
As indicações de quem tem a Inteligência Espiritual desenvolvida incluem:
- Capacidade de enfrentar o sofrimento e ser flexível
- Celebração da diversidade
- Compaixão
- Espontaneidade
- Grau elevado de autopercepção
- Qualidade de ser inspirado por visão e valores
- Relutância em causar danos desnecessários
- Respeito a outros pontos de vista (ter humildade)
- Revisão constante de seus valores
- Faz perguntas do tipo “por que” e procurar respostas fundamentais
- Visão das conexões entre coisas diversas (ser holístico)
- Viver o presente.
- Capacidade de enfrentar o sofrimento e ser flexível
- Celebração da diversidade
- Compaixão
- Espontaneidade
- Grau elevado de autopercepção
- Qualidade de ser inspirado por visão e valores
- Relutância em causar danos desnecessários
- Respeito a outros pontos de vista (ter humildade)
- Revisão constante de seus valores
- Faz perguntas do tipo “por que” e procurar respostas fundamentais
- Visão das conexões entre coisas diversas (ser holístico)
- Viver o presente.
Carência de Inteligência Espiritual
A autoconsciência é um
dos critérios mais importantes da Inteligência Espiritual. Desde os
primeiros dias na escola somos treinados a olhar para fora e não para
dentro, a focalizar os fatos e problemas práticos do mundo externo.
Quase nada na educação ocidental encoraja a refletir sobre nós mesmos e
nossa vida interior. Por isso, somos tão carentes de Inteligência
Espiritual.
Cultura da multidão
Nossa cultura é uma “cultura de
multidão”. A mídia nos encoraja a ter os mesmos pensamentos e as mesmas
opiniões. Um dos principais critérios da Inteligência Espiritual é o que
os psicólogos chamam de “independência de campo”, ser capaz de
erguer-se contra a multidão e defender uma opinião. 'Ser quem acredita
ser'. Isso não é egoísmo, mas individualidade autêntica e isso requer
coragem.
Por exemplo, em 1955, no Alabama, a costureira negra Rosa Parks
sentou-se em um banco de um ônibus (era proibido para negros) e se
recusou a sair quando foi intimidada por um homem branco para que
sentasse no banco dos fundos. Foi presa, julgada e condenada. A partir
daí, começou o processo do Movimento dos Direitos Civis dos Negros nos
Estados Unidos.
Quem tem Inteligência Espiritual significa que é religioso?
Ser
religioso não garante ter uma Inteligência Espiritual elevada. Diversos
humanistas e ateus têm essa inteligência, enquanto alguns indivíduos
religiosos podem não apresentá-la. Ela se manifesta, por exemplo, quando
um empresário tem a consciência holística de organizar sua empresa
fazendo com que seus funcionários se conscientizem quanto à preservação
da natureza e repassem isso aos produtos oferecidos.
Como podemos usá-la?
A Inteligência Espiritual nos leva
ao âmago das coisas, a unidade atrás da diferença, ao potencial além de
qualquer expressão concreta. Também a usamos na religião ou
espiritualidade para praticá-las sem estreiteza, exclusividade,
fanatismo ou preconceito.
Qual a diferença entre Inteligência Intelectual (QI), Inteligência Emocional (IE) e Inteligência Espiritual (QS)?
Para
medir um tipo de organização neural, permitir ao homem que realize um
pensamento racional, lógico e avaliar a inteligência de alguém, é usado o
QI.
A Inteligência Emocional permite reconhecer os próprios sentimentos, dos
outros e compreender outras qualidades do indivíduo. Artistas,
oradores, músicos ou jogadores de futebol têm um alto IE, por exemplo.
A Inteligência Espiritual permite meditar acerca de uma situação em
particular, ou seja, o que a minha vida profissional, familiar,
conjugal, entre outros, significam verdadeiramente para minha alma.
Por que usamos a Inteligência Espiritual?
A Inteligência
Espiritual concede a capacidade de escolha, nos presenteia com nosso
senso moral, ameniza normas rígidas e nos fortalece por meio de uma
maior compreensão e compaixão. É importante entender que o homem é um
ser espiritual, pois existe em seu coração algo maior do que ele mesmo.
Usamos para lutar com questões acerca do bem e do mal, além de imaginar
possibilidades irrealizadas, tais quais: sonhar, aspirar ou superar
situações difíceis.
Como desenvolver nossa Inteligência Espiritual?
Nossa alma
está sempre pronta a reconsiderar. Para isso, precisamos recapturar
nossa criança interna, aprimorar o senso de humildade e gratidão diante
do Todo. A Inteligência Espiritual age como “o olho do coração”. Por
meio de experiências perceptivas, faz com que o poder transformador seja
exercido diariamente, como um “senso de ressurreição”. Isso não ocorre
apenas na mente, mas na sua nova forma de saber e ser, capaz de
transformar por completo o entendimento da vida (o nascimento de um
filho, uma viagem marcante ou uma nova amizade podem melhor desenvolver
essa inteligência).
Ser espiritualmente inteligente concede uma vantagem evolutiva?
Uma
alta Inteligência Espiritual não precisa manter uma conexão com a
religião. Nos sentimos bem quando possuímos uma crença profunda. A
existência do ponto de Deus no cérebro indica a capacidade de
experimentar algo religioso (ou crença), conferindo, de certo modo, uma
vantagem evolutiva à nossa espécie.
O que você quer, é o que necessita?
Ao contrário do QI, que é
linear, lógico e racional, a Inteligência Espiritual não pode ser
quantificada. Em uma cultura espiritualmente embotada, ocorre uma
distorção de valores. As pressões sociais e econômicas nos levam a
confundir o que “queremos” com o que de fato “necessitamos”. Uma das
maneiras para sermos espiritualmente mais inteligentes consiste em
procurar a realidade por trás de qualquer desejo superficial.
Como anda seu “eu profundo”?
Existe um “eu profundo” que vive
em todos nós, ancorado no Cosmo como um “Todo”. Tem origem na
necessidade humana de sentido, visão e calor. Nem sempre é possível
sentir realmente o que nos motiva. Esse “eu profundo” se manifesta em
momentos de amizade calorosa, alegria, espanto e até mesmo quando
enfrentamos os piores medos.
Qual é o primeiro passo para desenvolver a Inteligência Espiritual?
Consiste
em assumir a responsabilidade por sua vida, reagir honesta e
inovadoramente ao ambiente e à situação em que se encontra agora.
Compreender seu papel e construir uma atitude sólida em relação às
coisas que acontecem à sua volta.
Quais são os outros passos para aprimorar a Inteligência Espiritual?
O
segundo passo consiste em mudar e assumir um compromisso. Está disposto
a reduzir o cigarro ou a bebida? Escutar os outros com mais atenção?
O terceiro é uma reflexão quanto aos obstáculos da sua vida e que o
impediram de segui-la, como a cobiça, a culpa, o medo, a preguiça, o
comodismo, entre outros.
A busca pela bem-aventurança torna você um pai iluminado, um professor
iluminado, um cozinheiro iluminado e assim por diante. Só dessa forma
obteremos a graça inacreditável do dia a dia.
Fonte: Inteligência Espiritual. Aprenda a desenvolver a inteligência
que faz a diferença. Danah Zohar (física e pós-graduada em religião,
filosofia e psicologia pela Universidade de Harvard) e Ian Marshall
(psiquiatra e psicoterapeuta); editora Record.
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