Todo mundo tem uma pessoa que é a sua Robin. Alguém que você ama demais, mas não pode ficar junto. E que, qualquer pessoa que você conheça, qualquer coisa que você faça, nada vai ser como estar com a Robin.
Se você veio ler esse texto porque conhece o nome, Robin Scherbatsky, provavelmente você assistiu ou assiste a famosa série 'How I Met Your Mother', então, muito prazer! E se, por um acaso, você odiou o final, eu realmente sinto muito, mas eu amei! Não poderiam ter dado um final melhor, claro que essa é uma opinião compartilhada por poucas pessoas, mas eu tenho certeza que essas poucas pessoas tem seus motivos para ter gostado, tanto, do final da série.
A Robin é diferente! Ela não se contenta com o pouco, ela quer mais, ela quer ser feliz sendo quem ela é, a moça que sai de seu país em busca de liberdade profissional, reconhecimento e, porque não dizer, amor. A Robin é diferente! Ela não quer se casar tão cedo, ela quer chegar no topo. Ela não quer ter filhos, ela quer ser a tia Robin dos filhos da Lily e do Marshall, ela não quer se entregar facilmente a um homem que a ama profundamente, ela quer que ele, Ted Mosby, realize seus próprios sonhos sozinho, porque os planos dos dois não são compatíveis. A Robin é diferente! Ela não teve afeto em casa, era tratada como um menino, pelo pai que queria tanto ter um filho 'homem' que não deu a mínima quando ficou sabendo que teria uma menina, e por ter sido criada sem afeto, se tornou uma rocha, dura na queda, a mulher forte, que por mais que seja frágil, não admite nem por um segundo, que precisa sim, de amor.
Eu poderia listar milhares de pequenos detalhes sobre Robin Scherbatsky, não porque eu gosto da personagem, mas porque em meio a uma sociedade que se diz "tão liberal", "tão sem preconceito" esse tipo de mulher, forte e independente, não é aceita facilmente, quando colocada diante de mulheres que aceitam tudo que a sociedade lhes impõe. E é uma pena, porque existem tantas 'Robins' por aí, que são oprimidas por uma sociedade machista, que pensam que as mulheres são obrigadas a aceitar uma vida da qual elas não sintam prazer.
Eu poderia falar aqui, que todas nós, somos como máquinas, programadas para nascer, crescer, casar, ter filhos e morrer. Mas não, eu não vou te enganar, dizendo que você não é capaz de escrever sua própria história, sozinha, sem a ajuda de pessoas que pensam que você não pode fazer suas próprias escolhas, só porque você é mulher, e uma boa mulher não recusa uma boa vida ao lado de um bom marido, de uma boa pia de cozinha e de bons filhos para cuidar.
E eu poderia dizer ainda que o amor da sua vida vai aparecer montado em um cavalo branco, destemido, com uma espada na mão, pronto para te salvar de qualquer perigo, mas eu não posso fazer isso com você, vivemos em um mundo real, onde príncipes e princesas não existem, e por mais dolorido que seja aceitar, essa é a verdade. Talvez o amor da sua vida, assim como o da Robin, esteja disfarçado(a) de melhor amigo(a), pode ser também que ele(a) seja aquela pessoa que esteve ao seu lado desde o primeiro encontro, como no caso de Lily e Marshall, e porque não dizer que o amor da sua vida, talvez, não seja uma pessoa com quem você dividirá beijos, abraços e a cama pelo resto de suas vidas, mas sim, um filho(a), como no caso de Barney, que descobriu que o amor se esconde onde menos se espera.
A vida é uma só, e ela vem repleta de possibilidades. Não deixe que a sociedade te obrigue a fazer coisas das quais você não se sinta no mínimo, extraordinariamente, feliz. Seja como a Robin, sim! Pense em você, pense no que você quer ter em sua vida daqui a cinco, dez, quinze anos. Se programe, estude, trabalhe, queira chegar no topo. Você é capaz de ser feliz sendo quem você é. Sozinha ou não, casada ou não, divorciada ou não, sendo mãe solteira ou não, você tem uma vida e suas decisões devem ser respeitadas, batendo ou não, com o padrão de "felicidade" que a sociedade apresenta por aí.
PUBLICADO EM CINEMA POR RENATA LIMA
Fonte http://obviousmag.org
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