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14 setembro 2012

E O VENTO LEVOU... Falando em cinema!


Para ver este filme reserve 4 horas de sua vida. Sim, 4 horas de duração e não, não estou falando de versão estendida. “E o vento levou…” é a definição de clássico, estreou em 1939 e foi um dos primeiros filmes coloridos. Se tornou um ícone dos filmes antigos e todos já ouviram falar nele. Pode não ter sido assistido por todos, mas que todos conhecem isso ninguém pode negar.

 
Eu, juntamente com os meus filhos Bruna, Felipe e Camila, já assistimos este clássico dezena de vezes.  Adoramos!  Preparem muita pipoca doce e salgada e mantenham o guaraná refrigerado!

E sabia que há referências do filme em muitos lugares? Um dos mais famosos é do seriado de um menino que mora numa vila, uma série muito famosa no Brasil e que veio do México. Se você ainda não sabe, estamos falando de Chaves e a música tema do romance de Dona Florinda e do Professor Girafales veio do filme.




O filme também é uma ótima aula de história já que usa a guerra civil americana como pano de fundo para contar sobre a luta de Scarlett O’Hara (Vivien Leigh). Scarlett é uma jovem rica e bela, que atrai os olhares de todos os jovens da região onde mora. A vida para ela é mais que perfeita, sempre tem tudo o que quer. Filha de uma imigrante irlandês, mora em Tara, uma plantação imensa e vistosa. Scarlett não gosta da vida em Tara, acha tudo muito chato, mas seu pai vive lhe dizendo, que a única coisa que dura para sempre é a terra que herdará. Mas a única coisa que importa a ela é Ashley Wilkes (Leslie Howard).


Tara...


Apesar de viver seus dias e passar as festas flertando com todos os rapazes, Scarlett derrete-se de amores por Ashley, que está comprometido com a sua prima, Melanie (Olivia de Havilland).



Querida Scarlett, moça de família não fica no meio de rapazes assim...
Logo no início vemos como eram os dias das pessoas da alta sociedade sulista americana. As festas, conversas, o porte das pessoas, figurinos… Mas tudo muda quando a guerra estoura e, praticamente, todos os homens são convocados para as batalhas.


Rhett indo pra guerra...


Durante uma festa em Twelve Oaks, propriedade da família de Ashley, os senhores se reuniram para discutir sobre a situação de escravidão e uma possível guerra entre o sul e norte dos EUA. É aí que aparece o galante e franco cavalheiro, Rhett Buttler (Clark Gable), que insiste que a guerra vai acontecer e que o sul perderá. Ninguém acredita no senhor e ainda o tratam com desdém.


Mammy, a escrava de Scarlett vive xingando a teimosa por seu comportamento


Ele então resolve sair da reunião e acaba se encontrando com Scarlett. Eles conversam e logo se vê que eles não dão certo. Sempre trocando farpas e discutindo por tudo. Logo depois a  guerra começa e todos os homens são chamados para o combate. Ashley nesse momento, já está casado com Melanie, e Scarlett, por puro despeito acaba se casando com um rapaz que a admira muito, Charles.


Esse é o famoso Ashley com a prima Melanie. Passaram mel nele?
Durante o tempo em que a guerra acontece a vida de Scarlett muda completamente. As festas não mais acontecem com frequência, e a vida vai lhe golpeando aos poucos. Seu marido morre no campo de batalha, sua prima fica grávida de seu amado. Ela acaba tendo que assumir o controle de muitas situações.


Dá pra acreditar que o marido dela morreu e ela tá dançando numa festa?

Quando a guerra acaba, o sul está destruído, inclusive Tara. A terra que antes era vistosa e que nunca estava vazia, está morta. Sua casa é esvaziada pelos inimigos e sua família está pobre. Começa então a luta de Scarlett, para reconstruir tudo novamente. Com sua personalidade forte ela traz Tara de volta ao seu reinado. Compra uma madereira e faz coisas das quais até Deus dúvida. Eu poderia falar muitas dessas coisas, mas elas seriam spoiler.


Gostou do vestido? Ela o fez usando uma cortina


E claro, ela nunca desiste de seu amor por Ashley Wilkes. Mas o que pode se perceber é que Rhett Buttler sempre está em seu caminho e a ajuda nas maiores horas de dificuldade. Eles tem temperamentos parecidos, são sempre teimosos. Vivem brigando, mas no fundo, se gostam.




Scarlett aprende durante o filme muitas lições, inclusive a amar Tara. É bom ver como seu carater se desenvolve e ver que apesar de tudo são seus defeitos que a fazem conseguir tudo de volta. E mesmo que ela não admita e nem goste de pensar, acaba ajudando as outras pessoas a sua volta.


Não te amo, mas não te largo
 
Seu destino é conturbado e ela se casa 3 vezes durante a história. E mesmo assim, não desiste de Ashley, até que no fim, ela acaba percebendo que esse sentimento não era amor, era uma obsessão doentia. Mas ela aprende que pode ser tarde demais e que as vezes ela não consegue tudo o que ela quer. Não que ela deixe de tentar.


Esse cara é muito feio -.- Tragam o Rhett de volta!
“E o vento levou…” é uma história de persistência, de luta e perseverança. Conta sobre vidas e como elas mudam de uma hora pra outra. Fala sobre como o amor não precisa ser por alguém, mas por algo.




Esse filme foi inspirado no livro homonimo de “Margaret Mitchell” e seu fim permaneceu como o original. Um filme com um final surpreendente e que virou uma cena clássica. Muitos anos após a morte da escritora, os herdeiros do espólio autorizaram a escritora “Alexandra Rippley” a escrever uma sequência. A continuação foi representada também em forma de minisérie, pela BBC em 1994.

O filme ganhou muitas indicações e prêmios da Academia e teve um público enorme. Em 2009 foi lançada a edição de comemoração de 70 anos, com direito a livro e 5 discos com muitos extras. Já a edição de blu-ray, também de comemoração traz somente os 2 discos do filme e o livreto, mas em HD.




Enfim, “E o vento levou…” marcou várias gerações e ainda agrada o público de hoje. Tem cenários fascinantes, história marcante, trilha sonora impecável e atores nunca sairão da memória. Cenas de paixão e ódio entre os protagonistas Scarlett e Rhett definem um romance épico. Risadas também tem sua vez e as frases filosóficas e verdadeiras. Nada disso o vento vai levar….



Fonte: http://meioorc.com/artigos/e-o-vento-levou/

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