Para ver este filme reserve 4 horas de sua vida. Sim, 4 horas de duração e não, não estou falando de versão estendida. “E o vento levou…” é a definição de clássico, estreou em
1939 e foi um dos primeiros filmes coloridos. Se tornou um ícone dos
filmes antigos e todos já ouviram falar nele. Pode não ter sido
assistido por todos, mas que todos conhecem isso ninguém pode negar.
Eu, juntamente com os meus filhos Bruna, Felipe e Camila, já assistimos este clássico dezena de vezes. Adoramos! Preparem muita pipoca doce e salgada e mantenham o guaraná refrigerado! |
E sabia que há referências do filme em muitos lugares? Um dos mais famosos é do seriado de um menino que mora numa vila, uma série muito famosa no Brasil e que veio do México. Se você ainda não sabe, estamos falando de Chaves e a música tema do romance de Dona Florinda e do Professor Girafales veio do filme.
O filme também é uma ótima aula de história já que usa a
guerra civil americana como pano de fundo para contar sobre a luta de
Scarlett O’Hara (Vivien Leigh). Scarlett é uma jovem rica e bela, que atrai os olhares de
todos os jovens da região onde mora. A vida para ela é mais que
perfeita, sempre tem tudo o que quer. Filha de uma imigrante irlandês,
mora em Tara, uma plantação imensa e vistosa. Scarlett não gosta da vida
em Tara, acha tudo muito chato, mas seu pai vive lhe dizendo, que a
única coisa que dura para sempre é a terra que herdará. Mas a única
coisa que importa a ela é Ashley Wilkes (Leslie Howard).
Apesar de viver seus dias e passar as festas flertando com
todos os rapazes, Scarlett derrete-se de amores por Ashley, que está
comprometido com a sua prima, Melanie (Olivia de Havilland).
Logo no início vemos como eram os dias das pessoas da alta
sociedade sulista americana. As festas, conversas, o porte das pessoas,
figurinos… Mas tudo muda quando a guerra estoura e, praticamente, todos
os homens são convocados para as batalhas.
Durante uma festa em Twelve Oaks, propriedade da família de
Ashley, os senhores se reuniram para discutir sobre a situação de
escravidão e uma possível guerra entre o sul e norte dos EUA. É aí que
aparece o galante e franco cavalheiro, Rhett Buttler (Clark Gable), que
insiste que a guerra vai acontecer e que o sul perderá. Ninguém acredita
no senhor e ainda o tratam com desdém.
Mammy, a escrava de Scarlett vive xingando a teimosa por seu comportamento |
Ele então resolve sair da reunião e acaba se encontrando
com Scarlett. Eles conversam e logo se vê que eles não dão certo. Sempre
trocando farpas e discutindo por tudo. Logo depois a guerra começa e todos os homens são chamados
para o combate. Ashley nesse momento, já está casado com Melanie, e
Scarlett, por puro despeito acaba se casando com um rapaz que a admira
muito, Charles.
Esse é o famoso Ashley com a prima Melanie. Passaram mel nele? |
Durante o tempo em que a guerra acontece a vida de Scarlett
muda completamente. As festas não mais acontecem com frequência, e a
vida vai lhe golpeando aos poucos. Seu marido morre no campo de batalha,
sua prima fica grávida de seu amado. Ela acaba tendo que assumir o
controle de muitas situações.
Quando a guerra acaba, o sul está destruído, inclusive
Tara. A terra que antes era vistosa e que nunca estava vazia, está
morta. Sua casa é esvaziada pelos inimigos e sua família está pobre. Começa então a luta de Scarlett, para reconstruir tudo
novamente. Com sua personalidade forte ela traz Tara de volta ao seu
reinado. Compra uma madereira e faz coisas das quais até Deus dúvida. Eu
poderia falar muitas dessas coisas, mas elas seriam spoiler.
E claro, ela nunca desiste de seu amor por Ashley Wilkes.
Mas o que pode se perceber é que Rhett Buttler sempre está em seu
caminho e a ajuda nas maiores horas de dificuldade. Eles tem
temperamentos parecidos, são sempre teimosos. Vivem brigando, mas no
fundo, se gostam.
Scarlett aprende durante o filme muitas lições, inclusive a
amar Tara. É bom ver como seu carater se desenvolve e ver que apesar de
tudo são seus defeitos que a fazem conseguir tudo de volta. E mesmo que
ela não admita e nem goste de pensar, acaba ajudando as outras pessoas a
sua volta.
Seu destino é conturbado e ela se casa 3 vezes durante a
história. E mesmo assim, não desiste de Ashley, até que no fim, ela
acaba percebendo que esse sentimento não era amor, era uma obsessão
doentia. Mas ela aprende que pode ser tarde demais e que as vezes ela
não consegue tudo o que ela quer. Não que ela deixe de tentar.
“E o vento levou…” é uma história de persistência, de luta e
perseverança. Conta sobre vidas e como elas mudam de uma hora pra outra. Fala sobre como o amor não precisa ser por alguém, mas por algo.
Esse filme foi inspirado no livro homonimo de “Margaret
Mitchell” e seu fim permaneceu como o original. Um filme com um final
surpreendente e que virou uma cena clássica. Muitos anos após a morte da
escritora, os herdeiros do espólio autorizaram a escritora “Alexandra
Rippley” a escrever uma sequência. A continuação foi representada também
em forma de minisérie, pela BBC em 1994.
O filme ganhou muitas indicações e prêmios da Academia e
teve um público enorme. Em 2009 foi lançada a edição de comemoração de
70 anos, com direito a livro e 5 discos com muitos extras. Já a edição
de blu-ray, também de comemoração traz somente os 2 discos do filme e o
livreto, mas em HD.
Enfim, “E o vento levou…” marcou várias gerações e ainda
agrada o público de hoje. Tem cenários fascinantes, história marcante,
trilha sonora impecável e atores nunca sairão da memória. Cenas de
paixão e ódio entre os protagonistas Scarlett e Rhett definem um romance
épico. Risadas também tem sua vez e as frases filosóficas e
verdadeiras. Nada disso o vento vai levar….
Fonte: http://meioorc.com/artigos/e-o-vento-levou/
Fonte: http://meioorc.com/artigos/e-o-vento-levou/
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