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10 junho 2014

LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO

Por Ana Paula Rosa UTFPR


A liberdade de pensamento compreende “o domínio da consciência, de pensamento e sentimento; absoluta liberdade de opinião” seja sobre temas práticos, científicos, morais ou religiosos.
Contudo, há o direito de expressar e publicar estes pensamentos e opiniões que são coisas distintas.
O primeiro fala da liberdade de pensar e opinar, o segundo de tornar estes pensamentos e opiniões públicos. 
Segundo Alexandre Silva (2012, p.10) a liberdade de expressão assegura a cada um o direito de exprimir livremente suas ideias e opiniões, o que é condição para a autodeterminação humana, pois de que adianta o homem ter opiniões senão puder expressá-las?
Motivos para o debate de opiniões
 a) a opinião censurada pode ser a verdadeira;
b) a opinião censurada pode conter uma parte da verdade, por isso a importância do conflito;
c) mesmo que a opinião geralmente aceita constitua toda a verdade, somente se ela for contestada será compreendida por valores racionais e não preconceitos;
d) se não for contestada , poderá enfraquecer-se não surtindo efeito sobre a conduta das pessoas e o não real pode ser tomado como verdade.  
 LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO
 A padronização do modo de pensar é tão maléfico quanto a tirania. Ex. teoria do jornalismo se fala num estudo chamado Espiral do Silencio – Medo de se manifestar. Eleições .

Cercear a liberdade de pensamento e de expressão constitui uma forma de dominar o homem, um modo de torná-lo submisso
  A liberdade de escolha só se dá pela ampla liberdade de expressão e de opinião, pois o enfrentamento dos contrários é que estimula a avaliação de determinada questão.


Os juristas consideram que o que determina a influência na ação do homem não são as palavras, mas o comportamento, sendo que este sim deve ser reprimido.  Ou seja é o que se faz, não o que se diz.
A liberdade de manifestação do pensamento é um direito fundamental previsto juridicamente em todos os países, mas que gradativamente parece ir se dissipando. O pensamento individual cede espaço para a opinião pública. Mas que opinião é essa?
“ A liberdade  é a substância e a expressão da vontade “ Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão. Recebeu sua formação no Tübinger Stift,. Hegel foi um dos criadores do idealismo alemão e naturalmente da génese do que é chamado de hegelianismo.

09 junho 2014

Liberdade de expressão

Por Ana Paula Rosa UTFPR

A liberdade é considerada o bem mais importante de todos, sendo preferível, para alguns, perder a vida à liberdade.
A liberdade envolve os direitos de ir e vir, de se manifestar, de agir, de escolha.
É tida como um direito individual, mas que beneficia a todos, pois possibilita o exercício da soberania popular.

“A liberdade de cada cidadão é uma parcela da liberdade pública”  
  Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu, foi um político, filósofo e escritor francês. 
 
Stuart Mill é um defensor da liberdade individual. Para ele, é lamentável que o homem tenha que trocar suas preferências pessoais, seus padrões de conduta em funções de sua classe ou das classes superiores.
 John Stuart Mill foi um filósofo e economista inglês, e um dos pensadores liberais mais influentes do século XIX. Foi um defensor do utilitarismo. Segundo ele, deve-se cultivar o que há de individual no homem e permitir que todos levem vidas diferentes. Os governos só podem ser valorosos se forem orientados por pessoas instruídas que valorizem a individualidade, uma vez que a opinião pública é medíocre.

Não se pode exigir que todos sejam iguais, como não se pode exigir que todos usem o mesmo número de sapato. Ex. Fábrica- indústria

Para Alexandre Assunção e Silva (Atualmente é o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão para o biênio 2014/2016)  deve ser banida a tendência de reprimir o desejo humano, pois como bem afirma Mill “Sobre si mesmo, sobre seu corpo e mente, cada indivíduo é soberano”. Assim ser obrigado a se portar de determinada maneira, constitui-se em tirania.
Tocqueville inclusive já anunciava que a sociedade em nome de uma moralidade e de um poder é capaz de fazer coisas terríveis. (muitos casos de pessoas socialmente execradas)
Porém, para que se tenha liberdade plena é preciso ter em contrapartida a consciência de assumir as consequências. 
Alexis-Charles-Henri Clérel, visconde de Tocqueville, dito Alexis de Tocqueville foi um pensador político, historiador e escritor francês.

Tratamento de drogadição. Caso da prisão para tratamento de drogas em SP “Somente quando alguém provoque um dano ou risco de dano evidente a alguém ou à coletividade sua liberdade poderá sofrer restrições pela moral ou pela Lei. A sociedade já tem poder demais sobre o indivíduo e desde o nascimento deste já pode educá-lo para que futuramente lhe cause o menor incômodo possível”. (Silva, 2011, p.5) Tratamento de Drogadição ou Toxicodependência: em outubro de 2013, justiça de SP determina primeira internação compulsória de usuário de droga Homem de 62 anos foi internado, usuário de crack, foi internado a pedido da família, sem seu consentimento, mas com autorização do Ministério Público. (23/01) Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil


Opinião pública.  A opinião pública tem capacidade ou legitimidade para produzir regras para a sociedade, mas não para determinar a conduta do indivíduo, pois esta é orientada pelos padrões de cada um.

Lei seca – Stuart Mill considera a proibição de bebidas alcoólicas (no caso dele outra lei) como uma proibição do Estado que viola a liberdade do indivíduo de comprar ou não bebida, ou seja, estaria, na visão dele, estipulando que socialmente todos devem se comportar da mesma maneira. 

 
Opinião pública x lei. Vcs concordam?
Por outro lado, sem este controle, há diversos crimes contra a vida cometidos, acidentes, atropelamentos, colisões em que o próprio indivíduo é a vítima. Assim, o que se põe em xeque é o controle da liberdade do indivíduo ou o cerceamento da liberdade de muitos indivíduos pela falta de consciência de um? Para Mill uma pessoa ou nação não pode impor mais “civilidade” sobre a outra


 Liberdade individual. Bakunin também defende a liberdade individual. Para ele, a causa dos males sociais não está na liberdade, mas no cerceamento dela. (Mikhail Aleksandrovitch Bakunin, também aportuguesado de Bakunine ou Bakúnine, foi um teórico político russo, um dos principais expoentes do anarquismo em meados do século XIX.)
“A liberdade só pode e só deve defender-se pela liberdade, sendo um perigoso contrassenso querer atacá-la sob o pretexto de protegê-la; e como a moral não possui outra fonte, outro estímulo, outra causa, outro objetivo além da liberdade e como ela própria não é nada mais do que a liberdade, todas as restrições que se lhe impuseram com a finalidade de proteger a moral, sempre agiram em seu detrimento.” (BAKUNIN, 2006, p.67)

01 junho 2014

Gisele Bündchen e Neymar Jr! Dupla campeã: em goleada fashion para Vogue

A top model, nossa camisa 10, posou para o superfotógrafo Mario Testino ao lado do grande protagonista da Copa do Mundo para a edição de junho da Vogue Brasil


Gisele Bündchen e Neymar na edição de junho da Vogue Brasil (Foto: Mario Testino)

Provando que o visual esportivo também pode ser sexy, Gisele Bündchen divide a cena com o camisa 10 da seleção brasileira, Neymar Jr, na capa e recheio da edição de junho da Vogue Brasil. 
A dupla campeã foi fotografada pelo superfotógrafo Mario Testino em Barcelona, na Espanha, no final de março, e o shooting que durou cinco horas e mobilizou nada menos que 25 pessoas. "Confesso que fiquei ansioso quando soube que iria fotografar com Gisele", contou o jogador que, munido de seu nécessaire, fez questão de ajeitar o próprio cabelo, que vive em constante (e sempre copiada) mutação – já foi moicano, teve topete, ganhou tintura loira e ruiva. E a vaidade dele vai além das madeixas: "O frio de Barcelona me fez caprichar mais nas roupas, principalmente nas camisas e casacos", diz.  
 





Fonte http://vogue.globo.com

24 maio 2014

EMPRESA JÚNIOR


 
 As empresas juniores são constituídas pela união de alunos matriculados em cursos de graduação em instituições de ensino superior, organizados em uma associação civil com o intuito de realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento do país e de formar profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo.
O objetivo primeiro das empresas juniores é desenvolver pessoal e profissionalmente os seus membros por meio da vivência empresarial, realizando projetos e serviços na área de atuação do(s) curso(s) de graduação ao(s) qual(is) a empresa júnior for vinculada. Por esse objetivo entende-se fomentar o crescimento pessoal e profissional do aluno membro, por meio do oferecimento de serviços de qualidade e a baixo custo ao mercado. Dessa forma, além de atingir seu próprio objetivo, as EJs contribuem para o desenvolvimento do empreendedorismo em sua região. Em alta escala, o Movimento das Empresas Juniores (MEJ) contribui com uma importante parcela no desenvolvimento empresarial e econômico do país.
As EJ se enquadram no terceiro setor da economia, pois estão enquadrados no setor privado (portanto não são do Primeiro Setor) e não têm por fim último o lucro (excluindo-se do Segundo Setor). Dessa forma, acabam por ter reduzidos custos operacionais e de tributação, podendo oferecer serviços de qualidade a um custo baixo. As EJ atendem principalmente o mercado das micro e pequenas empresas, que costumeiramente não tem acesso a consultoria sênior quando enfrentam grandes dificuldades de gestão. A fim de garantir um excelente resultado, todo o trabalho executado pode ter o acompanhamento e a orientação de um professor da respectiva área do conhecimento.
Ex-alunos (pós-juniores) que passaram por empresas juniores contam com diferencial de conhecer o mercado ainda dentro da Graduação, ter experiência de trabalho, conhecer a prática empreendedora e desenvolvimento de suas habilidades empresariais.

História

Em 1967, alunos da ESSEC – L’École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales, em Paris, sentiram a necessidade de ter conhecimento das ferramentas utilizadas no mercado em que eles trabalhariam num futuro próximo. Assim, foi fundada a Junior ESSEC Conseil, uma associação de estudantes que colocaria em prática os conhecimentos acadêmicos com clientes do mercado.3 . O conceito depois se espalhou entre as escolas de engenharia e administração da França, em seguida pelas escolas de comunicação, agronomia e outras universidades. Em 1969 foi criada a primeira confederação, a Confederação Francesa de Empresas Juniores que já reunia mais de 20 empresas na época. No Brasil há mais de 700 empresas juniores, contando com mais de 22.000 empresários em todas as regiões do país.

Empresas juniores em Portugal

O conceito de empresas júnior em Portugal está ainda numa fase de desenvolvimento, estando muito atrás do Brasil ou de outros países da Europa e do mundo. No entanto, o número e a qualidade destas empresas de estudantes tem vindo a aumentar a ritmos crescentes.

Empresas juniores no Brasil

No final da década de 1980, por iniciativa da Câmara de Comércio Brasil-França o conceito de empresa júnior chegou ao país. É nesse período que surgem as primeiras empresas juniores no Brasil: em 1988, nasce a Empresa Júnior Fundação Getulio Vargas, pioneira no Brasil; em 1989, a Empresa JR ADM UFBA; em 1991, nasce na Unicamp a Conpec Empresa Júnior, a primeira empresa júnior de informática do Brasil. Depois das pioneiras, muitas outras empresas juniores foram criadas por diversas universidades brasileiras.
A Brasil Júnior é a Confederação Brasileira de Empresas Juniores, a maior Confederação de Empresas Juniores do mundo. Criada em 2003, a finalidade da instituição é propor e repassar diretrizes nacionais que devem ser adotadas pelas federações estaduais, de modo a regulamentar a atividade das empresas juniores em âmbito nacional. Além disso, trabalha com um portal de colaboração e conhecimento, que promove a integração dos empresários juniores de todo o país. Atualmente ela regulamenta cerca de 1000 empresas juniores espalhadas pelo Brasil, em mais de 2000 instituições de ensino superior. Estima-se que existam aproximadamente 23.200 graduandos envolvidos no Movimento Empresa Júnior, executando em média 2000 projetos por ano.

Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores

Brasil Junior (BJ) é a Confederação Brasileira de Empresas Juniores e compartilha com todos os empresários juniores o objetivo de tornar o MEJ um movimento reconhecido pelos diversos atores da sociedade por contribuir para o desenvolvimento do país por meio da formação de empreendedores comprometidos e capazes, verdadeiros agentes de mudança.
Brasil Júnior é o órgão nacional do Movimento Empresa Júnior, trabalhando para fomentar e dar suporte às empresas juniores em todo o Brasil e representá-las para potencializar os resultados da rede. A atuação ocorre pela definição conjunta de planos e diretrizes do Movimento, como o Conceito Nacional de Empresa Júnior. As ações são desenvolvidas por sua diretoria e, em cada estado, por sua federação local.
Brasil Júnior também trabalha para a integração do Movimento, reunindo as federações em reuniões e, principalmente, reunindo as empresas juniores ao realizar o ENEJ (Encontro Nacional das Empresas Juniores). Em 2010, o ENEJ foi organizado em conjunto com a UNIJr-BA, em Salvador/BA, no mês de Agosto. Já em 2011, o ENEJ foi organizado em Foz do Iguaçu, também no mês de agosto, contando com milhares de empresários juniores envolvidos. Em 2012, a Brasil Júnior realizou o JEWC (Junior Enterprise World Conference), maior evento de jovens empreendedores do mundo, em conjunto com a FEJEMG e a Rio Júnior, federações de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O JEWC foi o encontro mundial de empresas juniores, e ocorreu em Paraty-RJ, de 6 a 10 de agosto de 2012.

 

ENEJ - Encontro Nacional de Empresas Juniores

O Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ) é o maior evento do Movimento Empresa Junior  (MEJ) brasileiro. Idealizado pela Brasil Júnior, instância de representatividade das empresas juniores a nível nacional, o ENEJ acontece anualmente com diferentes temas centrais a cada edição, que se desdobram ao longo do evento. Com quatro dias de programação cientifica, os empresários juniores congressistas tem a possibilidade de assistir palestras, workshops e cases, além de participar de rodas de discussão e minicursos, tudo isso em contato diário com outros jovens da Rede.
O evento é prestigiado por mais de 1.500 congressistas por ano, e cada vez mais vem mostrando sua importância para os empresários juniores: desenvolvimento profissional, benchmarkings, ideias compartilhadas, aprendizado em diferentes áreas do conhecimento e muito networking.
Por receber os empresários juniores de 14 estados do Brasil, o ENEJ é um excelente meio de alinhamento entre as Federações e instâncias do movimento empresa júnior. Os jovens lá marcam reuniões e conversas entre si e com parceiros institucionais do evento, e o fruto dessa troca de conhecimento são novas ideias e visões de futuro.
Por trás de todo esse grande encontro há parceiros e patrocinadores que apoiam não só o evento, mas também os conceitos e valores dessa Rede. O ENEJ, por reunir jovens das melhores Universidades do país, atrai bastante interesse em grandes empresas para participar do evento, devido ao potencial de disseminação e contato com os jovens que ele apresenta. A cada edição O Encontro Nacional de Empresas Juniores tem maior articulação com empresas de mercado, além de grandes nomes de palestrantes e representandes dessas que prestigiam o evento.
Depois de vivenciar um ENEJ os empresários juniores tem grandes experiências para compartilhar e saem ainda mais questionadores e com vontade de mudança. São revigorados e motivados a colocar conceitos e ideias em prática, fazer ação!

JEWC - Junior Enterprise World Conference

Junior Enterprise World Conference (JEWC) is the biggest event of the planet for the Junior Entrepreneurs (or ever for the ones that want to become).

Ligações externas

Federações Nacionais:

Referências: http://pt.wikipedia.org/

  1. CNEJ - Conceito Nacional de Empresa Júnior
  2. CNEJ - Conceito Nacional de Empresa Júnior
  3. http://ejfgv.com/mej/
  4. Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores

23 maio 2014

Intercom! Último Painel discute o consumo midiático do jovem

Na sequência: Mariângela Toaldo (UFRGS), Rodrigo Scherrer (UFES), Daniela Zanetti (UFES), Anderson Ortiz (UFRJ) e Camila Pereira (UFRJ).
Na sequência: Mariângela Toaldo (UFRGS), Rodrigo Scherrer (UFES), Daniela Zanetti (UFES), Anderson Ortiz (UFRJ) e Camila Pereira (UFRJ).


Por Fafi Firmo e Jordana Estevão

A última mesa de debates do Intercom aconteceu às 9 horas, no Cineteatro. O tema foi “Jovem e Consumo Midiático em Tempo de Convergência: resultados preliminares da pesquisa junto aos jovens da região sudeste”. A mesa foi composta pelos professores Anderson Ortiz (UFRJ e FACHA), Camila Pereira (UFRJ), Daniela Zanetti (UFES), Rodrigo Scherrer (UFES) e Mariângela Toaldo (UFRGS) fazendo a mediação dos debates.
Durante o evento, os palestrantes apresentaram pesquisas em relação ao uso de smartphones e do computador. Anderson Ortiz realizou uma pesquisa sobre o uso desses aparelhos tecnológicos em todo o sudeste. Uma curiosidade apontada pelo professor foi que 0% das pessoas que usam o computador ouvem rádio simultaneamente.
O Espírito Santo se destaca na questão das redes sociais. O estudo apontou que 100% dos entrevistados do Estado utilizam o Facebook somente para lazer. Minas Gerais e Rio de Janeiro também chamam atenção quanto ao Facebook. 100% das pessoas dos dois estados utilizam diariamente a rede social.
Daniela Zanetti apresentou a pesquisa, realizada com dez universitários de baixa renda da Grande Vitória. Daniela concluiu que as redes sociais desses jovens giravam basicamente em torno de música e séries. A banda Red Hot Chilly Peppers foi a mais curtida entre eles.
Um fato peculiar das pessoas quanto a redes sociais é que mesmo deixando de usá-la, o usuário não a deleta. Um exemplo é o Orkut. Um possível motivo para esse acontecimento é de que o site pode funcionar como arquivo pessoal, onde se guarda fotos e outros dados pensando que futuramente o conteúdo será utilizado. Outra possibilidade é de que as pessoas não apagam o perfil porque ele pode servir como uma espécie de agenda online, com contatos de quem não se atualizou na rede.   http://www.intercomsudeste2014.com.br/?p=607

22 maio 2014

Psicologia social das organizações

Psicologia social das organizações Katz e Kahn
O livro de Katz e Kahn não é essencialmente um livro sobre administração. Diferentemente dos outros textos já estudados, o foco dos autores, ao menos nos capítulos lidos, não é específico na função administrativa ou em suas diversas vertentes e possibilidades de implantação. Ao invés disso, o livro Psicologia Social das organizações foca-se basicamente no que seu título descreve: a estrutura social e as diversas formas de interações psicológicas que se desenvolvem dentro das organizações, enquanto aglomerados humanos e portanto dotados de fenômenos similares à sociedade em si.

Desde o início há uma forte tendência do livro a estabelecer uma série de parâmetros e metáforas, com o objetivo de identificar de fato o que é uma organização, e contextualizar esse conceito, comparando-o com diversos conceitos da ciência, seja biológica, física ou social. O principal desses conceitos é provavelmente o de sistema aberto, que é revisitado diversas vezes durante o livro e referenciado de forma recorrente. Segundo os autores, os estudos dos fenômenos sociais nas organizações estavam presos até então a uma visão reclusa, comparável à de um sistema fechado da física. Em sistemas desse tipo, não existe troca de energia com o meio externo, e todos os fenômenos são consequências de estados iniciais internos, que também geram consequências locais, nunca influindo no meio externo. De acordo com o texto, essa é uma visão equivocada e minimalista da realidade, que não pode ser usada para avaliar as organizações de forma eficiente.

Os autores tentam fazer um paralelo de uma organização com um sistema de troca de energia. Num sistema desses, a energia recebida do ambiente provoca transformações no sistema, e essas transformaços tendem a consumir a energia recebida, transformando-a em alguma outra forma de energia. Nas organizações sociais, essa “energia” seria a motivação que se tem para transformar insumos em produtos, num ciclo que se mantém alimentando-se dessa metáfora energética. Vale ressaltar que essa metáfora não é de forma alguma restritiva: a energia no caso pode ser dinheiro, no caso de organizações com fins lucrativos, ou a simples vontade de ajudar, no caso de organizações filantrópicas.

Para identificar organizações, contextualizá-las e assim poder estudá-las, os autores sugerem então que pensemos nelas como sistemas. É preciso tomar cuidado ao se usar as metáforas biológicas e físicas, pois as organizações, por mais que sejam comparáveis a sistemas abertos, estão longe de possuir o nível de interdependência e influências externas que a natureza possui. Nesse ponto podemos abrir um parêntese para a Computação. Na Ciência da Computação trabalhamos frequentemente com o conceito de abstração. A idéia básica dessa estratégia é que os sistemas computacionais devem ser implementados em camadas e blocos interdependentes, mas completamente isolados, e que suas relações são estabelecidas através de interfaces. Isso significa que um programa ou protocolo é constituído de diversos módulos distintos, cada um com funções bastante específicas, e que um se comunica com o outro através de funções pré-estabelecidas e imutáveis. Extrapolando os conceitos podemos aplicar esse conceito à interação entre os sistemas sociais: todos possuem funções distintas e são relativamente independentes, e ao mesmo tempo se comunicam, trocando informações, insumos e produtos.

De posse dessa nova concepção, podemos explorar o conceito de sistema que os autores estabelecem. Uma organização seria um sistema aberto, constituído por subsistemas com características distintas, porém uma estrutura similar. Haveria ainda supersistemas maiores que a organização: podemos entendê-los como países, mercado financeiro, ou o próprio planeta Terra, dependendo do contexto em que estivermos estudando. Essa divisão em sistemas nos faz tender também a uma divisão em funções. O livro estabelece alguns sistemas padrão e através desses discute as funções de cada sistema, bem como as motivações de sua existência.

A idéia de subsistemas com funções específicas de Katz e Kahn assemelha-se bastante à idéia de funções administrativas da administração científica, os autores fazem até mesmo uma espécie de paralelo entre essas funcionalidades, associando por exemplo o Subsistema de Gerência à Função Administrativa. Nesse ponto a sociologia de Katz e Kahn se mesclam à Administração de Taylor, Fayol e outros, e podemos então afirmar, com uma quantidade razoável de embasamento, que as organizações são, acima de tudo, estruturas sociais, e que os fenômenos de causa e efeito que ocorrem dentro delas são necessariamente fenômenos sociais, que possuem representantes respectivos em outras formas de manifestação do conceito de sociedade.
 Ao entender as organizações como mais que sistemas abertos e sim estruturas sociais, um novo leque de possibilidades de estudo se abre, e passa então a ser explorado pelos autores. Muita coisa até então já era similar à administração, em especial alguns pontos como o estudo das motivações que as organizações possuem para existir, conceito também importante na administração. Outro exemplo está no conceito de eficiência: sendo as organizações sistemas de transformação de “energia”, a competência com que essa organização desenvolve esse processo é fundamental para a sobrevivência e para o sucesso da organização. Unindo os conceitos administrativos e sociais, culminamos no Princípio da Maximização, que analogamente ao Princípio da Eficiência, tenta estabelecer uma série de relações entre os diversos níveis e blocos que formam a organização, de modo a sugerir medidas para o sucesso dessa estrutura.

O Princípio da Maximização pode ser entendido como uma generalização da eficiência, com um forte embasamento econômico: uma organização deve estar sempre em expansão para se manter forte e resistir às pressões externas. Essas pressões são representadas no livro através de tensões internas e externas, e vários exemplos aplicáveis à administração são citados. Como tensões externas podemos pensar no aumento da demanda por um produto, que exige a ampliação da produção. Da mesma forma como pressões internas podemos citar a luta pela melhoria das condições de trabalho dos empregados, que nos força a diminuir o ciclo de trabalho de cada um, contratando substitutos. Essa estrutura, não necessariamente nova, mas com uma nova concepção, generaliza os conceitos de administração, antes aplicados de forma específica a empresas e organizações similares, trazendo-os a um novo patamar: a sociedade. A admnistração deixa de ser uma ciência orientada ao empresariado, e passa a ter como objeto de estudo a própria estrutura da sociedade humana, as relações entre as pessoas e os povos.

Vale comentar que o Princípio da Maximização está sujeito às mesmas restrições que as empresas e outras estruturas sociais. Se ampliar parece ser sempre o caminho mais correto, devemos nos lembrar que nem sempre isso é verdade. O estudo da Economia nos mostra que existem um custo e um lucro marginais, e que a ampliação da produção nem sempre resulta num aumento dos lucros. Da mesma forma, uma ampliação desmedida dos subsistemas de uma estrutura organizacional não necessariamente contribuem para a prosperidade do supersistema: existe uma proporção que deve ser mantida.

Analisar as organizações como estruturas sociais nos dá a evidente vantagem de entendê-las como invenções humanas, e portante sujeitas aos mesmos erros e limitações que outras manifestações de humanidade. Assim podemos verificar os diversos tipos de interações sociais que se desenvolvem dentro das organizações, e com isso desenvolver técnicas e metodologias aplicáveis não só a empresas e outras organizações evidentes, mas também a outros contextos sociais. Dividí-las em sistemas de caráter aberto, por sua vez, nos dá a flexibilidade necessária para nos focarmos em funções específicas, abstraindo-nos da complexidade muitas vezes prejudicial do todo, essa concepção torna mais fácil o desenvolvimento de soluções locais, que podem então ser projetadas para resultados mais generalistas. No fim, o que fizemos foi unir conceitos da sociologia e da administração para construir um novo modelo, que não descarta os modelos anteriores ou os restringe, mas expande a aplicabilidade dos conhecimentos gerados pelas duas áreas, trazendo ganhos tanto à administração quanto às ciências sociais.

http://homepages.dcc.ufmg.br/~gucampos/2009/09/psicologia-social-das-organizacoes/
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