10 junho 2014
09 junho 2014
Liberdade de expressão
Por Ana Paula Rosa UTFPR
A liberdade é considerada o bem mais importante de
todos, sendo preferível, para alguns, perder a vida à liberdade.
A liberdade envolve os direitos de ir e vir, de se
manifestar, de agir, de escolha.
É tida como um direito individual, mas que beneficia a
todos, pois possibilita o exercício da soberania popular.
“A liberdade de cada cidadão é uma parcela da liberdade
pública”
Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu, foi um político, filósofo e escritor francês.
Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu, foi um político, filósofo e escritor francês.
01 junho 2014
Gisele Bündchen e Neymar Jr! Dupla campeã: em goleada fashion para Vogue
A top model, nossa camisa 10, posou para o superfotógrafo Mario Testino ao lado do grande protagonista da Copa do Mundo para a edição de junho da Vogue Brasil |
Gisele Bündchen e Neymar na edição de junho da Vogue Brasil (Foto: Mario Testino) |
Provando que o visual esportivo também pode ser sexy, Gisele Bündchen divide a cena com o camisa 10 da seleção brasileira, Neymar Jr, na capa e recheio da edição de junho da Vogue Brasil.
A dupla campeã foi fotografada pelo superfotógrafo Mario Testino
em Barcelona, na Espanha, no final de março, e o shooting que durou
cinco horas e mobilizou nada menos que 25 pessoas. "Confesso que fiquei
ansioso quando soube que iria fotografar com Gisele", contou o jogador
que, munido de seu nécessaire, fez questão de ajeitar o próprio cabelo,
que vive em constante (e sempre copiada) mutação – já foi moicano, teve
topete, ganhou tintura loira e ruiva. E a vaidade dele vai além das
madeixas: "O frio de Barcelona me fez caprichar mais nas roupas,
principalmente nas camisas e casacos", diz. Fonte http://vogue.globo.com
24 maio 2014
EMPRESA JÚNIOR
As empresas juniores são constituídas pela união de alunos
matriculados em cursos de graduação em instituições de ensino superior,
organizados em uma associação civil com o intuito de realizar projetos e
serviços que contribuam para o desenvolvimento do país e de formar
profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo.
O objetivo primeiro das empresas juniores é desenvolver pessoal e
profissionalmente os seus membros por meio da vivência empresarial,
realizando projetos e serviços na área de atuação do(s) curso(s) de
graduação ao(s) qual(is) a empresa júnior for vinculada. Por esse
objetivo entende-se fomentar o crescimento pessoal e profissional do aluno membro, por meio do oferecimento de serviços de qualidade e a baixo custo ao mercado.
Dessa forma, além de atingir seu próprio objetivo, as EJs contribuem
para o desenvolvimento do empreendedorismo em sua região. Em alta
escala, o Movimento das Empresas Juniores (MEJ) contribui com uma
importante parcela no desenvolvimento empresarial e econômico do país.
As EJ se enquadram no terceiro setor da economia, pois estão enquadrados no setor privado (portanto não são do Primeiro Setor) e não têm por fim último o lucro (excluindo-se do Segundo Setor). Dessa forma, acabam por ter reduzidos custos operacionais e de tributação, podendo oferecer serviços de qualidade a um custo baixo. As EJ atendem principalmente o mercado
das micro e pequenas empresas, que costumeiramente não tem acesso a
consultoria sênior quando enfrentam grandes dificuldades de gestão. A fim de garantir um excelente resultado, todo o trabalho executado pode ter o acompanhamento e a orientação de um professor da respectiva área do conhecimento.
Ex-alunos (pós-juniores) que passaram por empresas juniores contam com diferencial de conhecer o mercado
ainda dentro da Graduação, ter experiência de trabalho, conhecer a
prática empreendedora e desenvolvimento de suas habilidades
empresariais.
História
Em 1967, alunos da ESSEC – L’École Supérieure des Sciences
Economiques et Commerciales, em Paris, sentiram a necessidade de ter
conhecimento das ferramentas utilizadas no mercado em que eles
trabalhariam num futuro próximo. Assim, foi fundada a Junior ESSEC
Conseil, uma associação de estudantes que colocaria em prática os
conhecimentos acadêmicos com clientes do mercado.3 . O conceito depois se espalhou entre as escolas de engenharia e administração da França, em seguida pelas escolas de comunicação, agronomia e outras universidades. Em 1969 foi criada a primeira confederação,
a Confederação Francesa de Empresas Juniores que já reunia mais de 20
empresas na época. No Brasil há mais de 700 empresas juniores, contando
com mais de 22.000 empresários em todas as regiões do país.
Empresas juniores em Portugal
O conceito de empresas júnior em Portugal está ainda numa fase de
desenvolvimento, estando muito atrás do Brasil ou de outros países da
Europa e do mundo. No entanto, o número e a qualidade destas empresas de
estudantes tem vindo a aumentar a ritmos crescentes.
Empresas juniores no Brasil
No final da década de 1980,
por iniciativa da Câmara de Comércio Brasil-França o conceito de
empresa júnior chegou ao país. É nesse período que surgem as primeiras
empresas juniores no Brasil:
em 1988, nasce a Empresa Júnior Fundação Getulio Vargas, pioneira no
Brasil; em 1989, a Empresa JR ADM UFBA; em 1991, nasce na Unicamp a Conpec Empresa Júnior, a primeira empresa júnior de informática do Brasil. Depois das pioneiras, muitas outras empresas juniores foram criadas por diversas universidades brasileiras.
A Brasil Júnior
é a Confederação Brasileira de Empresas Juniores, a maior Confederação
de Empresas Juniores do mundo. Criada em 2003, a finalidade da
instituição é propor e repassar diretrizes nacionais que devem ser
adotadas pelas federações estaduais, de modo a regulamentar a atividade
das empresas juniores em âmbito nacional. Além disso, trabalha com um
portal de colaboração e conhecimento, que promove a integração dos
empresários juniores de todo o país. Atualmente ela regulamenta cerca de
1000 empresas juniores espalhadas pelo Brasil, em mais de 2000
instituições de ensino superior. Estima-se que existam aproximadamente
23.200 graduandos envolvidos no Movimento Empresa Júnior, executando em
média 2000 projetos por ano.
Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores
A Brasil Junior (BJ) é a Confederação Brasileira de Empresas Juniores e
compartilha com todos os empresários juniores o objetivo de tornar o
MEJ um movimento reconhecido pelos diversos atores da sociedade por
contribuir para o desenvolvimento do país por meio da formação de
empreendedores comprometidos e capazes, verdadeiros agentes de mudança.
A Brasil Júnior é o órgão nacional do Movimento
Empresa Júnior, trabalhando para fomentar e dar suporte às empresas
juniores em todo o Brasil e representá-las para potencializar os
resultados da rede. A atuação ocorre pela definição conjunta de planos e
diretrizes do Movimento, como o Conceito Nacional de Empresa Júnior. As
ações são desenvolvidas por sua diretoria e, em cada estado, por sua
federação local.
A Brasil Júnior também trabalha para a integração do
Movimento, reunindo as federações em reuniões e, principalmente,
reunindo as empresas juniores ao realizar o ENEJ (Encontro
Nacional das Empresas Juniores). Em 2010, o ENEJ foi organizado em
conjunto com a UNIJr-BA, em Salvador/BA, no mês de Agosto. Já em 2011, o
ENEJ foi organizado em Foz do Iguaçu, também no mês de agosto, contando
com milhares de empresários juniores envolvidos. Em 2012, a Brasil
Júnior realizou o JEWC (Junior Enterprise World Conference), maior
evento de jovens empreendedores do mundo, em conjunto com a FEJEMG e a
Rio Júnior, federações de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O JEWC foi o
encontro mundial de empresas juniores, e ocorreu em Paraty-RJ, de 6 a 10
de agosto de 2012.
ENEJ - Encontro Nacional de Empresas Juniores
O Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ) é o maior evento do
Movimento Empresa Junior (MEJ) brasileiro. Idealizado pela Brasil
Júnior, instância de representatividade das empresas juniores a nível
nacional, o ENEJ acontece anualmente com diferentes temas centrais a
cada edição, que se desdobram ao longo do evento. Com quatro dias de
programação cientifica, os empresários juniores congressistas tem a
possibilidade de assistir palestras, workshops e cases, além de
participar de rodas de discussão e minicursos, tudo isso em contato
diário com outros jovens da Rede.
O evento é prestigiado por mais de 1.500 congressistas por ano, e
cada vez mais vem mostrando sua importância para os empresários
juniores: desenvolvimento profissional, benchmarkings, ideias
compartilhadas, aprendizado em diferentes áreas do conhecimento e muito
networking.
Por receber os empresários juniores de 14 estados do Brasil, o ENEJ é
um excelente meio de alinhamento entre as Federações e instâncias do
movimento empresa júnior. Os jovens lá marcam reuniões e conversas entre
si e com parceiros institucionais do evento, e o fruto dessa troca de
conhecimento são novas ideias e visões de futuro.
Por trás de todo esse grande encontro há parceiros e patrocinadores
que apoiam não só o evento, mas também os conceitos e valores dessa
Rede. O ENEJ, por reunir jovens das melhores Universidades do país,
atrai bastante interesse em grandes empresas para participar do evento,
devido ao potencial de disseminação e contato com os jovens que ele
apresenta. A cada edição O Encontro Nacional de Empresas Juniores tem
maior articulação com empresas de mercado, além de grandes nomes de
palestrantes e representandes dessas que prestigiam o evento.
Depois de vivenciar um ENEJ os empresários juniores tem grandes
experiências para compartilhar e saem ainda mais questionadores e com
vontade de mudança. São revigorados e motivados a colocar conceitos e
ideias em prática, fazer ação!
JEWC - Junior Enterprise World Conference
Junior Enterprise World Conference (JEWC) is the biggest event of the
planet for the Junior Entrepreneurs (or ever for the ones that want to
become).
Ligações externas
Federações Nacionais:
- Federação das Empresas Juniores do Distrito Federal - Concentro
- Federação das Empresas Juniores do Estado do Paraná - FEJEPAR
- Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo - FEJESP
- Federação das Empresas Juniores do Estado do Rio Grande do Sul - FEJERS
- Federação das Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina - FEJESC
- Federação das Empresas Juniores do Estado do Ceará - FEJECE
- Federação das Empresas Juniores do Estado de Alagoas - FEJEA
- Federação das Empresas Juniores do Estado de Minas Gerais - FEJEMG
- Federação das Empresas Juniores do Estado de Goiás - GoiásJunior
- Federação das Empresas Juniores do Estado de Pernambuco - FEJEPE
- Federação das Empresas Juniores do Estado do Rio de Janeiro - RioJunior
- Federação das Empresas Juniores do Estado do Espírito Santo - JuniorES
- Federação das Empresas Juniores do Estado da Bahia - UNIJrBA
- Federação das Empresas Juniores do Estado da Paraíba - PBJunior
- Federação Maranhense das Emprresas Juniores - Maranhão Júnior
Referências: http://pt.wikipedia.org/
- CNEJ - Conceito Nacional de Empresa Júnior
- CNEJ - Conceito Nacional de Empresa Júnior
- http://ejfgv.com/mej/
- Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores
23 maio 2014
Intercom! Último Painel discute o consumo midiático do jovem
Na sequência: Mariângela Toaldo (UFRGS), Rodrigo Scherrer (UFES), Daniela Zanetti (UFES), Anderson Ortiz (UFRJ) e Camila Pereira (UFRJ). |
Por Fafi Firmo e Jordana Estevão
A última mesa de debates do Intercom aconteceu às 9 horas, no
Cineteatro. O tema foi “Jovem e Consumo Midiático em Tempo de
Convergência: resultados preliminares da pesquisa junto aos jovens da
região sudeste”. A mesa foi composta pelos professores Anderson Ortiz
(UFRJ e FACHA), Camila Pereira (UFRJ), Daniela Zanetti (UFES), Rodrigo
Scherrer (UFES) e Mariângela Toaldo (UFRGS) fazendo a mediação dos
debates.
Durante o evento, os palestrantes apresentaram pesquisas em relação
ao uso de smartphones e do computador. Anderson Ortiz realizou uma
pesquisa sobre o uso desses aparelhos tecnológicos em todo o sudeste.
Uma curiosidade apontada pelo professor foi que 0% das pessoas que usam o
computador ouvem rádio simultaneamente.
O Espírito Santo se destaca na questão das redes sociais. O estudo
apontou que 100% dos entrevistados do Estado utilizam o Facebook somente
para lazer. Minas Gerais e Rio de Janeiro também chamam atenção quanto
ao Facebook. 100% das pessoas dos dois estados utilizam diariamente a
rede social.
Daniela Zanetti apresentou a pesquisa, realizada com dez
universitários de baixa renda da Grande Vitória. Daniela concluiu que as
redes sociais desses jovens giravam basicamente em torno de música e
séries. A banda Red Hot Chilly Peppers foi a mais curtida entre eles.
Um fato peculiar das pessoas quanto a redes sociais é que mesmo
deixando de usá-la, o usuário não a deleta. Um exemplo é o Orkut. Um
possível motivo para esse acontecimento é de que o site pode funcionar
como arquivo pessoal, onde se guarda fotos e outros dados pensando que
futuramente o conteúdo será utilizado. Outra possibilidade é de que as
pessoas não apagam o perfil porque ele pode servir como uma espécie de
agenda online, com contatos de quem não se atualizou na rede. http://www.intercomsudeste2014.com.br/?p=607
22 maio 2014
Psicologia social das organizações
Psicologia social das organizações Katz e Kahn |
O livro de Katz e Kahn não é essencialmente um livro
sobre administração. Diferentemente dos outros textos já estudados, o
foco dos autores, ao menos nos capítulos lidos, não é específico na
função administrativa ou em suas diversas vertentes e possibilidades de
implantação. Ao invés disso, o livro Psicologia Social das organizações
foca-se basicamente no que seu título descreve: a estrutura social e as
diversas formas de interações psicológicas que se desenvolvem dentro das
organizações, enquanto aglomerados humanos e portanto dotados de
fenômenos similares à sociedade em si.
Desde o início há uma forte tendência do livro a estabelecer uma
série de parâmetros e metáforas, com o objetivo de identificar de fato o
que é uma organização, e contextualizar esse conceito, comparando-o com
diversos conceitos da ciência, seja biológica, física ou social. O
principal desses conceitos é provavelmente o de sistema aberto, que é
revisitado diversas vezes durante o livro e referenciado de forma
recorrente. Segundo os autores, os estudos dos fenômenos sociais nas
organizações estavam presos até então a uma visão reclusa, comparável à
de um sistema fechado da física. Em sistemas desse tipo, não existe
troca de energia com o meio externo, e todos os fenômenos são
consequências de estados iniciais internos, que também geram
consequências locais, nunca influindo no meio externo. De acordo com o
texto, essa é uma visão equivocada e minimalista da realidade, que não
pode ser usada para avaliar as organizações de forma eficiente.
Os autores tentam fazer um paralelo de uma organização com um sistema
de troca de energia. Num sistema desses, a energia recebida do ambiente
provoca transformações no sistema, e essas transformaços tendem a
consumir a energia recebida, transformando-a em alguma outra forma de
energia. Nas organizações sociais, essa “energia” seria a motivação que
se tem para transformar insumos em produtos, num ciclo que se mantém
alimentando-se dessa metáfora energética. Vale ressaltar que essa
metáfora não é de forma alguma restritiva: a energia no caso pode ser
dinheiro, no caso de organizações com fins lucrativos, ou a simples
vontade de ajudar, no caso de organizações filantrópicas.
Para identificar organizações, contextualizá-las e assim poder
estudá-las, os autores sugerem então que pensemos nelas como sistemas. É
preciso tomar cuidado ao se usar as metáforas biológicas e físicas,
pois as organizações, por mais que sejam comparáveis a sistemas abertos,
estão longe de possuir o nível de interdependência e influências
externas que a natureza possui. Nesse ponto podemos abrir um parêntese
para a Computação. Na Ciência da Computação trabalhamos frequentemente
com o conceito de abstração. A idéia básica dessa estratégia é que os
sistemas computacionais devem ser implementados em camadas e blocos
interdependentes, mas completamente isolados, e que suas relações são
estabelecidas através de interfaces. Isso significa que um programa ou
protocolo é constituído de diversos módulos distintos, cada um com
funções bastante específicas, e que um se comunica com o outro através
de funções pré-estabelecidas e imutáveis. Extrapolando os conceitos
podemos aplicar esse conceito à interação entre os sistemas sociais:
todos possuem funções distintas e são relativamente independentes, e ao
mesmo tempo se comunicam, trocando informações, insumos e produtos.
De posse dessa nova concepção, podemos explorar o conceito de sistema
que os autores estabelecem. Uma organização seria um sistema aberto,
constituído por subsistemas com características distintas, porém uma
estrutura similar. Haveria ainda supersistemas maiores que a
organização: podemos entendê-los como países, mercado financeiro, ou o
próprio planeta Terra, dependendo do contexto em que estivermos
estudando. Essa divisão em sistemas nos faz tender também a uma divisão
em funções. O livro estabelece alguns sistemas padrão e através desses
discute as funções de cada sistema, bem como as motivações de sua
existência.
A idéia de subsistemas com funções específicas de Katz e Kahn
assemelha-se bastante à idéia de funções administrativas da
administração científica, os autores fazem até mesmo uma espécie de
paralelo entre essas funcionalidades, associando por exemplo o
Subsistema de Gerência à Função Administrativa. Nesse ponto a sociologia
de Katz e Kahn se mesclam à Administração de Taylor, Fayol e outros, e
podemos então afirmar, com uma quantidade razoável de embasamento, que
as organizações são, acima de tudo, estruturas sociais, e que os
fenômenos de causa e efeito que ocorrem dentro delas são necessariamente
fenômenos sociais, que possuem representantes respectivos em outras
formas de manifestação do conceito de sociedade.
Ao entender as organizações como mais que sistemas abertos e sim
estruturas sociais, um novo leque de possibilidades de estudo se abre, e
passa então a ser explorado pelos autores. Muita coisa até então já
era similar à administração, em especial alguns pontos como o estudo das
motivações que as organizações possuem para existir, conceito também
importante na administração. Outro exemplo está no conceito de
eficiência: sendo as organizações sistemas de transformação de
“energia”, a competência com que essa organização desenvolve esse
processo é fundamental para a sobrevivência e para o sucesso da
organização. Unindo os conceitos administrativos e sociais, culminamos
no Princípio da Maximização, que analogamente ao Princípio da
Eficiência, tenta estabelecer uma série de relações entre os diversos
níveis e blocos que formam a organização, de modo a sugerir medidas para
o sucesso dessa estrutura.
O Princípio da Maximização pode ser entendido como uma generalização
da eficiência, com um forte embasamento econômico: uma organização deve
estar sempre em expansão para se manter forte e resistir às pressões
externas. Essas pressões são representadas no livro através de tensões
internas e externas, e vários exemplos aplicáveis à administração são
citados. Como tensões externas podemos pensar no aumento da demanda por
um produto, que exige a ampliação da produção. Da mesma forma como
pressões internas podemos citar a luta pela melhoria das condições de
trabalho dos empregados, que nos força a diminuir o ciclo de trabalho de
cada um, contratando substitutos. Essa estrutura, não necessariamente
nova, mas com uma nova concepção, generaliza os conceitos de
administração, antes aplicados de forma específica a empresas e
organizações similares, trazendo-os a um novo patamar: a sociedade. A
admnistração deixa de ser uma ciência orientada ao empresariado, e passa
a ter como objeto de estudo a própria estrutura da sociedade humana, as
relações entre as pessoas e os povos.
Vale comentar que o Princípio da Maximização está sujeito às mesmas
restrições que as empresas e outras estruturas sociais. Se ampliar
parece ser sempre o caminho mais correto, devemos nos lembrar que nem
sempre isso é verdade. O estudo da Economia nos mostra que existem um
custo e um lucro marginais, e que a ampliação da produção nem sempre
resulta num aumento dos lucros. Da mesma forma, uma ampliação desmedida
dos subsistemas de uma estrutura organizacional não necessariamente
contribuem para a prosperidade do supersistema: existe uma proporção que
deve ser mantida.
Analisar as organizações como estruturas sociais nos dá a evidente
vantagem de entendê-las como invenções humanas, e portante sujeitas aos
mesmos erros e limitações que outras manifestações de humanidade. Assim
podemos verificar os diversos tipos de interações sociais que se
desenvolvem dentro das organizações, e com isso desenvolver técnicas e
metodologias aplicáveis não só a empresas e outras organizações
evidentes, mas também a outros contextos sociais. Dividí-las em sistemas
de caráter aberto, por sua vez, nos dá a flexibilidade necessária para
nos focarmos em funções específicas, abstraindo-nos da complexidade
muitas vezes prejudicial do todo, essa concepção torna mais fácil o
desenvolvimento de soluções locais, que podem então ser projetadas para
resultados mais generalistas. No fim, o que fizemos foi unir conceitos
da sociologia e da administração para construir um novo modelo, que não
descarta os modelos anteriores ou os restringe, mas expande a
aplicabilidade dos conhecimentos gerados pelas duas áreas, trazendo
ganhos tanto à administração quanto às ciências sociais.
http://homepages.dcc.ufmg.br/~gucampos/2009/09/psicologia-social-das-organizacoes/
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