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22 abril 2013

ALERTA! Câncer de mama é doença que mais mata mulheres no Brasil

Câncer de Mama: a doença mata cerca de dez mil mulheres por ano no Brasil.


No Brasil, o câncer de mama é o tumor que mais mata as mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer, o Inca. Para este ano são esperados 50 mil novos casos e aproximadamente 10 mil mortes. A maior incidência deve ocorrer nas regiões Sul e Sudeste, e a menor nas regiões Norte e Nordeste.
Localizado em Jaú, no interior de São Paulo, o Hospital Amaral Carvalho registrou em 2008 mais de 550 novos casos de câncer de mama. As mulheres mais atingidas têm entre 40 e 79 anos – foram 451 ocorrências. No entanto, jovens a partir dos 25 anos e mulheres com mais de 90 também apareceram na lista.
Não é a toa que o câncer de mama é uma das doenças mais temidas pelo público feminino. Além da freqüência com que ocorre e da quantidade de óbitos, o tumor pode causar muitas sequelas, físicas e psicológicas. A pior delas: a mutilação. Em alguns casos, há necessidade de retirada da mama, o que pode afetar a percepção da sexualidade e a imagem pessoal do paciente.
“A prevenção é a grande arma no combate ao câncer e quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura”. Quem faz a afirmação é o médico oncologista José Roberto Fígaro Caldeira, responsável pelo Serviço de Mastologia do Hospital Amaral Carvalho.
Para o especialista, alguns cuidados não podem ser descartados quando o assunto é prevenção do câncer de mama. A prevenção primária envolve hábitos de vida mais saudáveis. Mas, não pense que o segredo para se prevenir da doença está apenas numa boa caminhada. A prática de exercícios físicos deve ser acompanhada de uma dieta especial, pobre em gordura de origem animal, com muitas frutas, legumes e verduras. Também é necessário diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas, principalmente os destilados, e não fumar. É indicado que as mulheres também não abusem da terapia de reposição hormonal e amamentem seus filhos. Quanto à prevenção secundária, o importante é não deixar de realizar mamografias nem ultrassom das mamas quando indicado.


Mito ou verdade?
O uso de anticoncepcionais aumenta a probabilidade do desenvolvimento da doença?
Trata-se de assunto controverso. Sabemos que de 60% a 70% dos tumores mamários são hormônio dependentes, isto é, são alimentados pelo estímulo hormonal. Portanto, todo cuidado é pouco. Os tumores de mama estão se manifestando em faixa etária mais jovem, justamente naqueles pacientes cujas mamas são de difícil avaliação clínica e radiológica (pela mamografia), necessitando muitas vezes do ultrassom complementar.
Há alguma relação do uso de sutiã com o câncer de mama?
Não há relação entre tipo de sutiã e câncer de mama. A mulher deve optar pelo mais confortável.
A partir de que idade a mamografia deve ser feita?
É recomendável realizar mamografia anual a partir dos 40 anos. Se houver histórico familiar de câncer de mama em parentes de 1º grau, deve-se realizar mamografia a partir dos 30 anos, seguida de ultrassonografia.
Há casos em que a mamografia pode não identificar a doença?
Sim, nas chamadas mamas “densas”, geralmente pacientes jovens, abaixo dos 40 anos.
Alguns sintomas podem indicar o câncer de mama?
Sim. Módulo mamário palpável; saída de sangue pelo mamilo ou secreção límpida; engrossamento da pele da mama (edema de pele), seguido ou não de vermelhidão na mama; retração do mamilo; gânglios (nódulos) duros palpáveis na axila ou base do pescoço.
Homens também têm câncer de mama?
Sim. Homens têm câncer de mama na proporção aproximada de um homem para cada 100 mulheres. O principal sintoma é o nódulo mamário, seguido de secreção mamilar com sangue.

 


Fonte: José Roberto Fígado Caldeira, mastologia do Hospital Amaral Carvalho
Informações: Bruna Oliveira  www.amaralcarvalho.org.br

21 abril 2013

Acesso à saúde é mais difícil para negros

 

Um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que as mulheres negras no Brasil têm as piores condições de acesso à saúde e chegam a ter uma taxa de mortalidade materna 66% maior do que a das mulheres brancas. Os negros também são mais afetados por doenças como a hanseníanse e tuberculose. O levantamento, realizado em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e divulgado ontem, compilou uma série de indicadores já produzidos pelo governo brasileiro. A diferença é que os pesquisadores focaram no recorte racial. O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2009 – 2010 mostra que entre mulheres brancas a taxa de mortalidade materna é de 40,5. Já entre negras ela sobe para 67. As mães afro-descendentes têm menos acesso ao pré-natal, sendo que apenas 42,5% realizam ais de sete consultas durante a gestação – porcentual que chega a 70% entre as brancas.
A prevenção também tem acesso diferenciado. As mulheres negras fazem menos exames preventivos de câncer de mama e colo do útero e vão menos ao dentista. A hanseníase, ainda, afeta duas vezes mais a população que se define como preta ou parda. A violência – uma das principais causas de mortalidade no Brasil – também vitimiza mais a população negra. Entre 2006 e 2007, 63% das pessoas assassinadas eram pretas ou pardas.
Quando há uma análise sobre as condições socioeconômicas, os afro-descendentes também têm os piores indicadores. A renda média é a metade e a taxa de analfabetismo 13 pontos porcentuais maior. A expectativa de vida entre brancos é 5 anos maior.
Entre os avanços apontados há a quase universalização do ensino fundamental para crianças negras e pardas e o crescente reconhecimento de comunidades quilombolas. Hoje pretos e pardos representam 50,3% da população brasileira e os brancos, 48,8%.
Para a procuradora federal da Fundação Palmares, Dora Lúcia Bertúlio, o relatório de 300 páginas mostra que o progresso das últimas décadas não foi significativo para diminuir as desigualdades raciais. Ela lembra que, em média, a população negra fica 50% abaixo nos indicadores em relação aos brancos. “A sociedade brasileira é racista e parece que os números não são relevantes.”
Críticas
Levantamentos que fazem apenas o recorte racial e não de renda recebem críticas de alguns especialistas. De acordo com eles, os brancos pobres sofreriam a mesma desigualdade que negros pobres. O historiador e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) José Roberto Pinto de Góes é um dos críticos. “Não acho que os brasileiros possam ser classificados em negros ou brancos”, afirma.
Góes diz que acredita em direitos iguais para todos. “Privilégios apenas para quem deles precisa, como os deficientes físicos e os idosos. Que importância pode ter a cor da pele de alguém?” Para ele, é lamentável que a ONU se preste a chancelar um documento cujo título dá a entender que é lícito recorrer à ideia de raça para tratar dos assuntos humanos. (GP)

Fonte http://molinacuritiba.blogspot.com.br

20 abril 2013

Uma onda de amor para John, o descobridor de Gisele Bündchen

John Casablancas - descobridor de talentos está internado no Rio /
Foto: Gilcélia (gilcelia.com)

Uma notícia triste no final desta semana de moda carioca. Os amigos estão fazendo uma verdadeira romaria ao Hospital Samaritano, no Rio, para levar seu carinho a John Casablancas, o maior descobridor de belezas da segunda metade do século XX.
Vocês se lembram de John, que foi o capo da Elite Models, a maior agência de modelos do final dos anos 80 e dos anos 90. Descobriu, entre outros talentos, nossa top Gisele Bündchen, de quem guardou mágoa durante muito tempo, por ela ter deixado a agência quando despontou para a fama planetária — Gisele bem que poderia pousar aqui para visitá-lo; ele não é de guardar rancores.
John foi o responsável por exportar a beleza brasileira para o mundo, e o resultado todo mundo conhece; nossas modelos são um fenômeno mundial. Ele colocou de volta à ordem do dia o visual saudável e curvilíneo como padrão estético, e fez história ao promover os famosos concursos da Elite, que revelava new faces dos mais recônditos lugares do planeta. As meninas sonhavam em faturar os primeiros lugares, que lhes garantiriam um pouso certo no panteão da elite das tops internacionais.
Por mais de 25 anos, John descobriu e agenciou as grandes estrelas das passarelas. Só para citar algumas: Naomi Campbell, Adriana Lima, Claudia Schiffer, Cindy Crawford, Linda Evangelista, Stephanie Seymour, Isabeli Fontana, Heidi Klum, Ana Beatriz Barros, a lista é imensa. Também devem a ele o início da carreira as atrizes Cameron Diaz, Uma Thurman, Daria Werbowy, Kristen Dunst, Isabella Rosselini e Natassja Kinski. Seu livro, ‘Vida Modelo’, é obra obrigatória para quem quiser entender a história da moda nos últimos 40 anos.
Pai de cinco filhos, entre os quais Julian, vocalista da banda The Strokes, John conheceu mesmo o amor foi no Brasil. Sua terceira mulher, a ex-modelo brasileira Aline, é agora a companheira desse momento difícil. Vamos torcer pela recuperação desse homem brilhante, que ainda tem muitas belezas a descobrir neste mundo…


John Casablancas entre Cindy Crawford e Naomi Campbell 
/Foto: Reprodução livro John Casablancas
 
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/index.html
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Crônica Festa Internacional Moda Pessoas Poderio Sem categoria Uma onda de amor para John, o descobridor de Gisele Bündchen

John Casablancas - descobridor de talentos está internado no Rio /
Foto: Gilcélia (gilcelia.com)


Uma notícia triste no final desta semana de moda carioca. Os amigos estão fazendo uma verdadeira romaria ao Hospital Samaritano, no Rio, para levar seu carinho a John Casablancas, o maior descobridor de belezas da segunda metade do século XX.
Vocês se lembram de John, que foi o capo da Elite Models, a maior agência de modelos do final dos anos 80 e dos anos 90. Descobriu, entre outros talentos, nossa top Gisele Bündchen, de quem guardou mágoa durante muito tempo, por ela ter deixado a agência quando despontou para a fama planetária — Gisele bem que poderia pousar aqui para visitá-lo; ele não é de guardar rancores.
John foi o responsável por exportar a beleza brasileira para o mundo, e o resultado todo mundo conhece; nossas modelos são um fenômeno mundial. Ele colocou de volta à ordem do dia o visual saudável e curvilíneo como padrão estético, e fez história ao promover os famosos concursos da Elite, que revelava new faces dos mais recônditos lugares do planeta. As meninas sonhavam em faturar os primeiros lugares, que lhes garantiriam um pouso certo no panteão da elite das tops internacionais.
Por mais de 25 anos, John descobriu e agenciou as grandes estrelas das passarelas. Só para citar algumas: Naomi Campbell, Adriana Lima, Claudia Schiffer, Cindy Crawford, Linda Evangelista, Stephanie Seymour, Isabeli Fontana, Heidi Klum, Ana Beatriz Barros, a lista é imensa. Também devem a ele o início da carreira as atrizes Cameron Diaz, Uma Thurman, Daria Werbowy, Kristen Dunst, Isabella Rosselini e Natassja Kinski. Seu livro, ‘Vida Modelo’, é obra obrigatória para quem quiser entender a história da moda nos últimos 40 anos.
Pai de cinco filhos, entre os quais Julian, vocalista da banda The Strokes, John conheceu mesmo o amor foi no Brasil. Sua terceira mulher, a ex-modelo brasileira Aline, é agora a companheira desse momento difícil. Vamos torcer pela recuperação desse homem brilhante, que ainda tem muitas belezas a descobrir neste mundo…


John Casablancas entre Cindy Crawford e Naomi Campbell 
/Foto: Reprodução livro John Casablancas
 
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/index.html
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MÃE SOLTEIRA: ser pai e mãe ao mesmo tempo...


Imagem http://gravidasolteira.blogspot.com.br

No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia (Referência). A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos e começam por estradas erradas sofrendo muitas vezes preconceito.

Para que a concepção de um ser humano seja possível, inexoravelmente necessita-se de um homem e de uma mulher. Quando pensamos na chegada de um bebê, costumamos imaginar que esse mesmo casal que o concebeu, será em conjunto o que o trará ao mundo, o cuidará e educará. Esta é a situação ideal e previsível. No entanto, não é a que se apresenta em todos os casos. Pelo contrário, cada vez é mais frequente encontrar mulheres que enfrentam a maternidade sem um homem ao seu lado. As razões são várias, mas basicamente poderíamos classificá-las em dois grandes grupos: as mães que não escolhem viver essa situação (mulheres que são abandonadas pelo marido, falecimento do pai do bebê ou filhos concebidos fora de um casamento estável), e as que decidem ter o seu bebê sozinhas.

São muitas as circunstâncias que levam uma mulher a enfrentar sozinha a criação de seus filhos. As que ficaram viúvas mal têm tempo de superar a dor quando já se encontram frente à tarefa de assumir, além de suas responsabilidades de mãe, o papel de pai. Aquelas que depois de um bom tempo de vida matrimonial se separam, também sentem a obrigação de virar rapidamente a página e voltar a funcionar como família, apesar da perda do companheiro e da ausência do pai. No caso das mães solteiras, a dor de não poder compartilhar cotidianamente as penas e as alegrias da paternidade é igualmente intensa, porém logo se transforma em uma carga com a qual é preciso aprender a conviver
Há momentos em que esta responsabilidade se torna francamente pesada e é necessário compartilhar com alguém. E é precisamente nessas alturas que a ausência de um marido se faz notar com mais força. A mãe solteira é uma das pessoas que mais sofrem sobre a face da terra. Sonhou com as promessas do namorado de que iriam casar e teriam um lar feliz. De repente, vê-se grávida. O namorado não assume e some. Sozinha, os pais decepcionados, abandonada de todos, está entregue a um destino triste. Estragou sua vida, a vida do filho que vai nascer e a vida dos pais que nunca desejaram que tal acontecesse. Em casa ela se sente um empecilho. Na sociedade, ela não sabe se vai com as moças ou com as casadas. A mãe solteira não sabe a que classe pertence.
Sente que provavelmente não vai casar. Os solteiros não a querem. Os viúvos, ela não os quer. É jovem e vê-se, de repente, com uma criança no colo que não sabe cuidar. Precisa trabalhar na fábrica ou na roça, precisa estudar e, ao mesmo tempo, tem que ficar em casa cuidar de seu filho. Quando um rapaz se aproxima e se mostra interessado, surge a dúvida: Será que ele tem boas intenções ou é mais um que mente? A sociedade a aponta como leviana, vagabunda, perigosa, "um pequeno demônio", e a isola. Onde está o pai solteiro? Por que ninguém aponta o pai solteiro? Por que o pai solteiro também não assume as conseqüências? Por que tudo tem que ser com a mulher?

O pai solteiro, geralmente, é o namorado ou noivo. Muitas vezes é um pai de família que não mede as conseqüências e não procura administrar seus instintos. O pai, muitas vezes, é o próprio patrão que não respeita a sua funcionária, a sua empregada, carente de afeto, solitária criatura, enfiada dentro de casa, procurando ganhar alguma coisa. O pai, muitas vezes, é o empresário que satisfaz seu egoísmo, rouba a intimidade, saqueia a vida de quem não pode fugir à trama de uma sociedade corrupta, vazia, que não ajuda ou não pensa na felicidade dos outros. Não estamos dizendo que as mães solteiras são santas. Mas é um problema que tende a aumentar e, cada vez mais, surgem mães solteiras adolescentes. É preciso compreender e ajudar. E, quando não se pode ajudar, é bom calar. Você está ajudando as pessoas a serem mais felizes, mesmo as que erraram na vida. Não procure satisfazer seu egoísmo, seus prazeres. Coloque os outros como importantes. Colabore com a vontade que todos têm de serem felizes.

A ausência do Pai
Segundo assinala Patrícia Fernandes, psicóloga infanto-juvenil com vasta experiência em temas de família, existe uma tendência muito acentuada - com exceção das mulheres que ficaram viúvas - de que as mães procurem "apagar" a figura do pai do contexto familiar. "Há muito poucas mulheres que conseguem separar suas raivas e conflitos interiores e, em geral, transmitem às crianças os sentimentos de frustração derivadas da relação fracassada com o cônjuge. É freqüente que as crianças se transformem em confidentes da mãe e recebam todas as críticas que ela faz ao pai", indica a psicóloga.

Como conseqüência, há uma alta porcentagem de crianças que não tem pais funcionando bem não só pela irresponsabilidade do próprio pai, senão que pelos efeitos da consciência da mãe. "As mamães devem ter claro que é muito importante a presença do pai na educação e formação dos filhos, especialmente nos filhos homens", explica Patrícia Fernández.

Se o pai está ausente da vida do garoto, é preciso proporcionar-lhe igualmente uma imagem paterna, porque isso lhe assegura um equilíbrio emocional e a possibilidade concreta de poder, no futuro, formar uma família. Um substituto masculino significativo para o menino pode ser algum de seus avós, um tio ou inclusive algum professor e, para estabelecer uma relação entre ambos, é preciso que exista uma clara disposição desse substituto de estabelecer um vínculo com o garoto mais além de seu parentesco ou relação inicial.

Assim mesmo, é vital dar-lhe respostas coerentes e consistentes frente à pergunta: tenho papai? Ou: por que meu pai não vive comigo? Estas perguntas variam dependendo da história de cada mãe, porém sempre, segundo indica Patrícia Fernández, "devem dar à criança a certeza de que ela tem um pai, que pode estar longe no caso das mães solteiras ou separadas, porém que em algum momento pode voltar; ou que está no céu, quando se trata de mães que ficaram viúvas, porém que estará sempre presente em seu coração".

É importante evitar na criança a fantasia de que seu papai se foi porque não o queria ou que o que se sucedeu entre seus pais foi por culpa dele. Por isso, é necessário deixar-lhe claro que seu pai o ama, porém que, por distintos motivos não pode estar com ele.

Mães solteiras
Durante a infância, as mães solteiras se deparam entre o segundo e o terceiro ano de vida de seu filho com a pergunta: e meu papai? Patrícia Fernández assinala que apesar de que sempre se devem dar à criança respostas consistentes, "quando o menor dos filhos é pequeno, não convém entrar em detalhes porque não está preparado para entendê-los. A única coisa que quer é ter um pai e ter o direito de pensar que ele existe".

Se o pai conhece a criança e quer participar de sua educação, é recomendável que a mãe o permita, porém ao mesmo tempo regule sua presença. É necessário proteger as crianças de relações não estáveis, e por isso não é conveniente que o pai apareça quando queira, senão que - para o beneficio da criança - participe de maneira constante. Por esta mesma razão, as mães devem ter especial cuidado ao apresentar a seus filhos um eventual novo companheiro, porque se for algo passageiro, os expõem a viver uma nova perda.

Assim mesmo, é habitual que o pai não se faça presente, e em situações como esta a psicóloga recomenda "dizer à criança, por exemplo, que seu pai vive em outro lugar, porque com o passar dos anos pode aparecer novamente. Com efeito, muitos pais aparecem quando as crianças já são pré-adolescentes ou quando já estão entrando na vida adulta". Como assinala a profissional, é muito melhor que o menino tenha a ilusão de que seu pai está longe, porém que existe, do que viver com um sentimento de abandono constante.

No entanto, as mães têm que ter especial cuidado em não supervalorizar a figura do pai para não fazer crescer no pequeno falsas expectativas a respeito dele. "Não se trata de retratar o pai ausente como um super-homem ou de dizer-lhe que quando voltar vai-lhe trazer presentes; senão que simplesmente existe e que tem que viver em outro lugar, mas que apesar disso o quer muito". A psicóloga explica que a medida que a criança cresce e seu pensamento se torna mais complexo, é bom dar-lhe mais explicações. "É recomendável, por exemplo, que a mãe diga ao filho: teu pai e eu nos separamos, e por razões de trabalho ele teve que ir-se para longe, porém quem sabe em algum momento te escreverá".

Mães separadas
Patrícia Fernández assinala que quando os pais se separam e o pai se vai da casa e ainda se desentende dos filhos, os pequenos vivem a situação com uma dor muito profunda, e inclusive se sentem como se seu pai tivesse morrido, ficando desconcertados frente à sua repentina ausência.

No caso de uma separação matrimonial, a psicóloga recomenda que as mães se esforcem ao máximo para conseguir que o pai continue presente na vida dos filhos. Assim mesmo, esclarece que há casos em que os pais procuram estar perto dos filhos, porém se deparam contra um "muro" da mãe. "Muitas vezes os pais querem participar, mas as mães não o deixam ou condicionam as visitas ao pagamento da pensão alimentícia. No entanto, e se o pai em algum momento não puder pagar? A mãe vai expor a criança à ruptura com seu pai? As duas coisas não deveriam estar relacionadas porque assim se prejudica a estabilidade emocional das crianças", afirma a psicóloga.

Se depois da separação é o pai que se esquece dos filhos, as mães devem explicar-lhes a situação dizendo, por exemplo: "teu pai está passando por um mau momento. Tenhamos fé e esperemos, porque ele te ama e seguramente depois de algum tempo irá procurar-te".  A mãe nunca deveria pressionar o pai para que visite seus filhos, porque se ele não quer fazer isto, para as crianças não fará bem estar com ele. Não vai lhe transmitir amor, e a mãe tem a obrigação de proteger o filho disso. 

Mães viúvas
Quando a causa da ausência do pai for a morte, é importante que as crianças tenham uma figura paterna que o substitua. Deste modo sabe que, além de levar a memória do pai no coração deles, tem alguém perto a quem recorrer quando precisar falar de homem para homem ou para jogar e aprender coisas que não poderiam fazer sozinhos ou com a ajuda da mãe. 

Neste sentido, Patrícia Fernández diz que é muito importante o papel dos avós, já que se o menino tem a sorte de criar-se com algum deles, a dor de não ter seu pai por perto será muito mais tolerável. A psicóloga recomenda que neste caso a mãe se aproxime mais do seu pai ou do sogro e lhe peça - explicitamente - que participe de modo mais ativo na educação dos seus filhos. 

Como a psicóloga indica, na sociedade ocidental se prescinde muito dos avós e não se valoriza o que eles podem dar aos netos. "Em geral, as crianças criadas com seus avós são crianças muito seguras porque foram desde sua infância tremendamente queridas e apoiadas. A única coisa que muitos avós querem é estar próximo dos seus netos e isso é algo que as mães que estão sozinhas e as famílias em geral devem resgatar".

A felicidade mútua
As mães que criam sozinhas as suas crianças e as crianças que crescem sem o pai delas, podem, de igual maneira às famílias normalmente constituídas, alcançar a felicidade. Porém, isto requer um trabalho de desenvolvimento pessoal consciente e constante por parte das mães, essas que devem estar permanentemente se interrogando a respeito da educação de suas crianças. Muitas mães os vêem como extensão delas mesmas, portanto, acabam exigindo que cumpram com as suas expectativas e, por outro lado, não conseguem colocar limites nem fazê-los respeitar normas, por querer desta maneira compensar a ausência do pai. 
É benéfico que as mães tenham grupos de amigas e amigos que levem a cabo alguma outra atividade à parte de seu trabalho e que sempre estejam rodeadas de outras mães, para assim comparar o desenvolvimento de seu filho em relação aos dos outros. Deste modo, podem prevenir-se de transformar-se - produto da pressão e da solidão - em mães superprotetoras, onipotentes e asfixiantes, e alcançar, tanto elas como seus filhos, a felicidade mútua.  


Fonte: Artigo publicado na Revista espanhola "Padres OK" de setembro de 2002. Tradução de Carlos Casagrande. http://www.amas-brasil.webs.com/

19 abril 2013

Penúltimo dia de semana de moda carioca com passarela e fila A



O quarto dia de Fashion Rio foi bem, digamos assim, eclético. Começou com Patrícia Viera, que preferiu receber em sua loja, no Leblon. “Me inspirei na natureza da Jamaica, nas cores. Lá não tem seda, Gucci, Prada. É tudo linho, juta. Adorei o bordado rústico deles, mas para reproduzir tem que ter cuidado para não ficar grosseiro. Também trouxe o trançado dos cabelos como referência para a coleção, que é focada no conforto. Eles são um povo simples, mas têm um ar de realeza. É a força do leão [símbolo rastafári]“, explicou a estilista, que fez sucesso com as novas tonalidades de suas famosas peças de couro. Para dar o clima, Bob Marley no som, modelo negra de cabelo afro circulando pelo espaço e um backdrop com a foto de uma cachoeira do país, onde ela posava com cada look do verão de Patrícia.
Na Marina da Glória, a primeira foi Nica Kessler, com tecidos azul piscina pendurados formando desenhos de ondas. Nica quis trazer o fundo do mar para o desfile, que teve styling de Felipe Veloso. As estampas – de peixes – levam a assinatura do artista plástico Gabriel Castro. Na fila A, Antonia Frering. A atriz ficou para assistir à marca Herchcovitch, que veio com um clima preppy, aliado a elementos pinçados em uma série de fotos de Richard Avedon, “The American West”, que mostram trabalhadores de minas de carvão e petróleo. Resultado? Jeans resinado com lavagem destroyed, listrado estonado, marrom com pigmentos em preto e tie dye em tons de cinza. Destaque para os macacões.
A Salinas deixou tudo mais leve e propôs uma viagem delícia à Itália do final dos anos 50, no clima “dolce vita” dos verões que instigavam uma sensualidade quase inocente. Muito poá, listra, estampa de fruta e de paisagens como se fossem fotogramas. Entre os shapes, aposta no sutiã meia taça. Depois, o funk da Coca-Cola Clothing, com Bruna Marquezine. Neymar não apareceu, mas a atriz fez elogios ao namorado no backstage, dizendo que ele é “muito estiloso”… No ritmo do batidão das comunidades, uma coleção street wear multicolorida. Teve muito fashionista se segurando na cadeira para não se deixar levar pela música. Ah, e Marlon Teixeira arrancou suspiros.
Na sequência, a trilha continuou no clima festa. A Reserva trouxe uma banda para tocar ao vivo, em versões marchinha de Carnaval, sucessos de Roberto Carlos, como “Ilegal, Imoral ou Engorda”, “É Proibido Fumar” e “Quero Que Tudo Vá Pro Inferno”. Na passarela, quase não dava pra ver as roupas. Os modelos apareceram carregando uma barra em metal presa nas costas, que vinha até a frente, pendurando um cabide, cada um com uma fantasia diferente, que se sobrepunha às peças da coleção. Tinha de Batman, Homem Aranha e até Chapolin. Tudo para fazer uma sátira à vida contemporânea dos modismos e tendências e propor o foco em desfiles mais “reais” e em coleções pensadas para “pessoas de verdade”. Deu certo? Bom, barulho fez. Modelos e músicos abandonaram a sala e foram circular pela Marina, promovendo um bloquinho fora de época por lá. Vem ver tudo aqui na nossa galeria, glamurette! Fonte http://glamurama.uol.com.br

Caixa Cultural oferece oficinas gratuitas de quadrinhos.

 Caixa Cultural oferece oficinas gratuitas de quadrinhos

A CAIXA Cultural Curitiba oferece, por meio do programa educativo Gente Arteira, duas oficinas de histórias em quadrinhos: “Oficina de Criação de HQ” e “Quadrinhos baseados em fatos reais”.



A primeira delas, “Oficina de Criação de HQ” acontece no dia 20 de abril sendo ministrada pelo ilustrador e arte-educador Christiano Neto, que possui experiência na criação de roteiros e caracterização de personagens para histórias em quadrinhos. A oficina tem como objetivo mostrar de forma simples e divertida todo o processo da produção de uma história em quadrinhos, abordando conceitos relacionados à história da HQ e os diversos gêneros desta forma de expressão. As criações de roteiro, de personagem e de cenário serão discutidas e praticadas, com o objetivo de trazer ao participante as noções básicas da arte.



Já a segunda oficina, “Quadrinhos baseados em fatos reais” acontece no dia 27 de abril e será ministrada pelo professor de quadrinhos da Gibiteca, André Caliman. A ideia é expor o passo-a-passo do processo de criação de uma história em quadrinhos baseada em um fato real, seja ele conhecido por muitas pessoas através da mídia ou um fato narrado em roda de amigos e familiares. A criação do roteiro será baseada nessa história, com a possibilidade de se trabalhar o aspecto fantástico e fictício do tema, satirizando ou abordando o conteúdo sob outro ponto de vista. André desenhou quadrinhos para a revista “Quadrinhópole” e “Avenida”, a série “E.L.F.” - publicada nos Estados Unidos -, a HQ “Sequestro em Três Buracos”, além de ser autor da série “Revolta!”.



As inscrições são gratuitas pelo e-mail caixacultural08.pr@caixa.gov.br e as vagas são limitadas.



Programa Educativo Gente Arteira:

O Gente Arteira é um projeto de arte-educação que proporciona visitas mediadas às exposições da galeria da Caixa Cultural. O foco é o atendimento a escolas, creches, ONGs, projetos sociais e grupos de idosos e pessoas com deficiência. As visitas são realizadas por mediadores profissionais capacitados para transmitir as informações acerca das obras para públicos de todas as idades e características.



As visitas abordam sempre o conteúdo das exposições de arte que estão à mostra no momento, provocando a sensibilidade artística nas diversas faixas etárias que o projeto atende. A ação torna-se mais que um passeio: é uma verdadeira aula, uma forma diferente e divertida de aprender e de refletir sobre a importância da arte, através de uma vivência diferenciada para aqueles que nunca estiveram em um museu ou em uma galeria de arte ou mesmo para os que já têm o hábito de freqüentar espaços culturais. O programa foi criado pela CAIXA, a qual é detentora dos direitos da marca e do nome Gente Arteira. Para agendar uma visita, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (41)2118-5114.

Serviço
Oficina de Criação de HQ
Data: 20/04/2013 (sábado)
Horário: 14h às 17h
Inscrições gratuitas pelo e-mail: caixacultural08.pr@caixa.gov.br. As inscrições serão aceitas somente entre 12 e 18 de Abril
Classificação etária: Não recomendado para menores de 12 anos

Oficina Quadrinhos baseados em fatos reais
Data: 27/04/2013 (sábado)
Horário: 09h às 11h30
Inscrições gratuitas pelo e-mail: caixacultural08.pr@caixa.gov.br. As inscrições serão aceitas somente entre 19 e 25 de Abril
Classificação etária: Não recomendado para menores de 18 anos 

Fonte  http://descubracuritiba.com.br

19 DE ABRIL DIA DO ÍNDIO

Foto: 19 DE ABRIL. DIA DO ÍNDIO!

Nossas duas gerações. ツ
www.taina.com.br 


18 abril 2013

Fashion Rio: as tranças vão dominar as ruas!

Por Maria Clara Povia | Fashion Rio

Depois do SPFW e também das passarelas internacionais, o Fashion Rio confirma que a trança é a grande tendência para os cabelos. Aqui, um review dos looks de ontem:
Na passarela da Cantão, duas opções – uma comum e fácil de copiar e outra mais elaborada. A primeira versão era uma trança embutida, com mechas soltas na frente. O segundo look é uma versão mais moderna do estilo camponesa, com tranças de diferentes espessuras presas umas nas outras.




A Oh, Boy mostrou tranças que começavam no topo da cabeça mas com mechas sem muita definição que iam se desmanchando pelo comprimento. Lindo e despojado




Na TNG, uma opção mais contida, com acabamento perfeito e fios bem esticados.

 


Fotos: Agência Fotosite
Fonte: http://elle.abril.com.br

Cientistas descobrem dois novos sistemas planetários.

 
Foto: chc.cienciahoje.uol.com.br
 
Cientistas da agência espacial americana (NASA) anunciaram a descoberta de dois novos sistemas planetários. A informação é do "Jornal Nacional", da TV Globo.

Segundo a publicação, os astrônomos usaram o telescópio espacial Kepler para identificar três novos planetas: os mais parecidos com a Terra já encontrados até agora fora do Sistema Solar.
 
Os pesquisadores dizem que os esses três astros estão localizados na chamada zona habitável. E poderiam ter potencial de conter água na superfície e alguma forma de vida. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (18) na revista Science.
 
Fonte www.momentoverdadeiro.com

Deborah Secco e Roger. Após quatro anos de união, chega ao fim o casamento da atriz.

Chegou ao fim o casamento da atriz Deborah Secco com o jogador Roger Flores, após quase quatro anos de união. Mas o casal decidiu se separar amigavelmente, segundo informações de uma fonte ao portal EGO. "É verdade, os dois estão separados sim. Mas foi numa boa. Eles continuam amigos. Não foi briga, não foi traição. Está tudo bem entre os dois", contou a fonte.
 
Mas um amigo próximo do casal, revelou que a atriz decidiu deixar a casa em que morava com Roger para ficar ao lado da mãe, dona Silvia Secco e que a atriz está mal com a separação, evitando falar a respeito do assunto, de acordo com testemunhas. Já no trabalho, a atriz age normalmente e toca as gravações com profissionalismo. Ela inclusive já não usa mais aliança, dizem amigos próximos.
 
(Reprodução internet)
A mãe da atriz, que não quis comentar a notícia, deu a entender que a filha está bem: "Não vou falar nada sobre isso, mas Deus está nos abençoando como sempre. Estamos muito felizes". A assessoria da atriz foi procurada, mas também não falou nada sobre o fato.

Mas a colunista Fabíola Reipert, em seu post escreveu: "chegou ao fim o que todo mundo que acompanha o mundinho fantasioso e pantanoso dos famosos já imaginava: o casamento de Deborah Secco e Roger Flores. De acordo com uma amiga da atriz, ultimamente eles viviam um casamento aberto, ou seja, ninguém tinha obrigação de ser fiel um ao outro." E completou "Quem convivia com o casal afirma que Deborah era mais apaixonada que o ex-jogador". 
 
Fonte Momento verdadeiro

16 abril 2013

Helder Dias, a trajetória do empresário, dono da maior agência segmentada ao público negro do Brasil

por Ruth Lopes e Priscilla Arantes


 

Helder Dias é bem sucedido no mundo da moda e publicidade, saiu de Alagoinha, interior da Bahia, para São Paulo na década de 1990,  carregando uma bagagem de sonhos. Como muitos retirantes daquela época Helder venceu nadando contra a maré da sociedade paulistana, se encaixando em algumas minorias, negro, nordestino e pobre. Mas isso não o impediu de ir mais além e criar a Agência HDA direcionada exclusivamente para modelos negros.
Tudo isso numa época em que a comunicação era limitada. A internet era inexistente para o grande público. Não teve o apoio das redes sociais e da informação instantânea.
Conversamos com esse vencedor que nos contou sobre sua trajetórias e inspirações. Confira!

Como começou seu interesse pela moda?
Em 1986, uma professora de moda, Cristina Rolim, foi ministrar um curso de modelo, em Alagoinhas. Na época, o curso custava 1800 cruzados novos, muito dinheiro e eu não tinha, então, sugeri uma parceria, eu, que sempre desenhei, faria os cartazes de silk screen para divulgar o curso e ela me daria a bolsa. Ela aceitou. Fiz o curso e depois ela voltou pra Salvador e sempre me chamava para dar suporte nos cursos que ela ministrava lá.


 

Você sempre soube que carreira queria seguir ou durante o caminho existiram dúvidas?
Eu sempre soube. Desde pequeno eu dizia pra minha mãe que eu queria ser importante. Mas quando eu comecei a trabalhar com a Cristina eu ainda não sabia como eu faria isso. Mas em determinado momento ele anunciou que iria se casar com um italiano e antes de se mudar pra Itália me deixou responsável por todo o trabalho que desenvolvia em Salvador. Num treinamento de uma semana ele me apresentou para as pessoas como seu sucessor. Eu ia todos os dias pra Salvador e a noite voltava para Alagoinhas. 108 km. E quando eu não tinha dinheiro para voltar, eu dormia na rodoviária. Na casa dela eu sempre entrava e saía pela porta de serviços. Ela morava com a tia num bairro nobre de Salvador. Isso me marcou muito. Depois disso comecei a ministrar os cursos em Alagoinhas.
Você inscreveu a Rai, sua irmã , no primeiro concurso expressivo de beleza negra do país. Como foi isso?
Rai não queria que eu a inscrevesse porque ela dizia que, em São Paulo,  eles estariam procurando mulheres negras, mas de pele clara e traços finos. Mesmo assim eu fiz a inscrição e mandei o material. Foram 15 mil inscritas e a organização escolheu 17 meninas, entre elas a Rai (Helder se emociona…). Não tínhamos dinheiro pra ir para SP. Mas fomos.  No ônibus, fazíamos palhaçadas e as pessoa nos davam comida. No final, Rai ganhou o concurso, mas foi uma confusão, porque algumas pessoas que não concordaram com o resultado invadiram o camarim.  Com isso me aproximei muito da Rita, dona da agência New Company ,responsável pelo concurso.
Por 10 anos você ministrou o curso “Helder Dias manequins e modelos”. Sua vinda para São Paulo foi por conta do concurso? Como foi sua mudança para a capital paulistana?
A Rita me contratou. Por dois anos eu morei na casa que era nos fundos da agência e ministrava os curso de modelo. Formei mais de mil pessoas. E mais uma vez uma pessoa me ensina e vai embora. A Rita foi para a Alemanha. Depois disso passei necessidades para me manter em São Paulo e voltei pra Aracaju. E uma amiga da minha irmã tinha um apartamento em SP e estava precisando de uma pessoa pra cuidar. Foi quando eu voltei.


 

Foi nesse momento que surgiu a HDA?
Sim. Comecei a agenciar as modelos para propagandas e para eu receber  pelo meu trabalho eu precisava ter uma agência formal, conta bancária.  E na verdade, eu agenciava na sala do apartamento que nem móveis tinha. E aos poucos tudo foi se acertando até chegar aqui, a sede da HDA.
E como funciona o trabalho da HDA?
Quando eu resolvi abrir a HDA eu sempre pensei em ter tudo de melhor para apresentação do meu trabalho. O melhor cartão de visitas, o melhor site. Quando eu ligava para os clientes e dizia que eu tinha uma agência de modelos negras, ninguém queria me receber. Então, eu dizia que “fulano de tal” me indicou, à partir dessa abordagem a primeira porta já se abria e eles me pediam pra mandar material, pra que eu fosse visto eu precisava ter o melhor material.
Você tem uma postura firme em relação ao que defende, que são modelos negras.
Sim. Sempre tive a postura e falar o que penso foi uma forma de me defender. Aos poucos a mídia observou que eu tenho as melhores negras do mercado e fui intitulado “o criador das Barbies negras”. E na inauguração da USP Zona Leste a Naomi Campbell esteve aqui (na agência HDA) e isso trouxe mais visibilidade e respeito ao meu trabalho. Em seguida, fui para África e passei 25 dias lá com 20 modelos. Isso também virou assunto e trouxe mais visibilidade. E as coisas foram acontecendo.
Você mencionou que foi destratado diversas vezes. Você sabe me dizer a que se deve isso? Se pelo fato de você ser negro, ativamente combatente…
Eu acredito que o problema não está só no fato de ser negro, mas sim no poder de compra do negro. Se você tem poder de compra, tem um tratamento. Se não tem o tratamento é outro. Naquela época eu deixava muito evidente por meio de códigos as minhas diferenças sociais e econômicas. E me enxergavam de outra forma. Mas eu sempre tive a autoestima valorizada. Quando eu comprei um carro importado o tratamento começou a melhorar. Quando minha modelos começaram a fazer campanhas expressivas no Brasil e no mundo os clientes começaram a mudar a linguagem e a forma de falar comigo. As coisas mudaram e eu passei a escolher os clientes.
Como você vê a relação Fashion Week e modelos negros? Qual é o seu posicionamento hoje?
Sobre a São Paulo Fashion Week eu caí de paraquedas, em nenhum momento eu fui lá reivindicar nada. Eu tenho um bom produto e eu apresento, se o cliente quiser contratar ótimo senão o problema é dele. O que aconteceu foi que o Frei Davi entrou com uma petição na justiça reivindicando a inclusão de modelos negros na semana de moda de São Paulo e foi para a porta do evento fazer barulho. Mas isso foi divulgado como se fosse um movimento organizado pelo Helder Dias. Alguns estilistas deram entrevistas dizendo que eu estava querendo aparecer e por isso não iria contratar nenhuma modelo da HDA. A imprensa espontaneamente começou a me procurar e como a exposição da minha imagem já tinha acontecido de forma pejorativa, eu comecei a dar nomes aos bois e dizer o que eu achava. Foi quando eu falei que o Frei Davi me procurou, o Ministério Público me intimou duas vezes para que eu pudesse expor a minha versão diante da alegação do Frei e aí o assunto ganhou proporções internacionais. Mas eu nunca tive contato com o Paulo Borges, não o conheço e nem sei das suas pretensões com a raça negra. Hoje eu percebi que o meu trabalho está muito além da SPFW. Me graduei em moda para entender e conquistar novas possibilidades e aumentar  a visibilidade do  meu trabalho.
Hoje indústria entende que o negro não vende?
Não isso já passou. Isso é coisa do passado.
E por que essa representação não se dá na mesma proporção?
O país é dominado por brancos. O poder aquisitivo vem dos brancos, e apesar da população brasileira representar 50% desse contingente, quem dita as regras são os brancos.
Hoje, no século XXI, 2012 é que o negro começa a ocupar caminhos políticos, científicos e acredito que num futuro muito próximo isso já  seja mais evidente. Foi o caso da presidente Dilma que passou pela ditadura, a mulher para chegar a presidência passou muitas situações.
Há alguns anos, o Diogo Mainardi fez uma declaração polêmica e foi crucificado, “Não venha cobrar de nós como agência e sim do cliente que veta a modelo negra”. Isso se perpetua?
Em alguns casos sim. A publicidade criou segmentos. Quando são campanhas governamentais, aí o Brasil tem cor. Quando são campanhas de empresas internacionais, o negro é exótico ou diferente dos “padrões”, é músico ou tem um cabelo black power, ele tem alguma característica física que associa ao produto. Hoje a sociedade percebeu que a classe D e C são classes consumidoras e começaram a desenvolver produtos voltados para essa classe emergente. E como o negro passou a consumir mais e para o capitalismo o que importa é o consumo começaram a dar visibilidade ao negro.
Hoje, no século XXI, 2012 é que o negro começa a ocupar caminhos políticos, científicos e acredito que num futuro muito próximo isso já  seja mais evidente.
Hoje o mercado de cosméticos, por exemplo, vende 42% de seus produtos para pessoas negras e não representa essas pessoas.
Clientes de cosméticos quando ligam para pedir modelos eles pedem modelos claras, que fique com cara de branca e com traços finos. E a representação do negro na publicidade é feita por modelos negras de pele clara.

De um ano pra cá, eu tenho ouvido que o mercado não consegue a interlocução com as mulheres negras, o mercado já entendeu que a mulher negra mudou, que o poder de compra aumentou, que ela está no mercado de trabalho, que o perfil mudou e vem sido chamado da “Era Michele Obama”. O que você acha disso?
Eu acredito que os profissionais negros precisam se reunir para suprir essa demanda. A Ruth que tem um site, a Isabel que tem uma gráfica, a Márcia que tem uma agência de publicidade… E assim fazer um elo de ligação e começar a consumir o que produzimos.

A HDA Models trabalha a imagem e a postura de seus modelos. A responsabilidade é muito mais sócio-cultural do que física,  “trabalhamos o perfil da pessoa, pele, comportamento, autoestima, alimentação”, afirma Lucas, booker da agência. A questão da autoestima é ponto chave para o resultado final. A mulher que se ama exala beleza física e interior.

Para saber mais sobre a agência e sobre esse profissional acesse HDA Models.

por Mulher Negra e Cia | 13/07/2012 
http://www.mulhernegraecia.com.br

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