Hipátia foi uma astrônoma romano-egípcia, coincidentemente assassinada no dia 8 de março de 415 |
Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março.
A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu no final do Século XIX e início do século XX nos Estados Unidos[1] e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, de direito de voto. Inspirada por esse espírito, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs durante a reunião (que criaria a Segunda Internacional Socialista) em Paris em 14 de Julho de 1889, feriado da Tomada da Bastilha, a instituição do Dia Internacional da Mulher.
As celebrações do Dia Internacional da Mulher ocorreram a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março, a depender do país [1]. A primeira celebração se deu em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos,
seguida de manifestações e marchas em outros países europeus nos anos
seguintes, usualmente durante a semana de comemorações da Comuna de Paris, ao final de março. As manifestações uniam o movimento socialista, que lutavam por igualdade de direitos econômicos, sociais e trabalhistas ao movimento sufragista, que lutava por igualdade de direitos políticos. Posteriormente, no início de 1917 na Rússia, ocorreram manifestações de trabalhadoras russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917.[2] [3] A data da principal manifestação, 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), foi instituída como Dia Internacional da Mulher.
Após 1945,
a data tornou-se principalmente um feriado comemorado nos países do
chamado bloco comunista. Em 1955, segundo as autoras francesas Liliane
Kandel e Françoise Picq, surgiu o mito de que a data teria como origem a
celebração da luta e da greve de mulheres trabalhadoras do setor têxtil
em Nova York em 1857 que haviam sido duramente reprimidas pela polícia
ou mortas em um incêndio criminoso na fábrica, segundo diferentes
versões do mito. Não há indícios de que isso tenha ocorrido e segundo as
autoras, a origem desta versão ocorreu entre feministas francesas que
durante a Guerra Fria buscavam uma origem à comemoração que estivesse desvinculada da história da luta socialista [4] [5] .
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária. Também era amplamente celebrado nos países do bloco socialista na Europa Ocidental.
Nos países ocidentais, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920, tendo sido esquecido por longo tempo e somente recuperado pelo movimento feminista na década de 1960.
Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu
parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e
comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o
espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917,[5] costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977,
o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para
lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.[6]
A ideia de instituir o Dia Internacional da Mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria.
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória do protesto das operárias da indústria do vestuário de Nova York contra as más condições de trabalho. [7]
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um Dia Internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.[8] [9]
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.[10]
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário
coletivo, de modo que esse episódio é com frequência desde a década de
1950 erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da
Mulher.[11] [12]
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam
planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas,
as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram
delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a
greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’
viria a inaugurar a revolução”. [5]
Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético,
permaneceu como celebração da "heroica mulher trabalhadora". No
entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e
tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor
pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.
Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em checo) era então usado como instrumento de propaganda
do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as
necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração
ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se
estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou
um presente do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia
e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão.
Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o
colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais
um símbolo do antigo regime.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960,
sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977. A data mantém hoje
relevância internacional, e a própria ONU continuava a dinamizá-la,
como sucedeu em 2008, com o lançamento de uma campanha, “As Mulheres
Fazem a Notícia”, destinada a chamar a atenção para a igualdade de
gênero no tratamento de notícias na comunicação social mundial. [13]
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher#/media/File:Hypatia_portrait.png
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