Ângela Chaves prestou queixa na 9ªDD |
A
professora e coordenadora do Centro de Referência de Direitos LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e combate a
homofobia da Paraíba, Ângela Chaves, usou a rede social Facebook para
denunciar que foi agredida e vítima de homofobia neste sábado (29), na
Rua Djalma Coelho, no bairro dos Bancários, em João Pessoa. O acusado
pelo crime é filho de um proprietário de um conceituado restaurante da
Capital, conforme relatou a vítima durante depoimento na 9ª Delegacia
Distrital.
Sensibilizados pela situação a qual Ângela Chaves foi
submetida, amigos iniciaram uma campanha nas redes sociais como forma
de boicotar e repudiar o ato discriminatório. Uma manifestação está
sendo organizada para ocorrer em frente do restaurante localizado no
bairro dos Bancários.
Em contato com a reportagem do Portal
Correio, a professora comentou que estava em casa quando fortes
estrondos foram ouvidos vindo do telhado de sua residência. Quando foi
averiguar a situação, constatou que o imóvel foi atingido por fogos de
artifícios.
“Minha filha com as colegas estavam estudando no
terraço quando a gente se assustou com as explosões. Acionei a polícia e
quando sai de casa para saber o estava ocorrendo fui agredida
fisicamente, verbalmente e vítima de homofobia praticada pelo filho do
dono de um restaurante na rua da minha casa”, desabafou Ângela Chaves.
De
acordo com a vítima, policiais militares foram acionados e mesmo na
presença das autoridades, o acusado agrediu a militante LGBT. “Ele disse
"Sapatão", "Macumbeira" e "Vagabunda” e ainda me deu uns empurrões
deixando marcas no meu braço. A todo instante ele dizia que mandava na
rua só porque tem boas condições financeiras”, comentou a professora.
O
caso foi registrado na 9ª Delegacia Distrital, em Mangabeira, sob o
comando do delegado Nélio Carneiro, que encaminhou Ângela Chaves para
exames de corpo de delito no Instituto de Polícia Científica da Capital.
Carneiro não atendeu as ligações da reportagem para falar sobre o caso.
“Já
acionei o advogado e vamos botar o caso pra frente. Não podemos
permitir que caso como este venha a se repetir”, frisou a coordenadora
do Centro de Referência de Direitos LGBT, Ângela Chaves.
Fonte: http://portalcorreio.uol.com.br Foto:
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