DE VANGUARDISTA PARA VANGUARDISTAS...
A Feira Preta ocorre todos os anos desde 2002, no inicio, com duração de um dia e teve sua primeira edição em espaço público (Praça Benedito Calixto) e reuniu 40 empreendedores de artesanato, moda, bijouterias, entre outros.
A partir do formato dinâmico e das atrações diversificadas o evento atua em duas vertentes: estímulo a uma cadeia produtiva inclusiva através do comércio de produtos segmentados realizado por e para negros; promoção da cultura afro-brasileira, tanto no resgate de tradições como nas manifestações artísticas contemporâneas e principalmente na integração racial, a partir do reconhecimento histórico da cultura afro-brasileira.
Em nove edições do evento, o público pode acompanhar aproximadamente 500 artistas divididos em exposições de artes plásticas, sarau de literatura, fotografia, artes cênicas, religião, capoeira, Hip Hop, danças afro-brasileiras, teatro, além da mostra de cinema, shows e gastronomia.
No espaço de empreendedores, mais de 500 artesãos e micro-empresários já comercializaram seus produtos segmentados, gerando a circulação de cerca de R$ 2.500.000 – em todas as edições do evento – gerando trabalho e renda dentro da comunidade negra.
A Feira Preta fomenta uma cadeia produtiva que insere o negro em seus diversos elos, como produtor e consumidor. Neste contexto também surge o programa de qualificação, com o intuito de fomentar negócios de empreendedores– entre micro-empresários e artesãos – promovendo a inclusão da população negra no ciclo econômico e no mercado de trabalho.
Hoje a Feira Preta já representa uma forte conquista neste primeiro processo, de auto-valorização do negro, público junto ao qual se encontra consolidada. A Feira atinge este impacto na medida em que reafirma a identidade dos negros em forma de valorização. Contudo, quando se trata da visão externa– em relação à apreciação da cultura negra por pessoas de outras raças – ainda há um longo caminho a ser percorrido. É neste sentido que a Feira Preta planeja atuar no futuro, aproveitando a legitimidade já adquirida junto à comunidade negra para expandir seu público sem perder seu conceito inicial. A partir do momento em que o evento atingir o público não-negro e conseguir difundir essa consciência da diversidade.
Fonte: http://www.feirapreta.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário e volte sempre!