O diagnóstico precoce do câncer de mama e a prevenção do colo de útero são fundamentais para aumentar a taxa de cura dos tumores. Apesar de o Brasil ainda precisar avançar no diagnóstico precoce desses tumores, o País já deu alguns passos importantes. Na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados do câncer de colo do útero eram da doença em estágio invasivo, ou seja, quando o tumor cresce e atinge outros órgãos além daquele de origem. Hoje, 44% dos casos são diagnosticados na fase precursora, chamada in situ, momento ainda anterior à formação do tumor, quando ainda é apenas uma lesão.
Mulheres devem ficar atentas a sinais como surgimento de nódulos no seios (fonte/imagem: K Browne/Shutterstock) |
As lesões precursoras do câncer de colo de útero, aliás, surgem principalmente por infecção pelo HPV ou papilomavírus humano. Em 2% dos casos de mulheres infectadas por HPV, essa lesão se torna um câncer de colo do útero em até dez anos. “São tumores de evolução muito lenta, e totalmente tratáveis quando ainda iniciais, além de podermos evitá-los quando a lesão ainda é precursora”, explica Ana Ramalho, coordenadora da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
A principal estratégia para detectar lesões precursoras é realizar o exame Papanicolau, indicado para mulheres de 25 a 59 anos. Nos dois primeiros anos o exame é feito anualmente. Depois, a cada três anos. No exame, o médico coleta material do útero, por meio de uma raspagem, e envia as células colhidas para análise em laboratório. O procedimento é rápido, indolor e simples. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para a saúde da gestante ou do bebê.
Em caso de detecção de alguma anormalidade no exame, é feita uma colposcopia, procedimento pelo qual o médico visualiza o colo do útero, e aplica substâncias que têm a coloração alterada dependendo da situação. Caso ele confirme uma lesão menos grave no local, considerada de grau 1, o comum é que seja feita apenas a observação com exames periódicos durante dois anos. São alterações que costumam se resolver espontaneamente.
Já em casos de lesões de maior gravidade, pode-se recorrer a dois tipos de procedimentos. Um deles é a conização, com a remoção cirúrgica da parte do colo alterada. O outro, que pode ser feito em ambulatório, é uma cirurgia mais simples, onde se utiliza uma espécie de alça que passa pelo colo retirando a porção lesionada.
Ainda como forma de prevenção do tumor no colo do útero, há também vacinas para HPV. No Brasil, existem duas disponíveis no mercado, mas elas protegem apenas de alguns tipos do vírus. O Ministério da Saúde estuda o uso de vacina contra o HPV pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Câncer de mama
Diferente do câncer de colo do útero, o câncer de mama não pode ser prevenido por meio de exames, embora possa ser detectado ainda em fase inicial. Ana Ramalho, do INCA, explica que a mulher, especialmente a partir dos 40 anos, deve estar atenta a sinais como o surgimento de nódulos, alterações no volume ou formato das mamas e secreções. Além disso, é fundamental uma visita anual ao médico, que fará o exame clínico de apalpamento da mama. A mamografia, um tipo de radiografia da área, é indicada para mulheres a partir de 50 anos, a cada dois anos.
Diferente do câncer de colo do útero, o câncer de mama não pode ser prevenido por meio de exames, embora possa ser detectado ainda em fase inicial. Ana Ramalho, do INCA, explica que a mulher, especialmente a partir dos 40 anos, deve estar atenta a sinais como o surgimento de nódulos, alterações no volume ou formato das mamas e secreções. Além disso, é fundamental uma visita anual ao médico, que fará o exame clínico de apalpamento da mama. A mamografia, um tipo de radiografia da área, é indicada para mulheres a partir de 50 anos, a cada dois anos.
Nos casos daquelas que tenham parentes próximas (tias, primas, mãe, irmãs) com casos de câncer de mama, o exame deve ser feito cerca de dez anos antes da idade em que o parente apresentou a doença.
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