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23 outubro 2016

UM BRINDE A SOCIEDADE CORRUPTA QUE RECLAMA DA CORRUPÇÃO

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O assunto político tem tomado grandes proporções ultimamente. 
As mídias sociais estão repletas de revoltas contra os políticos em geral e afirmações extremas sobre os mesmos, o ódio contra a corrupção que afeta a população é mais do que aceitável, é necessário. As páginas no Facebook pedindo impeachment (mesmo que escrito errado) da presidente e esbravejando contra a corrupção dos poderosos ganham milhares e milhares de seguidores todos os dias e defensores mais que calorosos. Pessoas que votaram em um candidato se sentem superiores e adoram gritar aos quatro ventos que não colaboraram com o caos regrado à corrupção que temos vivido atualmente. Será?
Quando nos perguntamos o porquê de ser praticamente impossível encontrar um candidato com a ficha limpa bem posicionado no Brasil, dificilmente obtemos respostas. O problema em geral está na população. É isso aí, somos nós mesmos, que não apenas tememos o desconhecido como colaboramos diretamente para a corrupção geral.
Sabe aquele dinheiro que você, mesmo vendo o rapaz derrubar, botou no bolso correndo antes que ele percebesse que caiu? Aquele dinheiro que, ao dar o troco, o atendente do supermercado te passou sobrando e você manteve silêncio e se sentiu satisfeito, sortudo? Àquele produto que você comprou baratinho mesmo desconfiando que era roubado, àquela prestação que você espera “caducar” no sistema de proteção de crédito e não pretende pagar nunca? E aquele dia que você fingiu estar dormindo no banco colorido do ônibus para não precisar ceder o lugar para a gestante ou o idoso que entrou? Você entrou pelas portas traseiras do ônibus se sentindo o maioral e ainda é cheio de desculpas? Pois é. Sabia que os políticos corruptos também inventam um monte de desculpas para justificar seus atos? Você é tão corrupto e egoísta quanto os odiosos políticos que você acusa com tanto ardor.

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Você sai por ai, esbravejando contra todos e se sentindo vítima da corrupção que você mesmo alimenta, mas está sempre tentando levar vantagem em tudo. A diferença entre você e os nossos políticos é que você tem menos poder. Do contrário, seria mais um se divertindo com o dinheiro público. Se você aproveita todas as oportunidades, mesmo que incorretas, para se dar bem nas situações, comece a pensar em suas atitudes antes de sair acusando por aí. Vamos aprimorar nosso próprio caráter para garantir melhores pessoas no poder futuramente, a começar por nós mesmos?
Obrigada.


PUBLICADO EM SOCIEDADE POR 
Fonte http://lounge.obviousmag.org

A SOCIEDADE NÃO ACEITA MULHERES COMO ROBIN SCHERBATSKY

Todo mundo tem uma pessoa que é a sua Robin. Alguém que você ama demais, mas não pode ficar junto. E que, qualquer pessoa que você conheça, qualquer coisa que você faça, nada vai ser como estar com a Robin.

Se você veio ler esse texto porque conhece o nome, Robin Scherbatsky, provavelmente você assistiu ou assiste a famosa série 'How I Met Your Mother', então, muito prazer! E se, por um acaso, você odiou o final, eu realmente sinto muito, mas eu amei! Não poderiam ter dado um final melhor, claro que essa é uma opinião compartilhada por poucas pessoas, mas eu tenho certeza que essas poucas pessoas tem seus motivos para ter gostado, tanto, do final da série.
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A Robin é diferente! Ela não se contenta com o pouco, ela quer mais, ela quer ser feliz sendo quem ela é, a moça que sai de seu país em busca de liberdade profissional, reconhecimento e, porque não dizer, amor. A Robin é diferente! Ela não quer se casar tão cedo, ela quer chegar no topo. Ela não quer ter filhos, ela quer ser a tia Robin dos filhos da Lily e do Marshall, ela não quer se entregar facilmente a um homem que a ama profundamente, ela quer que ele, Ted Mosby, realize seus próprios sonhos sozinho, porque os planos dos dois não são compatíveis. A Robin é diferente! Ela não teve afeto em casa, era tratada como um menino, pelo pai que queria tanto ter um filho 'homem' que não deu a mínima quando ficou sabendo que teria uma menina, e por ter sido criada sem afeto, se tornou uma rocha, dura na queda, a mulher forte, que por mais que seja frágil, não admite nem por um segundo, que precisa sim, de amor.
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Eu poderia listar milhares de pequenos detalhes sobre Robin Scherbatsky, não porque eu gosto da personagem, mas porque em meio a uma sociedade que se diz "tão liberal", "tão sem preconceito" esse tipo de mulher, forte e independente, não é aceita facilmente, quando colocada diante de mulheres que aceitam tudo que a sociedade lhes impõe. E é uma pena, porque existem tantas 'Robins' por aí, que são oprimidas por uma sociedade machista, que pensam que as mulheres são obrigadas a aceitar uma vida da qual elas não sintam prazer.
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Eu poderia falar aqui, que todas nós, somos como máquinas, programadas para nascer, crescer, casar, ter filhos e morrer. Mas não, eu não vou te enganar, dizendo que você não é capaz de escrever sua própria história, sozinha, sem a ajuda de pessoas que pensam que você não pode fazer suas próprias escolhas, só porque você é mulher, e uma boa mulher não recusa uma boa vida ao lado de um bom marido, de uma boa pia de cozinha e de bons filhos para cuidar.
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E eu poderia dizer ainda que o amor da sua vida vai aparecer montado em um cavalo branco, destemido, com uma espada na mão, pronto para te salvar de qualquer perigo, mas eu não posso fazer isso com você, vivemos em um mundo real, onde príncipes e princesas não existem, e por mais dolorido que seja aceitar, essa é a verdade. Talvez o amor da sua vida, assim como o da Robin, esteja disfarçado(a) de melhor amigo(a), pode ser também que ele(a) seja aquela pessoa que esteve ao seu lado desde o primeiro encontro, como no caso de Lily e Marshall, e porque não dizer que o amor da sua vida, talvez, não seja uma pessoa com quem você dividirá beijos, abraços e a cama pelo resto de suas vidas, mas sim, um filho(a), como no caso de Barney, que descobriu que o amor se esconde onde menos se espera.
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A vida é uma só, e ela vem repleta de possibilidades. Não deixe que a sociedade te obrigue a fazer coisas das quais você não se sinta no mínimo, extraordinariamente, feliz. Seja como a Robin, sim! Pense em você, pense no que você quer ter em sua vida daqui a cinco, dez, quinze anos. Se programe, estude, trabalhe, queira chegar no topo. Você é capaz de ser feliz sendo quem você é. Sozinha ou não, casada ou não, divorciada ou não, sendo mãe solteira ou não, você tem uma vida e suas decisões devem ser respeitadas, batendo ou não, com o padrão de "felicidade" que a sociedade apresenta por aí.


PUBLICADO EM CINEMA POR 
Fonte http://obviousmag.org

A PAIXÃO (ENTRE O REAL E O VIRTUAL): PLATONISMOS A PARTE, O QUE ESTAMOS FAZENDO DE NOSSAS VIDAS?


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PUBLICADO EM 
SOCIEDADE POR 

A cada dia, mais e mais pessoas usam smartphones e outros equipamentos para facilitar suas vidas, inclusive, encontrar outras pessoas. Até que ponto essas “facilidades” do mundo virtual interferem no mundo real? Até onde somos nós mesmos, gostamos disso e queremos mudar?
Enquanto uma porção de pessoas cabisbaixas – de olho em seus celulares – perambula por aí, entre a wi-fi e a 4G, eu e você podíamos nos conhecer. Off-line mesmo. Não importa se usamos tablets, smartphones, notebooks, desktops ou algum outro equipamento novo no mercado. Encontrar-se é o desafio. De uma forma inusitada e sem maiores porquês. Está escrito. Em algum blog, site, rede social ou nas estrelas. Não sei ao certo. Quem sabe? Quem se importa? Eu quero apenas me apresentar. Com um singelo aperto de mão e abraçar você. Não precisamos de Apps para isso. Não precisamos de antivírus. Talvez, preservativos. Somos mais do que arquivos anexados num e-mail. E bem mais do que #hashtags genéricas. Somos humanos. E, como tal, somos seres sociais.
Há uma tendência natural dos usuários de smartphones usarem-nos para facilitar suas vidas, inclusive, encontrar um par ideal. Encontramos diversos serviços on-line e gratuitos – até certo ponto – que vem ajudando a turma na paquera. Ah! Não é seu caso? Interessante. Mas olhe ao redor. Quantos, em sua roda de amigos, fazem isso? Quantos passam mais tempo na Internet que olhando ao redor? Quanto, de sua humanidade, a tecnologia vem flertando?
Alguém já ouviu falar em “amor platônico”? Quando amamos alguém de forma tão idealizada, impossível de acontecer? Pois é! A meu ver, esse sentimento foi uma inspiração para as atuais redes de encontros pela Internet. Platão (427-347 a.C.), criador dessa linha de pensamento, acreditava que tudo – absolutamente tudo – no mundo era uma cópia de algo melhor que existia no “Mundo das Idéias”. Lá, sim, a beleza era mais bela e as pessoas... perfeitas. Mas ele, coitado, sequer imaginava o que as pessoas fariam com seus ensinamentos.
Olha para as redes sociais, os Apps de encontros, entre outras bugigangas amorosas e reflita: lá, tudo não se faz tão perfeito? Até você se torna perfeito aos olhos dos outros. O motivo? Cativar seguidores e servir-se de amor. Virtual. Às vezes, um pouco de sexo. Virtual. Quando o coração já anda mais pra lá do que pra cá, mas é o que se tem. E, assim, vivemos entre logins e logouts constantes, em busca de alguém. Que quase nunca chega. Lembra alguma coisa? Pois é, isso tem nome: platonismo. De certa forma, um novo platonismo, que recebeu um upgrade e atinge mais e mais seguidores por todo o mundo.
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Clique aqui, clique ali, vamos nos conhecendo melhor. Virtualmente. Vemos fotos, vídeos, trocamos palavras em chats, damos presentes – também virtuais – um ao outro, recebemos premiações por sermos sociáveis, bonitos, paquerados, seletivos... E, contato que é bom, nem pensar. Buscamos outro aplicativo. Dependendo da distância, estamos aptos a nos encontrar. Batemos mais papos on-line, trocamos alguns e-mails, expomos nossa intimidade... E nada de encontro.
Arriscamos locais mais ousados. Fotos picantes. Desejos intensos. Fotos e mais fotos do que queremos ser. Momentos. Para nosso bel-prazer. Expostos. Como carne e frango no açougue mais próximo. E, até lá, a carne é mais aceita por nós que nós mesmos.
Bate uma depressão, né? Nem tanto. Prefiro uma reflexão. O que estamos fazendo de nós mesmos? Damos mais valor ao virtual que ao real? Será que nossa vida é tão cruel assim, que não podemos nos relacionar analogicamente? Precisa passar pelo crivo da internet? Não, não creio nisso. Acho ineficaz e mesquinho. Uma pena, até. Porque o melhor da vida, gente, é arriscar – tudo ou nada – vez por outra. Por que ter medo do que o outro vai dizer? Do que o outro vai achar? Se o outro vai curtir? Se o outro não vai compartilhar? Somos o que somos. Não somos o que restamos. O mundo é virtual demais para nossa realidade. Precisamos fazer alguma coisa.
Que tal – e é apenas uma opinião – não usamos a tecnologia para nos aproximar das pessoas e, após certo tempo (breve, por favor), não nos tornamos reais em suas vidas? Falo isso como usuário do mIRC (é, faz um tempinho. Se não sabe o que é, dá uma pesquisada no Google...), já me apaixonei por um punhado de pixels e emoticons. Conheci alguém de dentro para fora. Peguei um ônibus e fui ao seu encontro. Namoramos. Amamos até o amor secar como um solo fértil, que já deu o que tinha que dar. Aí seguimos, cada um para seu lado, com as lembranças que nos restaram e nos permitimos. Valeu. Foi real. Mas acabou.
E aqueles que nunca começam? Ficam no tal platonismo, infrutífero, cercado de receios por todos os lados? Abafando o amor que carregam em seus corpos, em prol de uma ilusão virtual que nunca irá saciar suas sedes? Tantas dúvidas e medos fazem parte do ser humano. Mas somos mais do que isso. Podemos ir além de meras curtições e compartilhamentos. Mas precisamos passar por isso, para saber do que somos capazes.
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Certa vez, num restaurante conhecido por receber pessoas que se conheceram pela Internet, eu vi um casal. Lindos. Coisa de cinema. Assim como a cena: um chegou antes, esperou e esperou e esperou. Estava tenso. Como em qualquer primeiro encontro. Até que a outra pessoa chegou. Meio tímidos, cumprimentaram-se. Sentaram-se. Fizeram seus pedidos. Enquanto esperavam, acessaram um sem número de redes sociais e Apps. Fotografaram suas refeições, jantaram, tiraram selfies e foram embora. Quase não trocaram palavras. Eu e meu cappuccino assistimos a tudo. Acompanhei-os com o olhar e, pela janela, vi cada um seguir seu caminho, sem nem olhar para trás – tinham olhos apenas para seus smartphones.
Imediatamente, peguei meu celular, liguei para alguns amigos e disse onde estava. Que precisava deles. Que era sério. Em pouco tempo eles chegaram. Concordamos em deixar os telefones silenciosos sobre a mesa para curtir a noite à moda antiga. Conversamos. Rimos. Vivemos momentos incríveis. Tão incríveis, que esquecemos até de tirar fotos. De registrar o encontro. Mas voltamos para nossas casas felizes. O que devia ser guardado, estava em nossas mentes e corações.
Faça o mesmo. Dê um tempo no mundo virtual. Chame aquela pessoa “especial” para sair. Viva-a. Viva-se. Porque nada, absolutamente nada, substitui o contato. E não, não me refiro a esse monte de nomes e números que compõem a agenda do seu celular. Eu falo de contato humano. Mão a mão, corpo a corpo, olho no olho. Vivendo cada vão momento como se fosse o último. Porque, a qualquer momento, pode ser.



Fonte http://lounge.obviousmag.org

2017! Moda: 10 tendências que vão bombar no verão!

Fique por dentro de tudo o que vai ser tendência no próximo verão quando o assunto é moda. Colorido e cheio de vida, muita coisa boa vai fazer parte da estação mais quente do ano!
É só  ficar de olho nos principais desfiles nacionais pra descobrir o que vai ser tendência no próximo verão. E como não era de se esperar: vem muita coisa boa por aí! Colorido,  cheio de estampas e peças oversized, a estação mais quente do ano vai abrir 2017 com muito estilo e personalidade, usando e abusando de cores vivas, como o rosa, laranja e amarelo em tons fortes.

Algumas peças – queridinhas em 2016 – continuam com tudo no verão 2017 (ainda bem!) como as jaquetas bomber e jeans. Outros estilos, deixados um pouco de lado, voltam com tudo. Ficou curiosa? Dá uma olhada nas 10 principais tendências que vão bombar no verão que se aproxima. Eu adorei!

1. QUE BABADOFazia tempo que os babados não apareciam em peso nas coleções nacionais. Mas parece que o jogo virou, não é mesmo? No desfile da marca GIG é possível ver vestidos, batas e até croppeds em decote canoa com babados dos mais diferentes tamanhos. Toque hippie na medida certa!


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2. 100% ESPORTEAs Olimpíadas podem até ter terminado, mas sua influência continua firme e forte no verão 2017. Peças com pegada esportiva – com ênfase no skate dos anos 70 – estão presentes na coleção da estilista Juliana Jabour (e colorida pela Salinas!) em bermudas, calças, maiôs e biquínis. Um mais lindo que o outro.


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3. LARANJA É A COR MAIS QUENTELaranja, coral, terracota… os diferentes tons dessa cor vão bombar no verão 2017. Quente e cheio de vida, o tom alaranjado vai tomar as ruas em looks dos mais diferentes estilos, do boho chic ao retrô. Oba!


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4. SOLA BRANCAAs fashionistas aprovaram e a tendência dos sapatos com sola branca (e de preferência, metalizados!) continuam com tudo em 2017. Seja em oxfords, sandálias, chinelos ou botas, a aposta é presença marcante nas novas coleções de marcas como Capodarte, Schutz, Dumond e Carmen Steffens. O que você acha?


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5. OVERSIZED NA MEDIDAA pegada as peças “grande demais” vai reinar absoluta no próximo verão. Blusões, jaquetas e até calças largas estiverem presentes no desfile de marcas famosas, como a grife Balenciaga. Mas engana-se quem acha que é só comprar uma peça 3 vezes maior que o seu tamanho. Para fazer bonito, deixe aposte no “oversized” em mangas largas, calças soltas e coletes compridos, mas que se encaixem as suas medidas e proporções.


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6. SANTAS JAQUETASElas foram peças chaves em 2016 e vão definir o verão em 2017. Curingas em qualquer produção, as jaquetas – sejam bomber, de couro ou jeans – cabem bem em qualquer look, seja num vestido longo, com calça skinny e até vestidos. E com esse tempo louco que varia de calor para frio no mesmo dia, melhor não arriscar, né?


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7. STREET STYLEEsse estilo veio mesmo pra ficar. Afinal, já faz anos que ele é tendência, independentemente da estação. Combinando muito jeans, sneakers, camisetas básicas, pantacourts e saias soltinhas, você vai acertar em cheio de passar o verão 2017 unindo conforto com muito estilo.


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8. PATCHESA febre dos patches (apliques divertidos de feltro sobre peças jeans) continua em 2017. Com a ideia de criar um look divertido e bem feminino, os patches aparecem em desenhos coloridos e animados, que remetem à infância. Baratos e fáceis de serem colados, tudo o que você precisa é colocar os patches sobre a peça (vale até aplica-los em bolsas e tênis), cobri-los com um pano e pressionar o ferro quente sobre eles por alguns segundos. E voilá, uma peça exclusiva, moderna, divertida e com a sua cara!


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9. AQUARELA DO BRASILPra um verão colorido no Brasil não pode faltar peças em tons de verde, amarelo e lógico, muita estampa que remeta a nossa flora. Rendas e bordados também devem estar presentes na temporada, deixando a estação mais brasileira, impossível, como nas coleções de Helo Rocha, Isabela Capeto e Água de Coco. Adoro!


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10. AREIA, SOL E MAROutra tendência marcante nos desfiles primavera-verão 2017 são as praias ao redor do mundo. As referências aparecem desde estampas étnicas, até em peças mais soltinhas, como saias longas, kaftas, cangas e batas, fazendo referência as praias de Bali, Japão e Malibu nas coleções de Vix, Lenny Niemeyer e Juliana Jabour, respectivamente.


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E aí, pronta pra arrasar no próximo verão com muito estilo?
Bjs,
Fabi Scaranzi


Fonte: http://fabianascaranzi.com.br

22 outubro 2016

"SE CUIDA!" "FICA BEM!" E A ARTE DE NÃO SE ENVOLVER

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A superficialidade nas relações ainda vai nos levar a  um lugar tão seguro, mas tão seguro, que nada poderá nos atingir, tocar ou alcançar... Nem a nossa própria voz.
A nossa obstinada busca pela “paz interior” nos garantirá a refinada capacidade de nos blindarmos dos perigos do mundo e do maior perigo de todos: sermos incluídos na dor do outro. Sairmos da confortável situação de “espectador” para a arriscada tarefa de “personagem” é algo que nos assusta demais. Esse esforço de preservação pode nos render uma ilusória sensação de estarmos protegidos das tragédias alheias. Mas, nos cobrará um alto tributo: seremos ilhas humanas cercadas de indiferença por todos os lados. A indiferença é uma atitude deliberada e cruel, travestida de distanciamento involuntário. O fato de não sermos nós os causadores do sofrimento, não nos absolve; não nos concede o benefício da cegueira emocional. Observar o sofrimento alheio seja ele confesso ou não, e nem ao menos nos dispormos a encontrar uma singela forma de minimizá-lo, nos iguala àquele que o causou. Ou não?!
A mínima disposição de sairmos do modo automático, talvez nos ajude a ter olhos capazes de enxergar além do que é óbvio ou visível. Desde o momento em que saímos de nossas camas (e nesse caso é importante, mas não indispensável, que tenhamos uma, com um teto confortável sobre ela mais as garantias mínimas de sobrevivência!), até o momento em que retornamos a ela no final do dia, fazemos inúmeras intersecções com outras pessoas, conhecidas ou não. No entanto, o fato é que somos especialistas em transformar o que seria uma intersecção num tangenciamento. Tomamos tanto cuidado para não nos esbarrarmos que ficamos assim: linhas que se tocam, mas não se cruzam. Somos seres isolados, encapsulados, encaixotados.

Imaginemos, então, que a partir da próxima manhã tomássemos a arriscadíssima decisão de sairmos da tangente. Abriremos os olhos ao raiar do dia e sairemos de nossas confortáveis camas com a legítima intenção de mantê-los abertos, não apenas para ver, mas para olhar e, sobretudo, enxergar o nosso entorno. Quem sabe com essa corajosa decisão não acabemos por abrir também os nossos ouvidos e, até, quem sabe as nossas mentes e corações. Assim, transformados em seres capazes de perceber o outro, abriremos mão da nossa redoma de ignorância emocional e uma nova categoria de relação humana se apresentará diante de nossos maravilhados e incrédulos olhos. Imagine sermos capazes de enxergar um possível olhar preocupado da pessoa que nos serve o café na padaria; ouvir e ser tocado por um eventual suspiro de um colega que trabalha ao nosso lado (como é mesmo o nome dele?); perceber e se importar com a postura acanhada daquela outra pessoa que divide o espaço conosco no curso de inglês. Imagine sermos ousados a ponto de nos importarmos com isso, de nos envolvermos com isso, de sairmos da nossa zona de conforto para tocar a zona de desconforto do outro.
As relações humanas nesse nosso maravilhoso mundo moderno são pautadas no individualismo e na perda do conceito de coletividade. Entretanto, existem inúmeros insurgentes grupos de pessoas que nadam contra essa corrente e fazem parte de uma estranha categoria que arranja tempo, disposição e desejo para importar-se com questões que não afetam diretamente suas vidas.
Fundada por Wellington Nogueira em 1991, a ONG Doutores da Alegria, foi inspirada no trabalho do Clown Care Unit, criada por Michael Christensen, diretor do Big Apple Circus de Nova York. Wellington integrou a trupe de palhaços em 1988, satirizando as rotinas médicas e hospitalares mais conhecidas. Ao retornar ao Brasil, decidiu implantar um programa semelhante. Vinte e quatro anos depois, a ONG já realizou mais de um milhão de visitas a crianças hospitalizadas, seus acompanhantes e profissionais de saúde. A base do trabalho é o resgate do lado saudável da vida e todos os seus projetos se utilizam da arte para potencializar as relações. O trabalho da ONG, gratuito para os hospitais, é mantido por recursos financeiros obtidos através de patrocínio, doações de empresas e pessoas e por meio de atividades que geram recursos, como palestras e parcerias com empresas.
Em 1997 um grupo de jovens começou a trabalhar pelo sonho de superar a situação de pobreza em que viviam milhões de pessoas. O sentido de urgência em assentamentos precários os mobilizou massivamente a construir moradias de emergência em conjunto com as famílias que viviam em condições inaceitáveis e a focar sua energia em busca de soluções concretas para os problemas que as comunidades enfrentavam a cada dia. Esta iniciativa se converteu em um desafio institucional que hoje é compartilhado em todo o continente. Desde o início no Chile, seguido por El Salvador e Peru, TETO empreendeu uma expansão e após 18 anos mantém operação em 19 países da América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. TETO é uma organização presente na América Latina e Caribe, que busca superar a situação de pobreza em que vivem milhões de pessoas nas comunidades precárias, através da ação conjunta de seus moradores e jovens voluntários. TETO tem a convicção de que a pobreza pode ser superada definitivamente se a sociedade em conjunto reconhecer que este é um problema prioritário e trabalhar ativamente para resolvê-lo.
O trabalho voluntário é uma forma de assumirmos o nosso papel de ser individual que integra e interage com a sociedade; é oferecermos o nosso empenho e trabalho para revertermos situações de injustiça social, emocional e moral. Quando nos dispomos a abraçar uma causa que não tem nada relacionado diretamente com nossas questões pessoais, damos inúmeros passos à frente na trajetória da nossa efêmera vida. No entanto, não é indispensável estarmos engajados em grupos ou coletividades unidas por este ou aquele ideal. Se estivermos, melhor! Mas, se formos capazes de fazer algo muito mais simples e alcançável para todos, já estaremos no início do caminho; é um excelente primeiro passo. Diante da dor, da insegurança, da fragilidade de qualquer pessoa, próxima ou nem tanto, NUNCA diga “Se cuida!” ou “Fica bem!”. Essas pequenas expressões, tão corriqueiras, ditas automaticamente porque são socialmente aceitas, revelam uma triste superficialidade. E o cultivo dessa postura tão ausente e superficial pode nos custar muito caro. Pode tornar-nos seres irreversivelmente insensíveis; incapazes de nos conectar com o outro. Em um médio espaço de tempo, cegos ao que não nos atinge diretamente; e, logo mais, cegos de nós mesmos.

PUBLICADO EM SOCIEDADE POR 
Fonte http://lounge.obviousmag.org

21 outubro 2016

PELO DIREITO DE TERMOS CLICHÊS


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Os efeitos de se deparar com pessoas que confundem gostar de algo óbvio com falta de opinião

Não sou a pessoa mais previsível do mundo. Geralmente não me atraio pelo comum ou convencional. Por outro lado, não sou do tipo que passa a menosprezar algo só porque outras pessoas também gostam. Não sou óbvio, mas também tenho os meus clichês. Aliás, sou do tipo que defende o direito de as pessoas terem os seus clichês, mesmo que às vezes tenham que enfrentar a arrogância de quem diz que tudo que faz sucesso não é bom.
No campo musical, talvez estejam os meus maiores clichês. Minha banda favorita é simplesmente a mais famosa da história: os Beatles. Poderia escolher algo menos batido, como alguma das tantas bandas ofuscadas pelo próprio quarteto de Liverpool, como a também muito boa The Animals. Mas não. Para mim, nada se compara às canções de John, Paul, George e Ringo.
Ainda sobre a banda, quando assisti ao show do Paul McCartney, no ano passado, em São Paulo, adivinha qual foi a música que mais me emocionou em meio a um repertório com mais de trinta canções? Exatamente, a mais óbvia: Hey Jude.
E meu guitarrista favorito? Não, não é David Gilmour e muito menos Pete Townshend. É Jimi Hendrix, considerado quase que por unanimidade o melhor da história.
E o meu álbum favorito é o The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, um dos maiores sucessos de venda nos anos 70 e tido por muitos como o melhor da banda. Poderia muito bem fugir do clichê, e dizer que Obscured By Clouds é o melhor disco do Pink Floyd, e que o A Momentary Lapse Of Reason é um álbum injustiçado. Mas iria totalmente ao contrário daquilo que eu acredito só para que parecesse, aos olhos de outros, que sou uma pessoa totalmente incomum.
Meus clichês, no entanto, não param por aí. Meu vilão favorito é o Darth Vader. Poderia ser Annie Wilkes, de Louca Obsessão, e pareceria que sou cheio de opiniões não convencionais. Isso pode até ser verdade, mas tenho direito aos meus clichês. Da mesma forma, quando me perguntam respondo que minha bebida favorita é café, que minha comida preferida é pizza e que morro de rir com Os Simpsons.
Sair da zona de conforto, conhecer novas experiências e ter diferentes olhares sobre um mesmo assunto é sempre enriquecedor, porém não é preciso se reprimir apenas porque tem interesse por algo que tantas outras pessoas gostam. Terminando com mais um clichê que adoro, simplesmente Let it Be.


PUBLICADO EM SOCIEDADE POR 
Fonte http://lounge.obviousmag.org

NENHUMA A MENOS!!!! Histórias trágicas por trás do protesto de milhares de mulheres na Argentina

Familiares de vítimas relatam as histórias por trás do protesto contra assassinatos de mulheres



Milhares de mulheres vestidas de preto interromperam o trabalho na Argentina por uma hora para protestar contra uma praga que não tem fim: mais de 200 delas são mortos a cada ano, vítimas de violência doméstica. Horas depois, dezenas de milhares de pessoas marcharam na chuva com guarda-chuvas e casacos em sua maioria negros em várias partes do país para fechar um dia de luta que mobiliza a Argentina há mais de um ano, mas até agora sem nenhum resultado concreto. O assassinato particularmente cruel e o estupro de Lucia Perez, de 16 anos, agitou novamente uma sociedade que não consegue acabar com a violência. A luta foi seguida em várias partes do mundo.
“Cada menina que matam é um novo chute no peito”, diz Mónica Cid, mãe de Micaela Ortega, uma menina de 12 anos assassinada em abril passado por um homem que a ludibriou pelo Facebook fazendo-se passar por uma pessoa da sua idade. O suposto agressor, Jonathan Luna, aproveitou uma saída temporária da prisão para fugir e estava havia um ano e meio sem paradeiro conhecido quando cometeu o crime contra Micaela. Agora, ele está sob prisão preventiva aguardando o julgamento. Cid pedia a toda a sociedade argentina que saísse às ruas nesta quarta-feira negra para dizer um “basta” e evitar que novos feminicídios sejam cometidos. Mas ela reivindica também uma profunda mudança educacional e o cumprimento das leis já existentes para coibir esses crimes, que só no ano passado custaram a vida de 235 mulheres, segundo o Registro Nacional de Feminicídios.
Se minha filha tivesse tido uma só aula de grooming (assédio sexual na Internet), talvez ainda estivesse viva”, lamenta a mãe de Micaela, em conversa por telefone, de Bahia Blanca. Os investigadores descobriram que Luna tinha vários perfis abertos no Facebook e conversava em chats com várias meninas ao mesmo tempo. Durante suas conversas com Micaela, o assassino lhe disse que era ”sua melhor amiga” e conseguiu convencê-la de que um suposto tio a levaria a sua casa. O diálogo passou despercebido aos pais dela porque não se deu pela conta oficial da menor — que era supervisionada —, mas por outra, falsa, que ela havia aberto. Cid sustenta que nesta cidade da Província de Buenos Aires, situada 650 quilômetros ao sul de Buenos Aires, há um grande desconhecimento entre as crianças e adolescentes sobre como detectar assédio sexual na Internet e denunciá-lo, e também faltam meios na Justiça para enfrentar o problema: “Há um único promotor que investiga crimes de assédio sexual na Internet e está sobrecarregado”.  Cid viu sua filha pela última vez em 23 de abril. As cinco semanas de busca tiveram o pior final: o corpo foi achado em um descampado nos arredores da cidade. Segundo a autópsia, foi estrangulada com uma camiseta e golpeada na cabeça. Não tinha sinais de ter sofrido abuso sexual. “Tentou, e como não conseguiu, matou-a”, diz a mãe de Micaela. Na casa de Luna acharam o casaco que ela usava no dia que saiu de casa e seu celular, e o juiz da causa determinou prisão preventiva.


Um feminicídio em câmera lenta



Não teve o mesmo desdobramento o caso de Catarina Carvalhes, a mãe da argentino-brasileira Suhene Carvalhes Muñoz, de 26 anos. O único suspeito na causa aberta pela morte de sua filha, Damián Loketek — que na ocasião era seu noivo — está livre. “Se fosse alguém pobre, estaria preso. Mas como tem dinheiro, fugiu para Israel. A impunidade na Argentina é tremenda”, denuncia Catarina.

O ASSASSINATO QUE DEU ORIGEM À MOBILIZAÇÃO

quarta-feira negra foi convocada através das redes sociais na semana passada em meio à comoção causada pelo estupro e assassinato de Lucía Pérez, uma adolescente de 16 anos. Depois de matá-la por empalamento, os supostos agressores deram-lhe banho e trocaram sua roupa para encobrir o crime. Dezenas de organizações convocaram as mulheres a realizarem uma greve de uma hora e se manifestarem à tarde nas principais cidades argentinas.
Na cidade costeira de Mar del Plata, a mão de Lucía, Marta Monedero, pediu justiça para todas as mulheres assassinadas, em declaração à emissora Vorterix Radio. "Esta marcha é por muitas coisas que acontecem. Quantas Lucías ficaram para trás e não se fez nada? Por essas tantas Lucías também se pede justiça. Para que não haja mais Lucías nem mais famílias destruídas.”
Em 18 de julho de 2014, uma sexta-feira, Suhene e Damián saíram para jantar. Haviam se conhecido nos escritórios da IBM em Buenos Aires, onde ambos trabalhavam três anos atrás, e fazia seis meses que conviviam em um apartamento do bairro nobre portenho de Belgrano. Tinham marcado o casamento para dezembro. Nessa noite, ao retornarem para casa, brigaram. Os gritos se transformaram em pancadas e em um feroz estrangulamento. Suhene conseguiu sair dali e foi denunciá-lo na delegacia, onde sua mãe e irmão a encontraram, toda machucada e sem ter recebido cuidados médicos, segundo relata a mãe.
Os golpes sofridos naquela noite se transformaram em dores intensas e cada vez mais constantes, até que em agosto foi internada em uma unidade de terapia intermediária por “trombose vascular com hidrocefalia de caráter traumático”, causada pelo espancamento. Nunca conseguiu recuperar-se e, em março de 2015, faleceu. “Nunca suspeitei de nada. Eu me separei por violência de gênero e achava que minha filha saberia detectar isso”, afirma Catarina.
A causa de Suhene está qualificada como “lesões agravadas”, no juizado de instrução, a cargo de Susana Mabel Castañera de Emiliozzi, mas a família denuncia que está paralisada. Para Catarina, existiram numerosas irregularidades na ação da polícia e da Justiça, e ela está convencida de que o ex-noivo de sua filha está livre porque a família dele pagou subornos. “A juíza me disse que iria baixar uma ordem para que não pudesse abandonar o país, mas não fez isso”, afirma.
“Com todas as garotas que são mortas, volta-se a reviver a mesma história, a mesma impotência e injustiça”, diz Catarina. Ela considera que as mulheres na Argentina precisam unir-se e trabalhar dia a dia “para educar seus filhos sem machismo”. “É preciso romper com a formação patriarcal e machista, deixar de fazer piadas que sempre humilham e depreciam a mulher para construir outra sociedade. Se tiver de ir todos os dias à praça para que não haja mais mortas, eu vou”, garante. Milhares de pessoas a acompanharam nesta quarta-feira.
Fonte http://brasil.elpais.com

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