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18 outubro 2014

França examina passageiros, e Obama pede que americanos não cedam à histeria por Ebola


 


A França realizava neste sábado os primeiros exames em passageiros provenientes de um país do oeste africano afetado pelo Ebola em meio a um contexto de preocupação na Europa e nos Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama pediu que a população "não ceda à histeria".
Depois do último registro da epidemia ter mostrado que a doença continua a avançar, com 4.555 mortes em 9.216 casos - principalmente na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné -, de acordo com os últimos números divulgados na sexta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONU e o Banco Mundial manifestaram grande preocupação com a falta de solidariedade internacional com os países africanos afetados.
Pela primeira vez, os passageiros do voo diário da Air France ligando a capital guineana Conacri a Paris foram examinados com um termômetro a laser para detectar eventuais casos de febre, em sua chegada ao aeroporto de Paris-Charles de Gaulle.
Este controle, já em vigor na Grã-Bretanha e em vários aeroportos americanos, foi realizado apenas no voo proveniente de Conacri, única ligação direta entre a França e um dos três países da África Ocidental mais atingidos. Nenhum caso confirmado de Ebola foi registrado até o momento na França.
Refletindo a intenção de várias autoridades mundiais de evitar a psicose, o presidente Barack Obama pediu neste sábado que os americanos não "cedam à histeria ou ao medo", pedindo que confiem nos fatos e resistam à tentação de restringir os voos em direção ou provenientes da África Ocidental.
O país não enfrenta uma "epidemia", garantiu o presidente dos Estados Unidos, onde duas enfermeiras foram infectadas e um paciente liberiano - que voltava de seu país - morreu vítima do vírus. Mas Obama admitiu que novos casos "isolados" podem ser detectados.
Com o objetivo de acalmar a população americana, Obama nomeou na sexta-feira um coordenador, o advogado Ron Klain, para garantir que "os esforços para proteger os americanos, detectando, isolando e tratando os pacientes de Ebola, sejam coordenados".
Mas o medo de um contágio em massa pelo vírus avança no mundo, apesar dos apelos à calma e dos controles reforçados em vários países.
As autoridades portuárias mexicanas não permitiram na sexta-feira que um transatlântico fizesse escala em Cozumel em razão da presença a bordo de uma integrante de uma equipe médica de um hospital texano que pode ter entrado em contato com o paciente liberiano que morreu de Ebola em Dallas no dia 8 de outubro.
Na França, sindicatos de comissários de bordo da Air France exigiram "o fechamento do serviço de Conacri" devido à preocupação causada pelo "grave risco de propagação da epidemia". Eles querem que sejam seguidas as medidas adotadas por outras companhias (British Airways e Emirates) de suspender os voos para Conacri.
A única informação positiva está relacionada ao Senegal, que, depois de ter registrado o seu último caso há mais de 40 dias, não é mais considerado pela OMS um país afetado pelo Ebola. O mesmo anúncio deve ser feito em relação à Nigéria, que registrou 20 casos, com oito mortes.
Mas a ajuda não está chegando, o que levou a ONU e o Banco Mundial a fazerem um pedido para que as promessas internacionais de auxílio financeiro e humano sejam transformadas em ação.
"Estamos prestes a perder a batalha" contra o vírus, lamentou na sexta-feira em Paris o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
"Alguns países não estão preocupados com suas próprias fronteiras", o que é "muito preocupante", segundo Kim, que considerou que "ainda não se adquiriu a consciência da solidariedade necessária" em nível internacional.
As Nações Unidas receberam até o momento 377 milhões de dólares dos 988 milhões solicitados, ou seja, 38%, indicou na sexta-feira um porta-voz da OCHA (Agência de Assuntos Humanitários da ONU) em Genebra.
O porta-voz da OCHA, Jens Laerke, disse, no entanto, neste sábado à AFP que o valor da ajuda reunida em apenas um mês é um sinal positivo: "É estimulante ver o valor e a rapidez com que essas quantias foram conseguidas", disse.
Já o fundo especial da ONU criado para a emergência sanitária, o "Trust Fund",recebeu apenas 100.000 dólares dos 20 milhões solicitados.
Em resposta a esse apelo, o governo canadense, que havia anunciado uma contribuição de 30 milhões de dólares canadenses (pouco menos de 27 milhões de dólares) no mês passado, comprometeu-se na sexta a enviar mais 30 milhões.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou na sexta o início imediato da distribuição de ajuda a 265.000 habitantes de Freetown, capital de Serra Leoa.
A Comunidade do Leste da África (EAC, na sigla em inglês) decidiu enviar mais de 600 profissionais de saúde, incluindo 41 médicos, para o oeste do continente.
Londres enviou para Serra Leoa um navio militar especialmente equipado que deve chegar em duas semanas a Freetown. No total, o Reino Unido pretende reunir 750 militares na ex-colônia para atuarem na construção de centros de tratamento.
AFP   18 de outubro de 2014 • 11h45

 

15 outubro 2014

FELIZ DIA DO PROFESSOR!!! RECOMENDO O FILME: “O SORRISO DE MONA LISA”. A EDUCADORA SUBVERSIVA!



O Sorriso de Mona Lisa 

é um filme americano de 2003 produzido pelo Revolution Studios e Columbia Pictures, dirigido por Mike Newell e escrito por Lawrence Konner e Mark Rosenthal. O título é uma referência à Mona Lisa, uma pintura famosa de Leonardo da Vinci.

Quais as lições que podemos tirar do filme?
- A história fica centrada em uma professora inovadora com idéias à frente de seu tempo que é contratada por uma renomada e tradicional escola de Ensino Médio, a qual preparava alunos para as Universidades americanas na década de 50. Num primeiro contato com a turma, composta apenas de mulheres de classe média alta, a Educadora Katherine ficou surpresa com a capacidade das alunas condicionadas às limitações da “decoreba” de uma apostila extremamente limitada. Além disso, as alunas demonstravam desconhecimento do que realmente seria a disciplina de História da Arte, com a qual a educadora teria que trabalhar.


- A Instituição educacional era de uma postura extremamente tradicionalista, assim como a maioria do corpo discente, de visão tacanha, passaram a ver a professora como uma questionadora e comunista. E, de fato, idéias que iam de encontro aos costumes da época (anos 50) germinavam em seu pensamento.
- Não sendo uma Educadora limitada, tentou ampliar os métodos educacionais. O método visual utilizado, slides, favoreciam os alunos. Pelo visto, foram também utilizados outros métodos educativos, como visitas a uma exposição de artes. Uma maneira de despertar o interesse do alunado pela disciplina, observando detalhes que não estavam expostos na apostila.
- Tendo provocado questionamentos e reflexões acerca das normas impostas, não somente em relação ao conteúdo programático, buscando informações que estavam fora da apostila, mas também, questionando os valores vigentes na sociedade da época, estimulando às alunas a conceberem a realidade de outra forma, a se aventurarem a fazer uma análise própria.


- Educadora por excelência, ela se preocupava com o futuro das suas alunas, procurando conhecê-las mais de perto. Ficava importunada com a limitação da evolução profissional das jovens alunas, pois o único desejo imposto pelos costumes da época era a de ser uma “doméstica prendada” (passadeiras, cozinheiras, “limpadeiras” de bumbuns dos filhos, consumidoras de utensílios domésticos e tudo isto sem questionar absolutamente nada – Uma rainha do lar escravizada pelo machismo da época, pelo marido e pelo capitalismo dos anos 50). Será que agora está um pouco melhor para as mulheres?
- Educadora de visão futurista rompe com o tradicionalismo, mostrando às alunas que é possível conciliar uma carreira profissional à vida doméstica. Tentava libertar a mulher da égide do casamento, onde seria apenas uma figura submissa. Estimulava a aptidão e o crescimento das suas alunas para liderança. Naturalmente, para os padrões arcaicos da escola, este tipo de intervenção e aplicações de métodos educativos diferentes não agradavam a direção escola.

Cenas de filme

- Uma outra problemática que podemos observar no filme é a importante postura do professor, em qualquer nível, de estar continuamente se auto-avaliando. A primordial atitude profissional de repensar perenemente sua prática pedagógica. Quantos professores conhecemos que, tendo alcançado certa titulação, param no tempo e no espaço? Pensam que já conhecem tudo e nada mais precisam conhecer. Ledo engano! A evolução da ciência é constante, a cada dia temos novas descobertas colocando em cheque velhos paradigmas educacionais. Àquele educador que decide parar, a partir daquele momento está desatualizado e pode trazer graves conseqüências para a formação dos seus alunos e para a sociedade.
- Todos aqueles que militam na área de educação deveriam de assistir esse excelente filme, cuja história é vivenciada pela atriz Julia Roberts no papel da educadora Katherine e fazer algumas reflexões sobre a capacidade da educadora de conseguir, nos momentos de crise, superar as adversidades surgidas em sala de aula e as impostas pela diretoria de pensamento arcaico do Wellesley College, da dedicação apaixonada pelo seu magnífico trabalho, bem como a iniciativa de utilizar os recursos e aplicação de estratégias úteis no desenvolvimento educacional dos seus alunos. Fonte http://vincit3.wordpress.com

11 outubro 2014

V SEMINÁRIO PRESENÇA AFRICANA NO BRASIL


Seminário discute o legado do ensino da história afro-brasileira e africana na educação nacional
10/10/2014

Entre os dias 14 e 16 de outubro, ocorre a quinta edição do Seminário Presença Africana no Brasil, que discute o parecer que institui o ensino obrigatório da cultura e da história afro-brasileira e africana na educação nacional. O evento será no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP), em Curitiba. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail daeso-ct@utfpr.edu.br, com indicação do nome, RG, instituição e área de atuação. 
Durante três dias, acadêmicos e militantes de movimentos negros irão debater os legados do Parecer 03/2004 e da resolução 01/2004, redigidas pela professora Petronilha Beatriz Gonçalves, que pesquisa questões raciais na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Além do tema, o encontro também discute a presença de minorias étnico-raciais nas universidades e a luta contra o racismo na educação. 
A última edição do Seminário Presença Africana no Brasil foi realizada em dezembro de 2012. O evento tem promoção do Departamento Acadêmico de Estudos Sociais da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (DAESO-UTFPR), do Programa de Pós-graduação em Tecnologia (PPGTE), do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas e da Seção Sindical dos Docentes da UTFPR (SINDUTF-PR). 
“O seminário vai servir como um espaço de consciência, que suscita o debate sobre o racismo na educação. Vamos celebrar os dez anos do ensino obrigatório de ensino de história da África, que reconheceu a presença dos negros na trajetória desse país. Mas é preciso mais, especialmente em épocas como essa, quando as pessoas apelam para o preconceito para justificar posições políticas e ideais”, diz Ivo Pereira de Queiroz, um dos organizadores do evento.  

Homenagem:

Este ano, os homenageados no seminário são o professor Jaime Tadeu da Silva e a pesquisadora Dalzira Maria Aparecida (Iyá-Guña). Ambos fizeram história nas lutas raciais em Curitiba. Tadeu, além de militante pela causa docente, também integra a Associação Cultural de Negritude e Ação Popular (Acnap) e foi responsável pelo curso pré-vestibular para afrodescendentes da entidade, em Curitiba. Referência na religião candomblé, a Iyálorixatua Dalzira atua com movimentos raciais desde a década de 1960 e chegou a ser perseguida na ditadura militar por causa de sua militância. 

Programação:

Terça-feira, 14 de outubro:
19h - Abertura
19h30 – Conferência: “A universidade e o combate ao racismo”, com Maria Nilza da Silva, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). 
Quarta-feira, 15 de outubro:
8h30 – Mesa Redonda: “Dez anos do parecer de Petronilha Beatriz no CNE: avaliações e perspectivas”, com Wanderson Flor do Nascimento, da Universidade de Brasília (UnB), e Maria Nilza da Silva, da UEL.
10h30 - Mesa redonda: “Identidades Vinculada à Presença de Minorias Étnico-Raciais na Universidade”, com Norma da Luz Ferrarini, Francine Rocha e Ana Elisa de Castro Freitas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 
14h – Conferência: “Ministério Público, Direitos Humanos e o Enfrentamento do Racismo nas Instituições de Ensino Superior”, com o procurador Olympio de Sá Sotto Maior Neto, do Ministério Público do Estado do Paraná. 
16h - Diálogo com estudantes sobre questões raciais.
17h30 - Momento cultural. 
Quinta-feira, 16 de outubro:
8h30 – Conferência: “Filosofia Africana,” com Wanderson Flor do Nascimento, da UnB.
10h30 - Mesa redonda: “Presença de estudantes negros na universidade - mitos e realidades”, com a participação de José Antônio Marçal, do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da UFPR, e de Rosa Amália Espejo Trigo. 
14h – Palestra: “A educação no cotidiano do terreiro de candomblé”, ministrada por Dalzira Maria Aparecida (Iyá-Guña). 
16h – Encerramento do evento com homenagens a Jaime Tadeu da Silva e a Dalzira Maria Aparecida (Iyá-Guña) pela história de combate ao racismo.

V SEMINÁRIO PRESENÇA AFRICANA NO BRASIL
Quando: 14 a 16 de outubro de 2014.
Onde: Auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, na Avenida Iguaçu, nº 880, no bairro Rebouças, em Curitiba. 
Inscrições: pelo e-mail daeso-ct@utfpr.edu.br (indicando nome, RG, área de atuação e instituição) ou na terça-feira (14), antes da abertura do evento.
Informações: (41) 3310-4637.

10 outubro 2014

Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher relembra manifestação histórica Leia a matéria completa em: Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher relembra manifestação histórica


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Data foi instituída em 1980; desde então, brasileiras têm vários canais para procurar ajuda em caso de violência
Nesta sexta-feira, 10 de outubro, é comemorado o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. A data impulsiona a reflexão dos números da violência contra a mulher e o que se tem feito para combater o problema. No Brasil, as brasileiras e estrangeiras contam com a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, mantida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).
O Ligue 180, além de receber denúncias, presta informações sobre procedimentos a serem tomados em caso de violação de direitos – especialmente os relacionados à violência doméstica e familiar. De janeiro a junho de 2014, aproximadamente 16 mil denúncias de violência contra a mulher foram encaminhadas aos sistemas de justiça e segurança pública dos estados e do Distrito Federal.
A maior parte da demanda recebida pelo Ligue 180 está relacionada a pedidos de informações. Do total de 265.351 atendimentos registrados de janeiro a junho de 2014, conforme dados apresentados ementrevista pela secretária de Enfrentamento à Violência da SPM, Aparecida Gonçalves, 33,88% foram pedidos de informações  sobre redes de serviços, 31,89% de informações gerais e 16,66 % sobre violência doméstica e familiar. Pedidos de esclarecimentos sobre leis, decretos e direitos da mulher representam um percentual de 15,23% – ou seja, um dado bem próximo da porcentagem de violência doméstica e familiar.
O Ligue 180, transformado em disque-denúncia em março deste ano, mantém parcerias com as secretarias de Segurança Pública estaduais e distrital, além das representações do Ministério Público e a Polícia Federal, o que agiliza o levantamento das denúncias.
Dia Nacional – O 10 de outubro de 1980 foi marcado com um movimento que começou em São Paulo, quando mulheres reuniram-se nas escadarias do Teatro Municipal para protestar contra o aumento dos crimes de gênero em todo o país. A partir daí, a data faz parte do calendário das celebrações femininas no Brasil.
Devido à coragem dessas manifestantes, em 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A legislação é conhecida por 98% da população brasileira e, por causa dela, foi estruturada a rede de atendimento especializada para as mulheres vítimas de violência.
A rede inclui agentes governamentais e não-governamentais formuladores, fiscalizadores e executores de políticas voltadas para as mulheres (organismos de políticas para as mulheres, ONGs feministas, movimento de mulheres, conselhos dos direitos das mulheres etc.). Conta com serviços/programas voltados para a responsabilização dos agressores; universidades; órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela garantia de direitos. Além de serviços especializados e não-especializados de atendimento às mulheres em situação de violência.
Preveem-se ainda 26 unidades da Casa da Mulher Brasileira, local que integrará uma série de serviços em um só espaço.






05 outubro 2014

Por uma cultura de direitos

Rogério Daflon

Do Canal Ibas em: 20/06/2014

Professor Cunca Bocayuva
O tema dos direitos humanos deveria estar inserido em todas as discussões sobre o país. Mas o que foi assunto central nas conferências de 1968, em Teerã, e 1993, em Viena, tem sido posto de lado diante de modelos de desenvolvimento em que o interesse econômico tenta pautar as relações. Nesta entrevista, o professor Pedro Cláudio Cunca Bocayuva. do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humano (NEEP-DH), da UFRJ, diz por que os direitos humanos não podem ser excluídos da agenda das ações de governo. Cunca vai coordenar um curso inédito de especialização de Políticas Públicas e Cultura de Direitos dentro do núcleo.
CANAL IBASE: O NEPP é um núcleo interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão orientado pela abordagem baseada nos direitos humanos. Você poderia explicar o porquê dessa interdisciplinaridade?
CUNCA: Interdisciplinaridade é a formação de quadros e o desenvolvimento de instrumentos de análise e apoio à formulação práticas de projetos, programas e políticas. Ela se constitui como uma necessidade derivada dos desafios do desenvolvimento. Surge como cruzamento de necessidades epistemológicas e demandas sociais. Eu conecto, portanto, uma agenda de pesquisa e preocupações tecnológicas científicas e éticas a partir da capacidade de definir problemas que exigem respostas desde ângulos que vão além de um saber especializado. Quanto à questão da violência, por exemplo, as contribuições das leituras das diferentes ciências sociais, humanas e mesmo da área da saúde permitem tratar de vários ângulos, tais como o caráter de classe, gênero, etnia envolvidos em dinâmicas de segregação e dominação. A articulação entre corpo, subjetividade e especialidade configura contextos e cenários que necessitam a mobilização de saberes formais e locais. A escala e o grau de intensidade nas formas de crueldade, dor e poder de aniquilamento reforçam o objetivo de uma especialização que deve inovar na forma e no conteúdo ao lidar com os grandes temas públicos.
CANAL IBASE: Você pode ilustrar como a interdisciplinaridade pode romper com uma interpretação limitada da realidade?
CUNCA: Os atuais conflitos e criminalização da juventude nas periferias brasileiras têm recebido leitura e tratamento orientados pela noção de segurança. Essa visão instrumental acaba legitimando de maneira simplista ações e modelos que espetacularizam os processos através de estratégias de ocupação policial. Ao não colocar no centro o tema das populações e do direito das famílias e da própria juventude, reduz-se e se reproduz o foco no reforço da defesa instrumental do aparato repressivo. Combinar a reforma da polícia com direitos da juventude sob o ângulo dos direitos sugere que se trabalhe um tripé no qual policiamento comunitário, renda básica da juventude e políticas de urbanização, com equipamentos coletivos e saneamento, possam ser elaborados como uma estratégia de cidadania e esfera pública. É preciso, portanto, inverter a agenda que opera com enorme custo, reproduzindo mais do mesmo de forma ineficiente e marqueteira, colocando o acento na programação e planejamento de acesso a diretos. As políticas de emergência e ações preventivas para o controle da circulação de armas e medidas de contenção de abusos policiais ao lado de garantias de direitos à juventude podem e devem se interligar com a construção da confiança em projetos que materializem e escutem a voz das populações. Um exemplo óbvio de política pública indispensável é o saneamento ambiental. Trata-se de um vetor estratégico em que o custo benefício das infraestruturas e políticas de água, esgotamento e resíduos sólidos leva cada unidade de investimento a refletir num custo decrescente em diferentes âmbitos com destaque para saúde, nutrição e meio ambiente.
CANAL IBASE: Mas o saneamento básico, como mostram as estatísticas do IBGE, não tem sido uma prioridade no país.  Diante de situações como essa, como tratar a questão dos modelos de desenvolvimento?
CUNCA: A questão dos direitos humanos e das políticas públicas serve, na leitura interdisciplinar, tanto como referência prática quanto como referência normativa, exigibilidade, justiciabilidade e resultados. As ações de movimentos sociais e governos engajados em políticas de bem-estar redefinem  um tema crucial: o da qualidade do desenvolvimento. Fala-se muito em sustentabilidade,  responsabilidade e direitos do consumidor, perdendo de vista a categoria chave para interrogar os problemas gerados pela desigualdade e descriminação e pelo poder das grandes corporações. A fragmentação social e precariedade e as violências cotidianas só podem ser entendidas como um complexo sustentado pela razão cínica dos interesses possessivos e pela cultura do medo. Romper com esse ciclo vicioso nos conduz a articular uma leitura da complexidade desde da interdisciplinaridade com uma visão do que seja uma cultura de direitos. Não por acaso, o curso de especialização do Nepp-DH está voltado a gestores públicos e ativistas sociais que se identificam com os desafios propostos para essa convergência entre conhecimentos articulados, escuta da voz dos atingidos e das populações das periferias com a busca de soluções que combinem o acesso a direitos, a adequação sociotécnica das soluções e o fortalecimento das esferas públicas e das redes locais. Na era das redes e no quadro de conflitos socioambientais e de desigualdade e injustiça espacial na cidade e no campo, a abordagem da cultura de direitos é  um esforço de reconstrução de temas e estratégias emancipatórias que se ligam a outros possíveis. Parte de uma nova inteligência coletiva crítica tem se constituído e buscado na universidade um lugar para o diálogo e a elaboração sobre os problemas e a busca de respostas sobre novas bases. As plataformas de lutas por direitos que têm agitado a sociedade brasileira cobram do nosso pacto constituinte de 1988 um avanço na direção sugerida pelas diferentes conferências de políticas públicas, cujas proposições ainda estão longe de ter sido incorporadas nas políticas de governo e de estado.  Nesse momento de empate de questionamento e de enorme movimentação molecular e crítica na sociedade, precisamos aproveitar o potencial que a universidade tem para repensar o projeto de nação.
Fonte: http://www.canalibase.org.br/por-uma-cultura-de-direitos/

Eleições 2014: confira a ordem de votação na urna eletrônica.

Eleições 2014 - Saiba como usar a urna eletrônica. Depois de ser identificado pelos mesários e deixar celulares, tablets e outros aparelhos eletrônicos sobre um móvel, o eleitor terá acesso à cabine de votação, onde está instalada a urna eletrônica.

O primeiro voto será para deputado estadual ou distrital. O eleitor deve digitar os cinco números do candidato escolhido. Na tela, aparecerão a foto, o número, o nome e a sigla do partido do candidato. Se as informações estiverem corretas, basta apertar a tecla verde CONFIRMA. Se os dados não estiverem certos, é preciso apertar a tecla laranja CORRIGE e digitar novamente o número escolhido.


Em seguida, a urna vai pedir que o eleitor digite o voto para deputado federal, com quatro dígitos, seguido do voto para senador, com três dígitos. As próximas etapas são os votos para governador e presidente da República, ambos com dois dígitos.

Em todos os votos, se as informações que aparecem na tela correspondem à escolha do eleitor, é preciso usar a tecla verde para confirmar, ou, caso contrário, a tecla laranja para corrigir. Para os eleitores que solicitaram o voto em trânsito, fora de seus domicílios eleitorais, e para os brasileiros que votam no exterior, a urna estará liberada apenas ao voto para presidente da República.



Caso deseje votar em branco, basta apertar a tecla BRANCO e, em seguida, a tecla CONFIRMA. Se o eleitor digitar um número não existente e confirmar com a tecla verde, o voto será anulado.

Ao fim de cada voto, a urna emite um sinal sonoro. Depois dos cinco votos, o som é mais forte e prolongado e a tela mostra a mensagem FIM. O eleitor deve sair da cabine de votação, pegar seu documento e comprovante de votação com o mesário e liberar a seção para o próximo da fila.

Para facilitar o voto e agilizar o tempo de votação, que deve ser, em média, 1 minuto e 14 segundos para cada pessoa nesse pleito, a Justiça Eleitoral recomenda que o eleitor leve a chamada “cola eleitoral”, com anotações dos números dos candidatos escolhidos para os cinco cargos. Na página do Tribunal Superior Eleitoral na internet é possível imprimir um modelo de cola e preencher com os números de seus candidatos.

O tribunal também tem um simulador de votação da urna eletrônica, que representa fielmente o teclado do dispositivo e permite que o eleitor treine para a votação.

Não há tempo máximo para que o eleitor use a urna eletrônica, e os mesários não estão autorizados a auxiliar o voto ou a permitir a entrada de outras pessoas na cabine de votação.

Confira a ordem de votação na urna eletrônica:

1º - deputado estadual ou distrital (cinco dígitos)

2º - deputado federal (quatro dígitos)

3º - senador (três dígitos)

4º - governador (dois dígitos)

5º - presidente da República (dois dígitos)

Fontes: 
Agência Brasil.
http://www.momentoverdadeiro.com/

29 setembro 2014

Comunicação e Expressão

1. Concepções de língua e linguagem  A linguagem, em suas diversas manifestações, é fundamental para todo e qualquer ser. No início da humanidade, o homem necessitava expressar sensações e estabelecer as mais variadas relações. Uma dessas formas de expressão acontecia, assim como ainda acontece, por meio da linguagem.



Mas a linguagem não é única, alheia à realidade e ao mundo. Ela é influenciada pelos meios social e cultural e esses, por sua vez, também são influenciados por ela. Isso porque o homem é o principal agente que participa desse processo, criando recursos que auxiliam ou aperfeiçoam a produção da linguagem, com o objetivo de melhorar a comunicação, cujo maior recurso é a palavra. 
 


http://fotos.sapo.pt/vad/pic/0003k9z9/s340x255 
(acesso em 30/07/2007)

O termo linguagem deve ser entendido como a faculdade mental que distingue os humanos de outras espécies animais e possibilita nossos modos específicos de pensamento, conhecimento e interação com os semelhantes. É a capacidade específica à espécie humana de se comunicar por meio de um sistema de signos (ou língua).

Para Saussure, o pai da Linguística, a linguagem é composta de duas partes: a Língua, essencialmente social porque é convencionada por determinada comunidade linguística; e a Fala, que é individual, ou seja, é veículo de transmissão da Língua, usada pelos falantes por meio da fonação e da articulação vocal. Saussure, no Curso deLinguística Geral, define e diferencia a língua da fala afirmando que: 


a língua é o produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social, para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. Trata-se de um tesouro depositado pela prática da fala em todos os indivíduos pertencentes à mesma comunidade, um sistema gramatical que existe virtualmente em cada cérebro ou, mais exatamente, nos cérebros dum conjunto de indivíduos, pois a língua não está completa em nenhum, e só na massa ela existe.


Em resumo, podemos dizer que: 
 
Linguagem: é uma faculdade mental que possibilita a interação entre os seres humanos.

Língua: é um tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.

Fala: é a atividade linguística concreta. Inclui todas as variações que o falante pode acrescentar às inúmeras estruturações linguísticas já formuladas e aceitas socialmente. Representa sempre um ato individual.


Os usuários de uma língua exercitam sua capacidade de organizar e transmitir ideias, informações, opiniões em situações de interação comunicativa, utilizando o texto. Tradicionalmente, entende-se por texto um conjunto de enunciados inter-relacionados formando um todo significativo, que depende da coerência conceitual, da coesão sequencial entre seus constituintes e da adequação às circunstâncias e condições de uso da língua.

O conceito de texto, sob o ponto de vista das modernas teorias linguísticas, pode ser entendido de maneira mais abrangente. Ao ampliar essa noção, duas esferas devem ser consideradas: a primeira mantém-se numa perspectiva ainda estritamente linguística; a segunda se estende para outras linguagens além da verbal. Daí podermos falar de texto verbal, texto visual, texto verbal e visual, texto musical, texto cinematográfico, texto pictórico, entre outros.

Assim, podemos dizer que o ser humano dispõe de diferentes linguagens para se comunicar e interagir com o mundo e com as pessoas. No entanto, parece que a palavra tem sido o meio preferido para objetivar seu pensamento, interagir com o outro e se fazer compreender. É por essa razão que, na próxima aula, focalizaremos o texto escrito e o texto oral.




 

Sobre os direitos e garantias fundamentais: conceito, dimensões, exemplos




Em um enunciado, estão conjugadas, na verdade, várias temáticas, cada uma merecedora de uma explicação própria. Assim, a resposta será dada em partes, de modo a atender a divisão temática dos itens da pergunta, assim como o encadeamento de ideias necessário a sua compreensão.
Direitos Fundamentais: Conceitos e Dimensões.
Direitos fundamentais são os direitos humanos positivados em um determinado ordenamento jurídico. São direitos fundamentais em razão de sua juridicidade. Os direitos humanos, por sua vez, têm conteúdo filosófico, sendo conceituados em uma discussão que antecede o direito. São aqueles direitos reconhecidos ao ser humano, como inerentes a sua humanidade. São exemplos: direito à vida, direito à integridade física, direito à dignidade.
Os direitos fundamentais se constroem através da história. Uma de suas características é a historicidade, pois são direitos que se vão sendo reconhecidos e inseridos no ordenamento jurídico conforme o evoluir da história.
A partir da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão (de 1789), fruto da Revolução Francesa, tem início a primeira geração (ou dimensão) dos direitos fundamentais, composta dos direitos de liberdade, subjetivos, oponíveis ao Estado, e capazes de impor a este abstenções, como meio de preservação da liberdade individual face ao arbítrio estatal. As liberdades individuais alcançam definição precisa referida Declaração e dois foram seus pilares: garantia da propriedade privada e legalidade estrita quanto aos tributos.
Neste contexto de liberdade individualista, a massa proletária empobreceu a níveis extremos. O capitalismo como modo de produção, a busca do lucro e a desvalorização do ser humano, reduzido a mera força de trabalho, criaram circunstâncias a exigirem o reconhecimento da necessidade de intervenção estatal na sociedade até então liberal. A idéia de direitos fundamentais até então encobria estas práticas, pois a igualdade formal reconhecida e o exercício da plena liberdade proporcionavam ao economicamente dominante o controle sobre a massa proletária sem poder de barganha.
Neste contexto histórico-social – de surgimento de teorias como o socialismo, o comunismo, anarquismo em que os direitos de liberdade, eclosão da 1a Guerra Mundial e assunção do socialismo na Rússia – iniciou-se a positivação dos direitos fundamentais de segunda geração, com a sua inserção em cartas constitucionais.
Os direitos de segunda geração são, assim, direitos que marcam a intervenção estatal na atividade econômica e nas relações sociais; representam o exercício pelo Estado de um verdadeiro poder-dever de intervir na vida social, assegurando aos indivíduos um mínimo existencial e a proteção contra a exploração pelo capital. A liberdade absoluta cede espaço à liberdade relativa como direito que não se sobrepõe aos demais, mas coexiste com outros, de igual relevância, e que geram para o Estado não o dever de mera abstenção, mas o de agir, propiciando aos indivíduos a proteção que isoladamente não têm condições de obter, e os meios de exercício pleno de suas liberdades. São os direitos sociais, econômicos e culturais, chamados genericamente de direitos sociais (por exemplo, os direitos trabalhistas, previdenciários).
Ainda outras duas gerações de direitos seguiram a esta. Os direitos fundamentais de terceira geração são uma categoria a parte, cujo titular não pode ser individualizado, e se confunde com a própria universalidade. Não são direitos restritos a um indivíduo, a um certo grupo social ou a um Estado específico, mas a todos os indivíduos, independentemente de nacionalidade, tão-somente em razão de sua humanidade. São, por exemplo, os direitos ao desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e de comunicação. Representa direitos de solidariedade, relativos ao indivíduo inserido em uma coletividade.
Como direitos de quarta geração se consideram os decorrentes da globalização, com conseqüente universalização, inclusive normativa, dos direitos fundamentais. Os que integram esta geração são a democracia, a informação e o pluralismo, como pressupostos do exercício pleno dos demais, e de garantia da própria universalização, assim como direitos decorrentes dos avanços da tecnologia biológica e genética.
Veja Também:
Sobre os direitos e garantias fundamentais: conceito, dimensões, exemplos. (R. L. F. – Rio de Janeiro / RJ) - See more at: http://www.escolalivrededireito.com.br/sobre-os-direitos-e-garantias-fundamentais-conceito-dimensoes-exemplos/#sthash.47SuAlt2.dpuf
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Direitos Fundamentais









Direitos Fundamentais  são aqueles direitos atribuídos a todos os cidadãos em comum, de todas as sociedadesespalhadas pelo globo terrestre, que têm como finalidade assinalar as condições mínimas com as quais cada ser humano deve dispor de modo a conduzir sua vida de modo pleno e sadio.
A trajetória dos direitos considerados fundamentais é extensa e tem suas origens mais ou menos localizadas na composição do Código de Hamurabi, um grande progresso para a época, pois, pela primeira vez (que se tenhaconhecimento) o homem resolveu registrar uma série de disposições que regulariam a vida social de sua comunidade. Além desse avanço fundamental, nele encontramos a defesa da vida e o direito à propriedade, além de contemplar a honra, dignidade, a unidade familiar, bem como o respeito das leis por todos os cidadãos, incluindo-se aí os governantes.
Na Idade Média, encontraremos esboços das primeiras declarações de direitos nos "forais" e "cartas de franquia", pois tais documentos traziam em seu conteúdo enumerações de direitos de interesse do indivíduo.
A Revolução Francesa marca um importante progresso na normatização e concepção dos direitos fundamentais, que terão cada vez mais prioridade na doutrina de elaboração das constituições nacionais. Isso significa que, na elaboração dos documentos capitais de cada nação, o respeito à integridade e desenvolvimento humanos terá cada vez mais importância. O primeiro grande êxito de tais ideias libertárias foi a de influenciar de maneira decisiva a legislação norte-americana, totalmente inovadora em sua época e que promoveu uma verdadeira revolução na concepção dos direitos fundamentais.
Na busca de uma maior humanização dos sistemas legais, o ponto culminante da evolução na questão encontra-se na composição da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que foi assinada em Paris a 10/12/1948. Sua importância reside na tentativa inédita de estabelecer regras válidas universalmente para todo o ser humano, independente de sua origem, raça, religião ou cultura. As Nações Unidas aprovou seu conteúdo por meio da Resolução 217, sendo corroborada pelo Brasil na mesma data de sua assinatura. É uma conquista de todo ser humano, e hoje é inadmissível considerar-se uma sociedade civilizada sem que respeite os princípios contidos em tal documento.
De acordo com Celso Ribeiro Bastos, podemos disqtinguir quatro tipos de direitos fundamentais contidos no documento, que são: a) direitos pessoais (direito à vida, liberade e segurança; b) direitos do indivíduo em face da coletividade (direito à nacionalidade, asilo, livre circulação e residência, tanto no interior como no exterior e direito à propriedade); c) liberdades e direitos públicos (liberdade de pensamento, consciência, religião, opinião, expressão, reunião e associação); d) direitos econômicos e sociais (direito ao trabalho, sindicalização, repouso e educação).
Vale lembrar que a Constituição brasileira de 1988 é fortemente influenciada pelas ideias contidas na Declaração Universal dos Direitos do Homem, dando assim o seu cognome de "Constituição Cidadã".






Bibliografia:
http://jus2.uol.com.br/Doutrina/texto.asp?id=2075
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2627/Direitos-Fundamentais

Fonte: http://www.infoescola.com/direito/direitos-fundamentais/

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe0BEAA/ebook-direito-fundamentais-mapasequestoes-amostra-2011


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