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14 maio 2012

UTILIDADE PÚBLICA - A inclusão social dos ex-presidiarios

Inclusão Social


Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pela falta de classe social, origem geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais. Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais favorecidos no sistema meritocrático em que vivemos. Nossa cultura tem uma experiência ainda pequena em relação à inclusão social, com pessoas que ainda criticam a igualdade de direitos e não querem cooperar com aqueles que fogem dos padrões de normalidade estabelecidos por um grupo que é a maioria. E diante dos olhos deles, também somos diferentes. E é bom lembrar que as diferenças se fazem iguais quando colocadas num grupo que as aceitem e as consideram, pois nos acrescentam valores morais e de respeito ao próximo, com todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida.
 
Inclusão social no âmbito carcerário uma vez que tenha cumprido a pena e considerando-se o baixo grau de eficácia do sistema prisional brasileiro em reeducar criminosos, o ex-presidiário é, para a sociedade livre, se a sociedade o reintegra imediatamente, corre o risco de ter, dentro de suas casas e/ou empresas, alguém muito suscetível a cometer novos ilícitos; porém, se a sociedade não o reintegra imediatamente, terá a certeza de que esse alguém cometerá novos ilícitos. No entanto, é preciso que a sociedade entenda que isso só será viável se a reintegração tiver início já no primeiro dia de cumprimento da pena. Do contrário, não adianta esperar que um detento esteja pronto para viver em sociedade apenas porque cumpriu seu tempo atrás das grades, onde havia o mais completo ambiente de violência e injustiça.

Presídio Regional de Pelotas, no sul do Rio Grande do Sul
 
Trabalho prisional

Atualmente existe frentes de trabalho em 11 unidades prisionais do Estado e, aproximadamente 985 presos trabalham tanto dentro quanto fora das unidades prisionais.
São parceiras da Sejus no oferecimento de oportunidades de trabalho aos internos, empresas de construção civil (Montalvani, Tomazelli, Bozi), além das Prefeituras de Linhares, Viana, Colatina, Cariacica e Barra de São Francisco, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o Instituto Capixaba de Assistência Técnica, Pesquisa e Extensão Rural (Incaper), entre outros.
Alguns dos trabalhos desenvolvidos pelos internos são: produção de bancos de couro, confecção de blocos de concreto, produção de mudas de eucalipto, construção civil, costura de bolas, serviços gerais, finalização e acabamento de confecção, artesanatos diversos, produção de marmitas entre outros. Os internos que atuam nas frentes de trabalho recebem além do benefício de remição de pena, ao menos um salário mínimo por mês. Conforme determinado pelo Programa de Pagamento ao Trabalhador Preso, uma parte do salário vai diretamente para uma poupança, em nome do interno, outra parte vai para família e a terceira, para o preso.

O ASSUNTO É POLÊMICO...

Contratação de detentos no Parque São Jorge sofre rejeição de associados

Associados do Corinthians demonstram temor com a decisão do clube de contratar 30 detentos para realizar trabalhos na sede social, no Parque São Jorge.
“Não devemos generalizar, mas dentre as trinta pessoas, há sim a possibilidade de um ou dois não estarem ainda recuperados, colocando em risco famílias que frequentam nosso clube”, diz um conselheiro alvinegro.
“Não tenho nada contra a ação da diretoria, porém, há de se ter bom senso. Se trabalhassem em Itaquera, ou no CT, não teria problema. Mas não é prudente colocá-los no Parque São Jorge. E se algo acontecer de mais grave, quem responderá ? Além disso, pode ocasionar um prejuízo na venda de títulos. Quem gostaria de frequentar um clube sabendo que 30 presidiários estarão andando por lá durante todo o dia ?”, complementou.
São argumentos que, sem dúvida, merecem ser melhor avaliados, embora, num ambiente que comporta bicheiros, bingueiros, ladroes de carga e assemelhados, não fosse pelo uniforme, dificilmente a diferença seria notada.
http://blogdopaulinho.wordpress.com/2012/04/03/contratacao-de-detentos-no-parque-sao-jorge-sofre-rejeicao-de-associados/

Carandiru é um filme brasileiro baseado em factos reais na maior prisão da América Latina. 




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