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24 outubro 2013

ATÉ QUE O CANCÊR NOS SEPARE / Ruth Rendeiro



Dor e alegria se misturam no livro de Ruth. Retrato de uma realidade vivenciada, experimentada, entre lá-grimas e gargalhadas. Uma história comum? Comum porque acontece a qualquer um de nós. Única porque traz um relato da jornalista-escritora. Inspirado em sua história de vida, sobrevivência, memória, na sua alegria, na sua dor, às vezes de forma bem-humorada, outras com raiva, mas quase sempre corajosa. Oferece aos leitores, em estilo próprio, uma narrativa densa, o “sentimento do mundo”.

Ao tratar da doença do corpo e da alma, empresta sua voz a milhares de pessoas. A história de uma família comum, que ganha uma dimensão especial, na sua história. Esposa, amante, mãe, filha, profissional, amiga. Uma história de recomeço, de transformações diárias, de superações. Os tropeços da vida, as “pedras no caminho” não são suficientes para esquecer o passado, deixar de viver o presente, parar de sonhar com o futuro. Seu passado. Seu presente. Seu futuro. Novas histórias, a serem contadas, recontadas, reconstruídas.

Novos estímulos, novos desafios. A história de uma mulher guerreira. Aprendeu nos tropeços da vida, em seu câncer e na leucemia de seu marido, que a vida é um renascimento diário. Dor, raiva, esperança. Os “sentimentos do mundo” e “pedras no caminho”, como nos poemas de Drummond, ganham corpo, realidade no livro de Ruth. As emoções transbordam, a realidade grita. Que este livro seja apenas o começo de sua nova jornada literária. Livro para ser lido, vivenciado, degustado, refletido. Uma história de doação, de separação, de saudades, de amor, uma história de vida.



Graça Caldas - jornalista e pesquisadora do Labjor/IEL/Unicamp
Uma banda de orelha é muito pouco para falar de um livro que se mostra de corpo inteiro, de coração a nu. Ruth nos convida a desnudar os sentimentos das relações amorosas, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Há toda uma literatura sobre perdas conjugais. Lembro, mais recentemente, dos livros de Joan Didion, André Gorz e Joyce Carol Oates. Se Até que o câncer nos separe divide com estes testemunhos aparentados de amor e dor a perda querida, singulariza-se pela reviravolta de uma morte anunciada, que era a da própria autora, mas que no meio do caminho soube que a despedida era do marido. Do primeiro beijo em Outeiro ao derradeiro na São Paulo que o companheiro, in extremis, jamais conheceu, Ruth conta a morte de Manoel, a sobrevivência ao choque dessa prematura partida e a revelação de forças que talvez ela própria não julgasse possuir e que lhe serviram de molde para reconstruir a sua personalidade a tempo de – curada – se reinventar para a vida.
Elias Ribeiro Pinto - jornalista e crítico literário
Ruth Rendeiro é jornalista, formada pela Universidade Federal do Pará e especialista em Jornalismo Literário e Comunicação Institucional na Amazônia. Além de repórter, no início da carreira no extinto jornal A Província do Pará, foi assessora de imprensa e durante 26 anos atuou na Comunicação da Embrapa. Por um curto período foi professora da Faculdade de Tecnologia da Amazônia (FAZ). Atualmente ministra Media Training, é consultora adhoc da Embrapa e escreve... escreve... escreve... A leucemia do marido e o câncer de mama dela levaram-na a deixar a sua Belém do Pará e fixar residência no estado de São Paulo desde 2008.

Serviço:
Até que o Câncer nos Separe
Ruth Rendeiro
Scortecci Editora
Relacionamentos
ISBN 978-85-366-3389-3
Formato 14 x 21 cm
88 páginas
1ª edição - 2013^

Mais informações:
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