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27 dezembro 2012

Alerta! Câncer de Mama em Jovens!

“A fragilidade da vida”
  • Equipe Oncoguia

O número de casos de câncer de mama em mulheres jovens aparentemente está crescendo em todo o mundo. Ainda não é possível identificar apenas uma causa para o aumento dos casos. No entanto, atualmente, pode-se falar em cura para os casos de câncer de mama detectados precocemente.
O início da puberdade marcado pelo desenvolvimento das mamas, quando associado a obesidade representa um fator de risco para o câncer de mama. Existe uma associação entre câncer de mama, idade precoce da menarca e maior índice de massa corporal e gordura corporal.

Cuidados Essenciais
  • Aparência e Forma de suas Mamas
É importante que você conheça a aparência e a forma de sua mama para poder notar rapidamente qualquer alteração. Converse com o seu médico imediatamente, caso perceba alguma alteração.
  • Conheça suas Mamas
Examine suas mamas por meio de visualização e toque mensalmente. Se você menstrua faça o exame uma semana após o término do fluxo. Se você não tem mais menstruações marque um dia do mês, por exemplo, dia primeiro, e faça o exame sempre neste dia. O seu médico pode lhe ensinar como fazê-lo, o que observar e buscar. O principal objetivo é que você conheça as suas mamas.
  • Exame Clínico das Mamas
Seu médico irá examinar suas mamas e axilas com o objetivo de procurar alguma alteração.
  • Conheça a História de sua Família
Se existem casos de câncer na sua família, é muito provável que você deva fazer a mamografia com menos de 40 anos. Existem alterações genéticas que aumentam a probabilidade de desenvolver câncer e que são transmitidas de uma geração para outra.

 Tipos de Câncer de Mama


Carcinoma Ductal Invasivo

É o tipo mais comum de câncer de mama invasivo, representando aproximadamente 80% dos casos.

Ele se origina nas células dos ductos mamários (ductos por onde drena o leite durante a amamentação), mas já invadiu células adjacentes aos ductos quando diagnosticado. Tem a capacidade de invadir outros tecidos e crescer tanto localmente quanto se espalhar por via venosa e linfática.

Dentro de carcinoma ductal invasivo, existem subtipos de ocorrência relativamente rara, que somados perfazem menos de 10% dos casos. Estes subtipos, que podem aparecer no laudo da patologia, frequentemente estão associados a um comportamento menos agressivo da doença.

Os subtipos são:

  • Carcinoma tubular - Geralmente menos agressivo.
  • Carcinoma medular - Geralmente afeta mulheres mais jovens, pode estar associado a mutações predisponentes ao câncer.
  • Carcinoma mucinoso - Geralmente acomete mulheres após a menopausa, associado a melhor prognóstico.
  • Carcinoma papilífero - Frequentemente associado ao carcinoma ductal in situ, geralmente de bom prognóstico.
  • Carcinoma cribiforme - Geralmente de bom prognóstico.

O carcinoma ductal invasivo tem de ser caracterizado quanto à presença e quantidade de receptores hormonais (receptor de estrógeno e progesterona) na superfície das células, além do grau de expressão da proteína Her-2. Esta caracterização é feita pela técnica denominada imunohistoquímica.

Em relação à caracterização da proteína Her-2, pode se fazer necessário um teste adicional, denominado FISH, que consiste em um teste molecular para se ter certeza em relação à expressão de Her-2. A importância do resultado da pesquisa de receptores hormonais e Her-2 está relacionada ao prognóstico, assim como à possibilidade de se utilizar terapias-alvo no tratamento.
Carcinoma Lobular Invasivo

É o segundo tipo mais comum de câncer de mama, representando aproximadamente 10% dos casos.

Ele nasce nos lobos mamários (local da produção do leite, que drena pelos ductos), mas já invadiu células adjacentes quando diagnosticado. Tem a capacidade de invadir outros tecidos e crescer localmente ou se espalhar por via venosa e linfática.

Existem subtipos do carcinoma lobular invasivo, que podem ser classificados de acordo com o padrão do conjunto das células cancerosas (sólido, alveolar, tubulolobular) ou do aspecto das células malignas (pleomórfico, células em anel de sinete).

O carcinoma lobular invasivo tem de ser caracterizado quanto à presença e quantidade de receptores hormonais (receptor de estrógeno e progesterona) na superfície das células, além do grau de expressão da proteína Her-2 (muito raramente existe aumento da expressão de Her-2).

Esta caracterização é feita pela imunohistoquímica. Em relação à caracterização da proteína Her-2, pode se fazer necessário o teste adicional FISH.
Carcinoma Ductal in Situ (CDIS)

É o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo.

Ele se origina nas células dos ductos mamários e, por ocasião do diagnóstico, ainda não invadiu células adjacentes aos ductos. Desde que operado quando ainda é in situ, ele não tem a capacidade de invadir outros tecidos nem de se espalhar. O CDIS nunca é fatal, mas indica um risco aumentado de a paciente desenvolver uma forma invasiva de câncer, que poderia vir a ser letal.

O carcinoma ductal in situ tem de ser caracterizado quanto à presença e quantidade de receptores hormonais (receptor de estrógeno e progesterona) na superfície das células. Esta caracterização é feita pela imunohistoquímica, e determina se será benéfico utilizar hormonioterapia como parte da prevenção de um novo tumor.
Carcinoma Lobular in Situ (CLIS)

O carcinoma lobular in situ consiste no crescimento anormal de células dos lobos, que indicam um risco maior de a paciente desenvolver formas invasivas de câncer de mama. Por não ser de fato um câncer, apenas um indicativo de risco de câncer, ele é denominado às vezes de neoplasia lobular in situ.

Ele se origina nas células dos lobos mamários e, por ocasião do diagnóstico, não há sinais de que tenha invadido células adjacentes. É frequente o comprometimento de diversos lobos pela doença, o que se chama de multifocalidade. O CLIS não tem a capacidade de invadir outros tecidos, nem de se espalhar por via venosa ou linfática.

O CLIS nunca é fatal, mas indica um risco aumentado de a paciente desenvolver uma forma invasiva de câncer.

O carcinoma lobular in situ tem de ser caracterizado quanto à presença e quantidade de receptores hormonais (receptor de estrógeno e progesterona) na superfície das células, e geralmente esta pesquisa resulta positiva. Esta caracterização é feita pela imunohistoquímica.

O CLIS é diagnosticado frequentemente antes da menopausa, é de difícil visualização na mamografia, e sendo apenas um indicativo de risco futuro de aparecimento de um câncer, a mulher com este diagnóstico tem tempo para discutir as opções terapêuticas com o mastologista.
Câncer de Mama Inflamatório

Câncer inflamatório da mama é uma apresentação rara, mas agressiva do câncer.

A paciente se apresenta com vermelhidão e inchaço da pele da mama, aumento da temperatura local, frequentemente sem uma massa ou nódulo palpáveis. O mamilo pode estar invertido, e frequentemente os gânglios na axila podem aumentar de tamanho.

Ele ocorre, geralmente, em mulheres mais jovens que a média dos outros tipos de câncer. O carcinoma inflamatório tem de ser caracterizado quanto à presença e quantidade de receptores hormonais (receptor de estrógeno e progesterona) na superfície das células, além do grau de expressão da proteína Her-2. Geralmente resultam negativos.

Esta caracterização é feita pela imunohistoquímica e o teste FISH.
Câncer de Mama no Homem

Embora raro, o câncer de mama pode, sim, afetar os homens, representando, no entanto, menos de 1% do total de casos. O câncer de mama nos homens é diagnosticado com base em uma alteração, geralmente notada pelo próprio paciente, já que não existe rastreamento de câncer de mama em homens.

Quando é notada uma alteração suspeita, o homem pode sim ser submetido a mamografia, ultrassom e biópsias tal como ocorre com as mulheres.

Devido à falta de rastreamento, casos de câncer de mama em homens acabam sendo diagnosticados, em média, mais tarde que em mulheres (com a doença um pouco mais avançada). Como uma alteração na mama somente passa a ser suspeita em função de crescimento, tumores detectados em homens, geralmente são aqueles mais agressivos, ou seja, carcinomas invasivos.

Os tipos de tumor podem ser os mesmos descritos acima para as mulheres, com preponderância para carcinoma ductal invasivo.
Quando o homem nota alguma alteração na mama, como nódulo palpável, dor, inchaço, vermelhidão, saída de secreção pelo mamilo ou outro sintoma atípico, ele deve procurar um mastologista ou oncologista.
Doença de Paget

A doença de Paget se apresenta com células cancerosas no mamilo, frequentemente causando irritação local, descamação, prurido e vermelhidão.

Na grande maioria dos casos, este diagnóstico está associado à presença de carcinoma ductal in situ ou a uma forma invasiva de câncer em algum outro local da mama.
Câncer de Mama Recidivado e Metastático

O câncer de mama invasivo pode invadir tecidos adjacentes, ou disseminar-se por vasos linfáticos ou venosos.

Quando é feito o tratamento cirúrgico existe o risco de que sobrem algumas células no local de onde foi ressecado o tumor, podendo, nestes casos, ocorrer posteriormente uma recidiva local. Da mesma maneira, podem sobrar algumas células malignas nos vasos linfáticos ou nas veias, o que permitiria uma recidiva regional (por exemplo, nos vasos linfáticos e gânglios da axila) ou à distância (denominado metástase).

As metastáticas podem ocorrer, potencialmente, em qualquer local do corpo, às vezes em mais de um local. Os órgãos mais acometidos são ossos, fígado, pulmões, gânglios e cérebro.

Na grande maioria dos casos, para estabelecer um diagnóstico de câncer de mama recidivado ou metastático, é necessária uma biópsia de uma das lesões suspeitas, e confirmação pelo patologista de que se trata de fato de tecido tumoral com origem na mama.
Esta identificação do tecido como tendo origem em um câncer da mama é feita por uma técnica denominada de imunohistoquímica, que pesquisa determinadas proteínas características de câncer de mama.
Fonte  http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-mama-em-jovens/1384/34/
 

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