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20 setembro 2013

18 livros que você precisa ler antes de morrer

Confira uma lista com os clássicos que não podem ficar de fora das suas leituras mesmo que você tenha um estilo muito pessoal. Clássicos como Machado de Assis e Franz Kafka estão no ranking

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Crédito: Shutterstock.com
Seja lá qual for o seu tipo de leitura, você não pode deixar de lado os grandes clássicos da literatura


Você tem um tipo preferido de leitura? Romances? Mistério? Ficção? Auto-ajuda? Seja lá qual for o seu tipo de leitura, você não pode deixar de lado os grandes clássicos da literatura.


Mas é claro que esses clássicos não incluem somente os grandes autores brasileiros. Entre eles você até vai encontrar grandes nomes daliteratura nacional, como Machado de Assis e Euclides da Cunha, mas nós não deixamos de fora os grandes autores da literatura espanhola, como Miguel de Cervantes, e inglesa, comoShakespeare e Jane Austen.


Confira a lista com os principais títulos que você precisa ler antes de morrer:


Você concorda com a lista acima? Tem outras sugestões de livros para ler antes de morrer? Compartilhe sua opinião no campo de comentários e nos ajude a incrementar essa lista!

19 setembro 2013

Bienal Internacional de Curitiba! Bolhas!



 
Nesse último domingo saí do Paço da Liberdade e fui para a Rua das Flores. Quase na esquina com a Rua Barão do Rio Branco, vi essas enormes bolhas penduradas entre dois prédios. Logicamente me aproximei para fotografar. Acredito que a obra faça parte da Bienal Internacional de Curitiba. Na segunda foto, se prestar atenção, me verá olhando para cima na bolha maior. 
 
Fonte ://www.circulandoporcuritiba.com.br/2013/09/bolhas.html

A única negra das 27 candidatas a Miss Brasil 2013

A falta de Miss Negras nos estados brasileiros nos mostra o quanto nosso país se encontra mergulhado  no racismo da imposição do padrão de beleza que só valoriza a estética europeia. O que aconteceu alguns meses atrás no concurso  da  miss Bahia,  motivo de protestos nas redes sociais por ter apenas duas negras (Priscila e a Rafaela Muniz) entre as 30 candidatas, agora acontece no concurso Miss Brasil 2013.

Em seu blog, o sociólogo Roberto Izoton escreveu a respeito da polêmica no Miss Bahia 2013, e destacou:
— Quem nunca escutou as expressões "nariz de batata", "cabelo ruim", "cabelo de pico", "beiçola", entre outras, em referência a pessoas negras? Isso é característica do racismo de marca vigente no Brasil, de acordo com [o sociólogo] Oracy Nogueira, e também é fruto de um padrão de beleza que valoriza a estética europeia, onde são consideradas lindas, por exemplo, mulheres brancas, com cabelos lisos e louros, olhos azuis e, preferencialmente, magras.
Agora no concurso Miss Brasil 2013,  que acontece no dia 28 de setembro, no Minascentro, em Belo Horizonte (MG), a Miss Bahia é a unica negra entre as 27 representantes dos estados. A questão se torna  nacional. O Brasil com mais da metade da população negra, só uma candidata é negra, justamente a da Bahia: Priscila Cidreira. É bom lembrar que, em quase 60 anos do concurso, apenas  uma negra foi Miss Brasil: a gaúcha Deise Nunes, em 1986.


Priscila Cidreira Santiago,  é estudante de Psicologia, tem 22 anos, 1,73m, foi eleita Miss Bahia e é única negra no concurso Miss Brasil 2013.
A pergunta que fica é: será que não existem mulheres negras com o perfil de miss nestes 26 estados do Brasil?

Leia também:

A eleição de Miss Negra é muito boa para a autoestima da mulher negra que, independentemente de beleza, vem se impondo, deixando de se colocar em uma posição inferior. Mas ainda são esporádicas as conquistas do título de beleza por mulheres negras. Isso não quer dizer que somente negras devam vencer os concursos de Miss, existe beleza em todas as etnias. As misses que representam os países são sempre louras, de olhos claros, dando uma falsa impressão de uma Europa incrustada no Universo.


10 setembro 2013

FENG SHUI! Décor para espantar a inveja e manter a paixão


Escrito por Kika Junqueira

Técnicas de feng shui podem aproximar o casal, espantar a inveja e manter a paixão em alta. Veja como adaptar a casa para ter o máximo de harmonia!



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A casa ou apartamento de um casal – que acabou de se casar ou está junto há anos – precisa transmitir boas energias e sensação de bem-estar que contribuam com a vida a dois. A alternativa, nesse caso, é aplicar técnicas de feng shui para espantar a inveja alheia, manter-se sempre unida ao parceiro e aumentar a paixão. A casa precisa ser prática, toda iluminada e clara.


O quarto do casal é o ambiente que mais exige adaptações. Na parede que fica atrás da cama, tenha um tom bege. Essa cor une os casais.




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Apostar em porta-retratos também pode ser uma boa alternativa para manter a união entre o casal. Tenha quadros ou porta-retratos com imagens de casais ou com as próprias fotos de vocês (casal dono da casa). Não fotos isoladas, só o homem ou só a mulher. A associação da mente com casal leva a uma união maior no dia a dia.


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Para finalizar, no hall de entrada, use espelhos. Os espelhos barram a energia negativa!



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07 setembro 2013

Renato Russo Do inferno ao céu

Na semana em que o roqueiro faria 40 anos, amigos contam quando e com quem ele contraiu Aids e a família relata a história de Giuliano, o filho que chegou a ser noticiado como adotado


Por Cláudia Carneiro e André Barreto


Foto: Felipe Barra
“Ele disse que era homossexual aos 18 anos. ‘O que faço?’, pensei. Mas disse: ‘Está bem, mas só não me traga homem para dentro de casa’.’’ Maria do Carmo Manfredini


Foi inspirado em Léo que Russo criou “Eduardo e Mônica”, seu primeiro grande sucesso. “Chegamos a brigar por telefone porque ele queria parar de tomar os remédios que o mantinham vivo”, conta ela, artista plástica, 41 anos. Léo morava no Equador e fez as pazes com Russo um dia antes de sua morte. Ele lhe telefonara para ler a letra de “Uma Outra Estação”, que havia composto para a amiga – à época, ela morava perto dos vulcões citados na música. No dia seguinte, Léo voltou a ligar. Só o ouviu na gravação da secretária eletrônica. Renato Russo tinha morrido. A notícia foi dada a ela pelo ex-marido, o jornalista Geraldinho Vieira, também amigo de Russo. Outro amigo, o empresário musical Luiz Fernando Borges, lembra que, no início de 1996, Renato fez uma despedida. Tomou um “porre homérico”, bebendo cinco dias sem parar. Logo depois, passou a tomar o coquetel anti-HIV. Borges nunca ouviu Renato dizer que tinha medo da morte, mas se irritava com os medicamentos. “Ele tinha muitas dores no estômago e enjôos”, recorda. Até hoje, ele vai ao apartamento do amigo. “O quarto dele está igualzinho. Os móveis, os quadros, está tudo lá.” Parte disso deve ser transferido para o memorial do cantor que será construído em Brasília. Borges teve autorização para fazer um documentário sobre Russo. O FILHO Um mês antes de completar 29 anos, no Rio de Janeiro, Russo telefonou para a mãe em Brasília e fez suspense sobre uma novidade. Ela achou que era sua mudança para a Inglaterra. Russo tinha o sonho de gravar um disco lá. A surpresa veio a ser revelada na data do nascimento de seu filho, na noite de 29 de março de 1989. Da maternidade, ele ligou: “É menino, mãe!” Giuliano ganhou nome de santo, como prometera na música “Pais e Filhos”.



Quando Russo morreu, aos 36 anos, foi noticiado que o filho era adotivo. A família reafirma a história contada por ele, de que tivera uma relação fugaz com Rafaela Bueno, uma fã carioca. Os pais da moça não apoiaram a gravidez. Na primeira semana de vida, Giuliano foi para as mãos da tia de Russo, Maria do Socorro de Oliveira, que morava na Ilha do Governador, na zona norte do Rio. Rafaela morreu num acidente um ano depois. Na mesma época, o artista mudou-se da Ilha – onde morou com os avós, a tia e Giuliano – e quis criar o menino em seu novo apartamento, em Ipanema. Os pais o convenceram a dar a guarda de Giuliano. Com 11 anos, ele mora com os avós em Brasília, os quais considera seus pais.




Juvenal Pereira/AE
Aos 11 anos, na primeira-comunhão”


SEQÜESTRO Os pais de Russo não permitem que o menino seja fotografado. A proteção foi redobrada, a conselho da polícia, quatro meses após a morte de Russo. No apartamento do Bloco B da Superquadra Sul 303 do Plano Piloto, em Brasília, onde Giuliano morava desde o segundo ano de vida, Carminha recebeu uma denúncia anônima por telefone. A pessoa disse que Giuliano, então com 7 anos, seria vítima de um seqüestro. Assustada, ela correu ao Centro Educacional Maria Auxiliadora, onde o neto estudava, a um quilômetro de sua residência. O avô acionou o grupo anti-seqüestro da Polícia Militar. A polícia detectou pistas sobre um plano de seqüestro e descobriu que pessoas estranhas chegaram a acompanhar os passos de Giuliano. A família mudou de endereço.  Renato Russo adorava crianças. A família argumenta que, por isso, especulou-se que Giuliano seria filho adotivo. Na mesma época de seu nascimento, a tia de Russo levou para a casa da Ilha do Governador um bebê de nome Thaísa. “Ela era o xodó dele”, lembra sua mãe. Um dos segredos que o músico compartilhava com a mãe era o desejo de comprar uma casa e enchê-la de crianças órfãs. Meses após sua morte, a família descobriu atos generosos. Seus pais foram procurados por um jovem paraplégico desesperado com a morte do compositor. Relatou que desde que perdera o emprego, recebia ajuda financeira do roqueiro para manter seu tratamento. “Passeávamos em Nova York em 1989 quando Renato tirou do bolso um bolo de dinheiro para dar a um rapaz sentado na calçada, que segurava o cartaz: ‘Sou soropositivo’”, conta Léo. Isso aconteceu antes de saber que era soropositivo. A generosidade de Russo era unânime entre os amigos. A atriz Denise Bandeira, que foi sua namorada antes de ele definir-se pela homossexualidade, lembra que dar presente aos amigos era compromisso sério. “Antes de um aniversário, ele fazia uma pesquisa minuciosa sobre o presente mais adequado. Na dúvida, comprava vários”, conta. Para Denise, sua capacidade de ir de um extremo a outro era incrível: “Ele podia se atirar ao chão num show para 10 mil pessoas e depois, em casa, mergulhar concentrado em sonetos de Shakespeare”.


Juvenal Pereira/AE
Bonfá lança CD, Dado produz discos e Rocha deixou a música profissionalmente. "O relacionamento era difícil", diz Arthur Dapieve, que escreve sua biografia


Formado em Jornalismo, aos quatro anos ganhou o primeiro disco, dos Beatles. “Ele se trancava no quarto, colocava som alto, e eu, no quarto ao lado, aprendi tudo de rock com ele”, lembra a única irmã, Carmem Teresa. Ela canta espiritual, blues e jazz, no grupo brasiliense Spirituals de Porco. Três anos mais nova, não escapava das rédeas dele. “Ele era totalmente reacionário e protetor, coisas de irmão mais velho”, recorda. A ausência do irmão dói. “Não há um dia que não ouço alguma coisa na rua, uma música, ou vejo um filme, que não tenha vontade de falar com ele.”

Foto: Pedro Agilson
O ícone Renato Russo tinha um relacionamento difícil com os pais: Dona Carminha só soube que o filho tinha Aids pela TV
O cantor e compositor Renato Russo sempre surpreendeu. Aos 18 anos, fez a mãe empalidecer ao revelar que era homossexual. “Mãe, não vou casar com a Ana Paula, porque acho os homens interessantes”, admitiu ele, referindo-se à então namorada, uma fotógrafa, filha de um almirante. “Meu chão foi lá embaixo”, lembra hoje a professora aposentada Maria do Carmo Manfredini, 62 anos. “Parei um minuto para rezar: Meus Deus, o que faço agora?” Dona Carminha, como é conhecida, então respondeu a Russo, angustiado com o silêncio da mãe: “Está bem, filho, mas só não me traga homem para dentro de casa”.
Renato Russo surpreendeu os pais, amigos, fãs e a música brasileira não apenas enquanto viveu. Morto há três anos e meio, o líder da banda Legião Urbana permanece aclamado como mito do rock nacional. Na segunda-feira 27, faria 40 anos. Mesmo sem existir mais, a Legião é o grupo de rock que mais vende discos. Este mês, seu CD Acústico MTV, lançado em outubro de 1999, com um milhão de cópias, está em segundo lugar entre os mais vendidos – perde para Sandy & Júnior, em São Paulo, e Roberto Carlos, no Rio. De 1995 até agora, a Legião vendeu 10,2 milhões de cópias e os três discos-solo de Russo, 2 milhões. Renato Russo ferve em 140 sites da internet sobre a Legião.“Garotos de 13 anos o estão conhecendo e virando fãs fervorosos”, diz Simone Assad, jornalista e fã que coordenou, de Nova Friburgo, no interior do Estado do Rio, a edição do livro Renato Russo de A a Z, lançado em janeiro pela Editora Letra Livre, um dicionário com frases do cantor, com 453 verbetes. O jornalista carioca Arthur Dapieve prepara para setembro uma biografia. Seus pais, o funcionário aposentado do Banco do Brasil Renato Manfredini, 75 anos, e Maria do Carmo, lançarão um livro com os rascunhos de quando o filho compunha.
Boa parte dos manuscritos continuarão inéditos, se depender do casal Manfredini, responsável pelo espólio do filho. No apartamento do artista em Ipanema, no Rio, os pais guardam pequenas peças de teatro e letras inéditas. Os diários que escreveu até o fim da vida, em inglês, são intocados. “Enquanto vivermos e tivermos controle sobre as coisas de Júnior (Russo era Renato Manfredini Júnior), ninguém mexe nos diários”, diz a mãe. O casal prevê problemas com a biografia escrita por Dapieve.
“Não autorizaremos que o livro trate de coisas íntimas da vida de Júnior”, avisa Carminha. Dapieve acredita que superará a resistência dos pais. Segundo o jornalista, a carência de Russo levou-o a se entregar ao álcool e às drogas. “Ele tomava Cointreau em copo de requeijão em um só gole”, conta.


Foto: Pedro Agilson
Antes de morrer, pediu ao pai provas de amor


Quando namorava um rapaz chamado Lui, tentou suicídio para chamar a atenção dele.” Nos últimos meses de vida, Renato desistiu de tomar AZT. Uma amiga, que prefere não se identificar, acrescenta que, um mês antes de morrer, o roqueiro pedia a presença do pai:  “Ele queria provas do amor do pai e de que ele o aceitava como gay e alcoólatra.”
Renato Manfredini mudou-se para o Rio ao saber da doença, dois meses antes de perder o filho. “O Júnior carregava o mundo nas costas”, diz ele. Não contou à mulher o que o próprio filho não ousara revelar à mãe. Ela soube pela tevê que o filho tinha Aids, horas depois da morte de Renato Russo, em 11 de outubro de 1996. “À noite, ouvi na tevê: ‘Morreu hoje de Aids o cantor Renato Russo’. Foi um choque.  De manhã, declarei que meu filho tinha morrido de anorexia nervosa.” O respeito dos pais por sua opção sexual aproximou-o mais da família. Em 1988, ele assumiu publicamente a homossexualidade. A mãe não queria. “É para lutar contra o preconceito que vou fazer isso, mãe”, disse ele.



DEPRESSÃO No último mês de vida, Russo praticamente não comia. Só bebia água de coco. Saul Bteshe, 50 anos, seu médico por oito anos, conta que, nos primeiros meses após descobrir a doença, o artista reagiu com otimismo. “Perto de sua morte, caiu em depressão”, conta o médico, que tratava do cantor antes de ele ser infectado. Quando o cantor foi a seu consultório pela primeira vez, Bteshe desconhecia a Legião. “Ele perguntou se eu não o estava reconhecendo”, lembra Bteshe, que o acompanhou em shows na fase avançada da doença.
Russo soube que tinha Aids depois de ter namorado Robert Scott Hickmon, que o roqueiro conheceu em Nova York, em novembro de 1989. Morador de San Francisco, Scott era gay e tinha um namorado vítima da Aids. Russo e Scott viveram juntos alguns meses no Brasil, antes de o americano voltar para os Estados Unidos, no final de julho de 1990, quando usaram heroína juntos. “Foi fogo. O namorado do Scott estava em estado terminal de Aids e mesmo assim o Renato se envolveu com ele”, diz a amiga Leonice de Araújo Coimbra, a Léo, que estava com Russo em Nova York, em novembro de 1989, quando o romance começou. Em 1990, ela recebeu o músico em sua casa, em Brasília, que segurava o resultado de um exame. Chorando, abraçou forte a amiga e desabafou: “Sou HIV positivo”. Léo afirma: “Renato tinha certeza que pegou Aids do Scott. Ele foi embora e ninguém soube mais dele”. Russo nunca assumiu a Aids publicamente. Em 1992, perguntado por um jornalista, disse: “Não estou com Aids, que pergunta idiota”.


Copyright 1996/2000 Editora Três/ http://www.terra.com.br/istoegente

02 setembro 2013

Um Ipê amarelo no MON


 
Esse lindo Ipê Amarelo torna uma visita ao MON um programa ainda mais agradável. Existe uma crença de que quando acontece a florada dos ipês, não acontecem mais geadas, mas acho que esse ano até os ipês se enganaram com o clima.

A espécie Tabebuia alba, nativa do Brasil, é uma das espécies do gênero Tabebuia que possui “Ipê Amarelo” como nome popular. O nome alba provém de albus (branco em latim) e é devido ao tomento branco dos ramos e folhas novas.
Faz tempo que não passo pela rodoviária, assim, não sei se o ipê amarelo imune de corte que lá vive, também já abriu suas flores!
 
Fonte http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2013/08/um-ipe-amarelo-no-mon.html

" EU VEJO FLORES EM VOCÊ"


Por Kika Junqueira


Quando o assunto é decoração, a estampa floral nunca fica desatualizada ou fora de moda. Dentro de casa, garante um ar romântico e vintage sofisticado, que remete ao passado. A padronagem sobreviveu às diversas modificações do conceito de decoração sofisticada. Versáteis, as flores podem estampar qualquer ambiente. E, com certeza, há um modelo ideal de flor para cada estilo de casa. Os locais mais apropriados são os quartos, os banheiros e as salas.


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No banheiro, a claridade da estampa floral provoca sensação de limpeza. Os tons suaves também favorecem a decoração do quarto. Como transmite calma e conforto. Na sala, as flores garantem um aspecto sofisticado ao ambiente.


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01 setembro 2013

TOXOPLASMOSE EM FELINOS





É uma doença infecto-contagiosa e uma zoonose causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii e infecta a maioria dos animais de sangue quente, mas felídeos domésticos e selvagens são os únicos hospedeiros nos quais o ciclo biológico pode ser completado. Há 3 estágios infecciosos da doença: (1) taquizoítos de rápida replicação, que vivem nos tecidos do corpo; (2) bradizoítos de lenta replicação, que residem em cistos teciduais; e (3) oocistos, que são excretados pelas fezes. Na maioria das vezes, os gatos se infectam ao ingerirem bradizoítos, que estão encistados em um hospedeiro intermediário, por exemplo, um roedor. Podem também se infectar pela ingestão de oocistos esporulados. 

O ciclo biológico mais comum tem início com a ingestão de cistos teciduais. Uma vez que os oocistos são expulsos nas fezes, estes não são infecciosos até serem expostos ao oxigênio e esporulem por 1 a 5 dias. O ciclo biológico inteiro pode completar-se dentro de 3 dias a contar da ingestão dos cistos teciduais. Se o ciclo biológico tiver início com a ingestão de taquizoítos ou oocistos, deverão transcorrer 3 semanas para que se complete. A maioria dos gatos infectados não apresenta sinais clínicos. Os sinais clínicos mais frequentes estão relacionados aos órgãos afetados como pulmão, o olho ou o fígado. Também foi dito que anorexia, letargia e dispnéia relacionada á pneumonia são os sinais clínicos mais comuns. 

Com menor frequência ocorrem uveíte e hemorragia retinal; ocasionalmente o gato apresenta derrame perineal, icterícia e dispnéia. Embora alguns gatos venham a morrer por causa da infecção, a maioria se recupera e desenvolve imunidade. Alguns gatos morrem e outros permanecem assintomáticos, tornando-se um portador assintomático. No entanto, o gato só irá eliminar uma grande quantidade de oocistos uma única vez na vida durante 1 a 2 semanas e este fato é mais maciço em filhotes com 6 a 14 semanas de idade. Uma vez no ambiente, os oocistos resistem á ação de desinfetantes, congelamento e dessecamento. Podem ser exterminados se submetidos á temperaturas de 70° C durante 10 minutos ou mais. A doença pode ser grave em humanos, especialmente se estiverem imunossuprimidos. No entanto sabe-se que as maiores fontes de contágio da toxoplasmose para o ser humano são a ingestão de carne mal passada ou crua e também contaminação por via transplacentária.

O diagnóstico baseia-se em radiografias, dosagem de enzimas hepáticas e títulos de anticorpos IgM (método por ELISA) O tratamento é á base de antibióticos tais como clindamicina, trimetoprim-sulfonamida, entre outros de menor eficácia. A prevenção está baseada no cuidado na manipulação e ingestão de carne crua ou mal passada, e evitar contato direto com as fezes dos gatos. Em relação ao felino, evitar o seu contato com roedores e aves de vida livre que ele possa caçar e não fornecer carne crua. Em geral o prognóstico é bom, se for feito o dignóstico e tratamento adequados.



28 agosto 2013

A INVEJA DOS OUTROS




Anos atrás, decidi que, salvo necessidade absoluta, em voo internacional, eu não viajaria mais de classe econômica. Quando não posso pagar pela executiva, é simples: não viajo.

A passagem de executiva dá direito ao uso de uma sala de espera confortável, que no Brasil é chamada de sala VIP (sigla de "very important person", pessoa muito importante). Há um quê de idiota na ideia de que alguém se torne importante por pagar uma passagem mais cara que os outros.

Mas o que me interessa agora é o fato de que os passageiros de classe executiva, confortavelmente instalados na sala VIP, poderiam esperar até o fim do embarque da classe econômica; aí eles iriam ao portão já esvaziado e subiriam no avião.

Não é o que acontece. Convidados a embarcar antes dos outros, eles entram no avião sob o olhar dos passageiros de classe econômica e ocupam seus assentos espaçosos, situados na parte da frente da aeronave, de forma que os passageiros de econômica, a caminho de suas poltronas-suplício, são obrigados a contemplar o privilégio dos que já estão instalados na executiva.

Por que essa irracionalidade? É que o passageiro de executiva não compra apenas um tratamento mais humano e um espaço compatível com as formas médias de um corpo: ele compra também a experiência (desejável, aparentemente) de ser objeto da inveja dos outros.

Numa recente viagem à Europa, eu já estava instalado na executiva, tomando suco e lendo um livro quando uma senhora chinesa, a caminho de seu lugar na econômica, passou do meu lado e espirrou molhada e barulhentamente em cima da minha cabeça. Por sorte, não era época de gripe aviária. Mas é isto: a inveja é uma mistura de idealização, amor e ódio.

Circulando de madrugada, passo pela entrada de uma balada. Há uma longa fila de espera, há seguranças imponentes e há uma "hostess" que escolhe quem pode entrar. Em Nova York, entram até desconhecidos, se forem bizarros, interessantes e decorativos. Em São Paulo, parece que a lista de clientes VIPs é soberana. Os outros esperam noite adentro, tentando ganhar a simpatia da "hostess". Vale a pena? O que acontecerá se eles forem admitidos? Pois é, será uma noite sensacional: eles tirarão fotos que postarão no Facebook e no Instagram.

Em geral, com as fotos, eles esperam receber a mesma inveja que eles destinam aos VIPs: por isso, exibirão poses parecidas com o que eles imaginam que os VIPs (os que entraram na balada há tempos) fazem quando se divertem (loucamente).

E o que fazem os VIPs? Pois é, essa é a parte mais estranha: os VIPs imitam as poses dos que os invejam e imitam, pois, eles constatam, essas são as poses que mais suscitam inveja.

De fato, na balada, muitos, VIPs e mortais comuns, apenas esperam a ressaca de amanhã. Mas, no círculo vicioso da inveja, a experiência efetiva é irrelevante; não é com tal ou tal outra vida e história concretas que se sonha: sonha-se ser o que os outros sonham.

A inveja é, por assim dizer, uma emoção abstrata: o privilégio não precisa dar acesso a uma fruição especial da vida (sensual ou espiritual, tanto faz), ele só precisa suscitar inveja. Ou seja, privilégio não é o que faço ou o que acontece de extraordinário em minha vida, mas o olhar invejoso dos outros.

Nesse mundo, em que a inveja é um regulador social, as aparências são decisivas porque elas comandam a inveja dos outros. Por exemplo, o que conta não é "ser feliz", mas parecer invejavelmente feliz.

Nesse mundo, o ter é mais importante do que o ser apenas porque, à diferença do ser, o ter pode ser mostrado facilmente. É simples mostrar o brilho de roupas e bugiganga aos olhos dos invejosos. Complicado seria lhes mostrar vestígios de vida interior e pedir que nos invejem por isso.

O Facebook é o instrumento perfeito para um mundo em que a inveja é um regulador social. Nele, quase todos mentem, mas circula uma verdade de nossa cultura: o valor social de cada um se confunde com a inveja que ele consegue suscitar.

Comecei a escrever essa coluna depois de assistir a "Bling Ring: A Gangue de Hollywood", de Sofia Coppola (uma tradução por "Bling Ring" seria "A Turma do Deslumbre"). A não ser que outro tema se imponha com força, voltarei a falar sobre o filme. Mas digo já: saí do cinema muito feliz por não ter levado nenhum adolescente comigo (respeitando a indicação para acima de 16 anos). 

Contardo Calligaris / Folha de São Paulo

Ex 'vira' assombração quando falta entrega em nova relação

Os fantasmas se divertem

Os fantasmas se divertem
Conviver com o passado é conviver com a nossa história, seus fatos, personagens e acontecimentos, banhados em sentimentos de todos os tipos. Algumas vezes o passado é bem digerido e não gera maiores conflitos, outras vezes ele surge inesperadamente com uma força difícil de controlar.

Como tratamos de relações amorosas, vamos falar de quando elas sofrem algum tipo de interferência dessa ordem. Seja porque um dos membros do casal se abala com sua própria história, seja porque um ex resolveu voltar em cena trazendo insegurança para a atual relação.

São duas situações distintas, mas igualmente incômodas. Quando o próprio se abala com a aparição de uma ex, ele mesmo precisa entender porque reagiu dessa forma e se está de fato pronto para viver um novo namoro. Precisa de maturidade e uma profunda investigação de seu mundo interno. São pessoas que apesar de tentarem, não conseguem se entregar a um outro relacionamento e vivem assombrados por uma relação que já acabou. Chamam o ex de fantasma ao mesmo tempo em que não conseguem avançar emocionalmente. Em casos assim, é necessário um importante trabalho de elaboração e desconstrução dessa relação, de forma que o ex deixe de ser um fantasma para se tornar apenas uma lembrança que ficou no passado, em seu devido lugar.

Já na outra possibilidade, quando surge uma ex na hora que o namoro está indo muito bem e é a parceira quem sofre com esse fantasma, algumas medidas precisam ser tomadas pelos dois lados do casal.

A mulher precisa ficar atenta para não trazer com frequência o assunto à tona, correndo o risco de tornar-se chata e repetitiva. A ex, apesar de fazer suas aparições, pode ser uma ameaça maior na sua fantasia do que na realidade, portanto controle sua insegurança e mantenha o foco nas coisas bacanas da relação. Priorize o presente e não alimente o fantasma. Abra o jogo quando algo te incomodar, não precisa ser durona o tempo inteiro. Uma boa conversa pode ser o suficiente para expor o que você sente e deixar seu namorado mais atento.

O rapaz por sua vez, pivô da história, precisa ter uma postura firme e transparente transmitindo segurança para sua atual namorada e de forma alguma incentivando certos comportamentos da ex. É muito lisonjeiro se sentir disputado por duas pessoas, mas se deseja de fato continuar o namoro, é importante que faça uma escolha e abra mão das investidas da ex. Estar em uma relação é uma escolha e nunca uma obrigação, portanto seja maduro e cuidadoso com sua atual namorada.

O passado deve ser o período da vida que nos direcionou e nos ajudou a construir o presente, ele estará para sempre registrado na história de cada um. Quando ele impede que a pessoa evolua, deve-se então avaliar o que ficou mal elaborado, cuidar e arrumar para então poder seguir adiante com garantias de um presente melhor e mais saudável.
http://msnencontros.parperfeito.com.br

24 agosto 2013

Depois do pobre que vira classe média sem sair da pobreza, o Brasil Maravilha inventou o ex-miserável que continua paupérrimo. Vai acabar inventando o mendigo magnata

Para o governo, os mendigos de São Paulo estão acima da classe média   
Às vésperas da celebração dos 10 anos da Descoberta dos Cofres Federais, a presidente da República animou a quermesse do PT com outra notícia assombrosa: falta muito pouco para a completa erradicação da miséria em território nacional. “Mais 2,5 milhões de brasileiras e brasileiros estão deixando a extrema pobreza”, informou Dilma Rousseff em 17 de fevereiro.
Eram os últimos indigentes cadastrados pelo governo federal. Graças aos trocados distribuídos pelo programa Brasil Carinhoso, todos passaram a ganhar R$ 71 por mês. E só é miserável quem ganha menos de R$ 70. Passou disso, é pobre. Nesta segunda-feira, depois de cumprimentar-se pela façanha, Dilma reiterou que o miserável-brasileiro só não é uma espécie extinta porque cerca de 500 mil famílias em situação de pobreza extrema estão fora do chamado Cadastro Único de Programas Sociais.
Como nem sabe quem são, quantos são e onde moram esses miseráveis recalcitrantes, o governo ainda não pôde transferi-los para a divisão superior. “O Estado não deve esperar que essas pessoas em situação de pobreza extrema batam à nossa porta para que nós os encontremos”, repetiu no Café com a Presidenta. Até dezembro de 2014, prometeu, o governo encontrará um por um.
Queiram ou não, estejam onde estiverem ─ num cafundó da Amazônia ou no mais remoto grotão do Centro-Oeste ─, todos serão obrigados a subir na vida. Enquanto isso, perguntam os que não perderam o juízo, que tal resolver a situação dos incontáveis pedintes visíveis a olho nu, o dia inteiro, nas esquinas mais movimentadas de todo o país?
O que espera a supergerente de araque para estender os braços do governo às mãos de crianças que vendem balas, jovens com malabares, adultos que limpam parabrisas sem pedir licença, mulheres que sobraçam bebês, velhos hemiplégicos e outros passageiros do último vagão? Porque não são miseráveis, informam os especialistas em ilusionismo estatístico a serviço dos farsantes no poder.
Desde maio de 2012, por decisão do Planalto, vigora a pirâmide social redesenhada pelo ministro Wellington Moreira Franco, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Segundo esse monumento ao cinismo, a faixa dos miseráveis abrange quem ganha individualmente entre zero e R$ 70 reais. A pobreza vai de R$ 71 a R$ 250. A classe média começa em R$ 251 e a acaba em R$ 850.
Os que embolsam mais de R$ 851 são ricos, e é nessa categoria que se enquadram milhares de seres andrajosos que se plantam de manhã à noite nos principais cruzamentos. Em São Paulo, esmolando oito horas por dia, cada um ganha de R$ 35 a R$ 40. Quase todos rondam os R$ 1.200 por mês. São, portanto, pedintes de classe média. Caso melhorem a produtividade, logo serão mendigos milionários.
Os analfabetos são quase 13 milhões, há mais de 30 milhões de analfabetos funcionais, a rede de ensino público está em frangalhos. Metade da população não tem acesso a serviços básicos de saneamento, o sistema de saúde pública é indecente. As três refeições diárias prometidas por Lula em fevereiro de 2003 nunca desceram do palanque, um oceano de desvalidos tenta sobreviver com dois reais e alguns centavos por dia.
De costas para o mundo real, os vigaristas no comando seguem fazendo de conta que o Primeiríssimo Mundo é aqui. O pior é que uma imensidão de vítimas do embuste parece acreditar na existência do Brasil Maravilha registrado em cartório. E vota nos gigolôs da miséria com a expressão satisfeita de quem vive numa Noruega com muito sol e Carnaval.
Essa parceria entre a esperteza e a ignorância faz milagres. Depois de inventar o pobre que sobe para a classe média sem sair da pobreza, inventou agora o ex-miserável que não tem onde cair morto. Vai acabar inventando o mendigo magnata.

Publicado  na revista VEJA em 26/02/2013 \1 Direto ao Ponto

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