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21 julho 2013

Os últimos livreiros

Alguns dos principais vendedores de livros de Curitiba trabalham hoje em sebos. Esses locais, aos poucos, têm se tornado ponto de encontro de escritores e leitores apaixonados, revivendo a tradição das quase extintas livrarias de rua



Por Luiz Rebinski Junior


 


Foto: Kraw PenasAssim como os cinemas, as livrarias de rua estão quase extintas nas grandes capitais. Em Curitiba, a Livraria do Chain ainda resiste bravamente. A loja que em 1993, em uma enquete realizada pela Folha de S. Paulo, foi considerada a melhor do país em seu ramo de atuação, também ficou conhecida pelos livreiros que abrigou.
Entre 1988 e 1994, alguns dos melhores vendedores de livros da cidade trabalhavam juntos na Livraria do Chain. Eleoterio Burrego, Messias Gonzaga, Gil Cardoso e Marcos Kamarowski formavam o time que ajudou a empresa de Aramis Chain a se tornar uma referência para leitores que queriam, além de livros, um bom leitor que indicasse e falasse sobre títulos interessantes. Hoje, 20 anos depois, quase todos esses vendedores migraram para os sebos. Apenas Gil Cardoso, depois de períodos em outras livrarias, continua trabalhando na Livraria do Chain e exclusivamente com títulos novos.

Com a mudança de paradigma do setor do livro, que migrou quase que todo para debaixo das abas dos shoppings, os sebos acabaram preenchendo o vácuo deixado pelas livrarias de rua, que costumavam ter em seus estoques títulos mais antigos e raros, prática deixada de lado pelas megastores.

Eleoterio Burrego, um dos livreiros mais conhecidos de Curitiba, há cinco anos disponibiliza seus conhecimentos sobre Política, Literatura e Filosofia aos clientes do Sebo Líder, próximo ao centro histórico da cidade. Nos anos 1990, Eleoterio era um vendedor de livros tão requisitado que seu nome não demorou a virar grife. Desde 1975 trabalhando no ramo livreiro, conquistou tantos clientes que em 1998 resolveu abrir seu próprio negócio, primeiro com um grupo de investidores, depois em parceria com o amigo Marcos Kamarowski, outro vendedor formado sob a batuta de Aramis Chain.

A empreitada como dono de seu próprio negócio durou até 2004, quando fechou as portas e foi trabalhar na Livraria e Editora Martins Fontes, em São Paulo. Após essa experiência, Eleoterio voltou a Curitiba e logo migrou para o comércio de livros usados, um território até então desconhecido para ele.


“O livreiro precisa ter uma boa cultura geral, para que possa saber conversar com o cliente e demarcar assim um diferencial em relação aos vendedores de livros das grandes redes.”  Messias Gonzaga, livreiro (foto acima).



Na profissão desde muito jovem, Eleoterio ficou conhecido por ser um profissional que sabia cativar clientes exigentes. E isso fez com que leitores fiéis lhe seguissem onde ele estivesse. Dalton Trevisan, amigo dos tempos da Livraria do Chain, vez ou outra dá as caras no Sebo Líder. O romancista Roberto Gomes aparece com frequência para saber das novidades. A relação com os escritores locais, aliás, é outro traço peculiar na trajetória do livreiro. No começo dos anos 2000, alguns dos lançamentos mais concorridos da cidade eram feitos em sua livraria. Manoel Carlos Karam, Fábio Campana, Jamil Snege, Paulo Venturelli, Miguel Sanches Neto e Cristovão Tezza eram frequentadores rotineiros. As manhãs de sábado costumavam reunir muitas pessoas na loja da esquina das ruas Amintas de Barros e Tibagi, no centro da Curitiba. “Essas manhãs de sábado eram bastante empolgantes, pois os autores se reuniam para comprar e falar de livros”, diz o escritor Fábio Campana. “O Eleoterio e o Messias são vendedores que sabem o que estão falando,o que não se encontra nas megastores de shopping. São dois profissionais em extinção”, completa Campana.
Mesmo autores de outras cidades, durante passagem pela capital paranaense, faziam questão de conhecer o local. Em alguma medida, é esse ambiente que os sebos, com a presença de antigos livreiros, estão resgatando.

“O livreiro precisa ter uma boa cultura geral, para que possa, pelo menos, saber conversar com o cliente e demarcar assim um diferencial em relação aos vendedores de livros das grandes redes. É isso que leitores mais exigentes buscam”, diz Messias Gonzaga, que se juntou a Eleoterio quando o amigo abriu seu próprio negócio.

“Costumo dizer que a profissão não existe. É mais um ofício, em que você vai aprendendo aos poucos. Uma atividade em que é preciso amar os livros”, opina Gil Cardoso, desde 1982 trabalhando como livreiro.

“Em uma livraria ou sebo, a mão de obra é essencial. Na verdade, é ela quem faz a empresa. E o Eleoterio tem a característica de aglutinar pessoas. Lembro que quando eu estava começando, todo mundo só queria ser atendido por ele”, diz Messias. Fã de Elias Canetti — cujo Auto de fé está entre seus cânones —, Messias é outro respeitado livreiro, famoso por suas dicas literárias. Leitor devoto de Machado de Assis e Graciliano Ramos, tem em Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, um livro para toda a vida, que está no cume de seu altar literário. “O Messias foi um ótimo funcionário. É um entendedor de literatura de primeira”, diz o antigo chefe Aramis Chain.

Excetuando um breve período como vendedor de produtos para máquinas copiadoras xerox, Messias dedicou a vida profissional às livrarias. Depois de ter saído da loja de Eleoterio, nos idos de 2002, foi para o Mato Grosso, onde teve sua primeira e única experiência em grandes redes livreiras. “No shopping, vende-se apenas fast-food”, define Messias, que também mantém diálogo com vários escritores locais.
Foto: Kraw Penas
















Uma vida entre livros:
Eleoterio Burrego em
um dos corredores
do Sebo Líder, onde
trabalha há cinco anos.













Reciclando o novo
Com o aumento do número de editoras no país a partir dos anos 1990, os encalhes também aumentaram. Foi mais um filão aproveitado pelos sebos, que compram livros praticamente novos por um preço baixo. Com a experiência da venda do livro novo, vendedores como Eleoterio e Messias, para atrair outro tipo de público, começaram a introduzir lançamentos nas prateleiras entre os livros usados, como Toda poesia, a coletânea que reúne a obra poética de Paulo Leminski e que se tornou best-seller desde que foi lançada.

“Uma das saídas dos sebos tem sido as pontas de estoques das editoras, que após um determinado período — cinco anos, em média —, começam a vender seus títulos mais antigos, para dar lugar aos lançamentos. Muitos sebos surgiram a partir desse comercio com as editoras”, diz Eleoterio, que coleciona traduções de Franz Kafka, seu autor preferido. “Das 27 traduções de A metamorfose lançadas no Brasil, tenho 13.”

Autodidatas

Além de dedicarem a vida aos livros, Eleoterio, Messias, Gil e Marcos têm em comum um traço autodidata que os fez se destacar em um ramo em que a rotatividade de profissionais é muito grande. Eleoterio, por exemplo, veio a Curitiba para ser engenheiro, mas logo cedo o “vício do livro” o pegou. Por isso acabou não fazendo faculdade. Mesmo assim, de tempos em tempos, se dedica ao que chama de seus “mestrados particulares”. Eleoterio se refere a assuntos que lhe interessam muito, como a Revolução Francesa, que durante muitos anos foi objeto de estudo e uma grande paixão.

Tal inteligência e perspicácia é reconhecida por muitos leitores. “Nunca esqueço que o Dalton [Trevisan] me indicou o livro A balada do café triste, da escritora americana Carson McCullhers. Li e gostei muito. Então passei a recomendar aos meus clientes também, sempre lembrando que aquela, na verdade, era uma dica do Vampiro. Desde então, tem sido um dos livros que mais vende por aqui”, diz Messias.
 
 http://www.candido.bpp.pr.gov.br/

MICHAEL JACKSON! Veja como ele seria sem as plásticas!

Se Michael Jackson não tivesse feito tantas cirurgias plásticas, seu rosto seria completamente diferente do que conhecemos hoje. Segundo o artista judicial Stephen Mancusi, da polícia de Nova York, ele se pareceria com o retrato acima. “Em geral, as pessoas ganham peso ao longo da vida. Algumas áreas do rosto, como o queixo e as bochechas, ficam com mais volume”, diz o artista. “Parti de uma foto de Jackson com 12 anos e apliquei a ela as tendências naturais de envelhecimento humano.” O trabalho foi desenvolvido no ano passado por encomenda de uma rede de televisão americana. Mancusi utilizou uma técnica conhecida como “progressão etária”, usada para identificar pessoas procuradas pela lei. A obra foi feita à mão e levou uma semana para ser concluída. “Também é comum ganharmos marcas na testa e ao redor da boca”, diz ele, ressaltando algumas das diferenças entre o verdadeiro e o possível Jackson. O astro que vemos na televisão ostenta atualmente maçãs do rosto mais bem definidas e o queixo, no lugar do volume natural, foi brindado com uma covinha. Mas e quanto ao cabelo? Qual a técnica possível para chegar ao penteado acima? “Me inspirei em uma foto atual de um dos irmãos Jackson. É um cabelo comum entre os homens negros americanos nessa idade”, afirma o artista da polícia. Via Super Interessante


 



 http://www.noticiasdarede.com/2013/07/veja-como-seria-michael-jackson-sem-as.html

20 julho 2013

Morre John Casablancas, fundador da Elite Model

          Montagem Blog LP
John Casablancas em cliques com Cindy Crawford, Claudia Schiffer e outras de suas descobertasVer mais fotos
John Casablancas em cliques com Cindy Crawford, Claudia Schiffer e outras de suas descobertas

Morreu neste 20/07, no Rio, aos 70 anos, o fundador da Elite Model, John Casablancas, em decorrência de um câncer. O nova-iorquino é o grande nome por trás do boom das supermodelos: lançou Naomi Campbell, Claudia Schiffer, Cindy Crawford e Linda Evangelista, todas pela agência que fundou, também responsável pelo começo da carreira de Gisele Bündchen.
Veja Gisele Bündchen em clique sexy na véspera do aniversário
Por ironia do destino, ele morre no dia do aniversário da top gaúcha, de quem guardava mágoa descrita no livro “Vida Modelo” (2008), por ter deixado a Elite assim que começou a despontar. John – que também é pai do roqueiro Julian Casablancas e deixa viúva a brasileira Aline – deu início à Joy Model no Brasil ao lado de Liliana Gomes, ainda no comando da agência junto com Marcelo Fonseca.
Aqui na galeria – é só clicar na foto pra acessar – você vê imagens de John ao lado de suas descobertas!

http://msn.lilianpacce.com.br/moda/morre-john-casablancas-fundador-da-elite-models/

19 julho 2013

Special Sale da última semana da Casa Cor São Paulo


por 
Para quem ainda não foi conferir a Casa Cor em São Paulo nós temos uma super dica. De 18 a 21 de julho, a Casa Cor São Paulo está oferecendo descontos especiais de 30% a 70% para as peças expostas. Imperdível!
Loft da Blogueira por Adriana Noya
Espaço para um homem moderno por Ana Maria Vieira Santos
Os ambientes estão lindos e vale a pena passar lá para conferir nessa última semana de evento. O jardim de entrada também está chamando muita atenção. Ele foi criado por Farah Service e apresenta corações em fibra de vidro com a mensagem “Eu amo muito” que recepcionam os visitantes. Os corações fazem parte de um projeto maior, eles serão leiloados e o dinheiro arrecadado será doado a insituições beneficientes.
Horário:
Terça a Sábado das 12h às 21h30.
Domingos e Feriados das 12h às 20h.

Local:
Jockey Club de São Paulo
Av. Lineu de Paula Machado, 1.173

Ingresso:
De Terça a Sexta-feira: R$ 40,00
Sábados, Domingos e Feriados: R$ 49,00

CAPOANI Grifes Nacionais e Internacionais com atendimento personalizado em ambiente de luxo e requinte



MAISON CAPOANI


Capoani Private Label
Costumes e paletós fabricados na Europa, e confeccionados com os melhores tecidos do mundo, como linha Trofeo, top da marca Ermenegildo Zegna, as três melhores linhas da CERRUTI, a linha 180 turbo, a Nobility, e a Prestige, e os tecidos LORO PIANA, MARZOTTO e REDA.

Ricardo Almeida
Os ternos e criações de Ricardo Almeida vestem personalidades e homens modernamente elegantes em todo o Brasil. O estilista mantém-se à frente das etiquetas nacionais masculinas, por inovar sempre em modelagens, cores, tecidos e, é claro, por garantir qualidade e conforto.


Ricardo Almeida Feminino
Pensando no público feminino o estilista preferido de alguns dos homens mais importantes do país lança a linha de alfaiataria feita só para elas. Com modelagens que acompanham as formas do corpo e cuidando sempre com o acabamento de suas peças.


Ermenegildo Zegna
Uma das mais tradicionais marcas de luxo do mundo da moda, a italiana Ermenegildo Zegna é conhecida por seus ternos impecáveis e coleções elegantes, perfeitas para homens que valorizam, sobretudo, a qualidade de cortes e materiais.


Just Cavalli
O italiano Roberto Cavalli sabe como ninguém combinar a elegância à sensualidade. A sua linha Just Cavalli, mais jovem e informal, se destaca por cores e estampas vibrantes, modelagens que valorizam o corpo e detalhes extravagantes.


Galliano
Galliano revolucionou uma das marcas mais tradicionais da indústria de luxo e trouxe um novo conceito de glamour, fantasia e espetáculo para a moda. Com a sua saída no início de 2011, Bill Gaytten assumiu como novo diretor criativo da grife e vem desempenhando a função com muita ousadia e inovação.

Armani Jeans
A grife esportiva de Giorgio Armani, um dos estilistas mais influentes da atualidade, veste homens e mulheres de estilo casualmente moderno.

DVF
Diane Von Furstenberg iniciou a carreira criando peças que chamaram a atenção. Sua principal invenção, nos anos 70 foi o vestido envelope. Diane desenha peças únicas e com identidade muito característica. A marca mostra a mulher prática e moderna, preocupada com os acontecimentos do mundo.


Dsquared²
A marca Dsquared² é o resultado de paixões em comum entre os irmãos gêmeos, Dan e Dean Caten, por moda, arte e música. Já assinaram o figurino de artistas renomados como Madonna e Christina Aguilera. Durante anos, a filosofia de Dsquared² foi representada em campanhas irônicas e irreverentes, atingindo posteriormente um tom mais sofisticado.

Oma Tees
Oma significa avó em alemão, uma homenagem que a estilista Claudia quis fazer à sua avó. Tees é uma forma de abreviação utilizada para T-Shirts. A marca especializada em camisetas femininas foi criada em 2009 e traz em suas roupas memórias da arte, moda e cultura.

Seven
O grande destaque da Seven é o jeans Premium Denin de qualidade superior que dá vida às disputadíssimas calças, famosas por sua modelagem impecável e pelas lavagens especiais. É a marca preferida de inúmeras celebridades ao redor do mundo.


Carmim
A Carmim transmite uma imagem moderna, jovial e sofisticada. Referência na moda brasileira, ela é conhecida também por sua excelente e ampla linha de produtos ricos em detalhes.


Gant
Com origem nas tradições e estilo de vida da Costa Leste Americana, a GANT é uma marca de estilo verdadeiramente internacional, que se baseia em uma atitude casual e confortável, mas sempre elegante e com um toque de sofisticação cosmopolita.


Penguin
A Original Penguin é uma clássica marca americana de moda masculina. Criada em 1955, a grife se tornou ícone do mundo da moda, moderna e sempre ligada às tendências.

Diesel
Atitudes conscientemente provocadoras e jeans de caimento impecável formam a receita que conferiu à Italiana Diesel o status de grife jovem mais disputada entre homens e mulheres.


Hugo Boss
Uma das marcas mundiais mais consagradas da moda, a alemã Hugo Boss cria coleções elegantes e contemporâneas, para homens e mulheres, urbanos e bem-sucedidos.


Ralph Lauren
Suas roupas e acessórios combinam o estilo clássico e sofisticado com o descontraído e esportivo, em uma moderna interpretação americana da moda. Sua grande maioria carrega um símbolo de puro status: um jogador de pólo e seu cavalo.


Tommy Hilfinger
A marca se encaixa no perfil de adeptos de um visual esportivo clássico. Símbolo de alta qualidade, a Tommy Hilfinger conquistou o público com uma vasta gama de vestuário de alta qualidade, acessórios e produtos lifestyle.


G –Star Raw
A grife Holandesa G-Star sempre se preocupou muito em introduzir a sarja, misturando o nível de elegância da mesma com o lado despojado das ruas. A marca de jeans é influenciada pelas tendências da moda Européia e também pelas roupas militares, especializada em calças jeans, de denim “Raw” ou cru, deslavadas e destratadas, antes mesmo de serem construídas.


Rockstter
Moda masculina atual, sem idade e sintonizada com o que há de novo, independente de padrões e rótulos. Uma moda para as mais diversas situações e ocasiões.


Cris Barros
À frente da marca a estilista paulistana Cris Barros cria roupas que expressam seus sentimentos e vivências. Com estilo romântico, a marca é objeto de desejo das mulheres brasileiras.

Le Lis Blanc 
costura seus produtos exclusivamente para a mulher elegante, cosmopolita com essência nacional, sem folclores, conectada às tendências e, principalmente, cheia de personalidade.


Forum
Emblema da moda nacional, a Forum traz de volta a essencialidade do clássico. Dotada de uma personalidade muito própria, suas coleções têm sempre por base a cultura do Brasil, a chamada brasilidade.



Richards
Richards significa saber estar à vontade, confortável, cômodo, bem vestido. Não estar under, nem over. É um estilo de vida que corresponde ao modo de agir e pensar, a uma filosofia do estar, que define uma visão de mundo e de comportamento.


Iodice
Sensualidade e contemporaneidade. Coleção feminina com design e qualidade, com a essência de sua origem no Jersey e distribuídas em todo Brasil e exterior.


Spezzato
A SPEZZATO é uma marca de moda feminina que foi fundada no ano de 1986 pelas sócias Andréa Chammas Kurbhi e Roberta Nahas, com espírito inovador, conquistou rapidamente o marcado nacional.


Animale
A mulher Animale gosta de moda e tem prazer em vestir a marca. A marca conquista seu espaço com originalidade para uma mulher sofisticada, ousada e exigente. Para isso, aposta em uma imagem de moda própria e versátil.


BOBSTORE
A Bobstore tem o objetivo de agradar a mulher em frente ao espelho. A verdade refletida no espelho é a mais importante e valiosa. Se a mulher estiver se sentindo bem com a imagem que enxerga ali, estará segura e logo, poderosa, bonita e feliz. A Bobstore faz roupas para este momento, e conseqüentemente veste bem a mulher em qualquer horário e ocasião.


FYI
Podemos dizer que a FYI é mais uma filha para a marca Animale. A marca possui uma pegada jovem e carioca, porém focada em uma menina que não vive somente entre as ondas do Rio de Janeiro, e sim aquela que viaja o mundo.


John John
A marca John John nasceu do sonho de produzir o melhor jeans do mundo. João Foltran pesquisou muito em busca de novas técnicas de lavagem, costura e modelagem, tornando as peças objetos de desejo, atendendo um público de espírito jovem, descolado, que não se prende a tribos, não tem barreiras e prezam pelo conforto e estilo.

18 julho 2013

SAPATOS FAMOSOS

Alguns personagens possuem características tão específicas, que não é necessária sua imagem completa para que sejam lembrados. Podem ser reconhecidos por sua voz, roupas, ou até mesmo um acessório. Federico Mauro, designer italiano, criou um projeto usando como base sapatos, tênis, botas e chinelos de personalidades conhecidas do cinema, dos palcos e, até, dos campos de futebol.
A série possui mais de 30 montagens e pode ser conferida aqui.


Fonte http://www.capoanionline.com.br/blog/

17 julho 2013

Ronaldo Correia de Brito... Um Escritor na Biblioteca!


Foi a partir do romance Galileia (2008) que Ronaldo Correia de Brito começou a se tornar mais conhecido em todo o Brasil — e até no exterior. A longa narrativa que reinventa o sertão brasileiro rendeu ao escritor cearense o Prêmio São Paulo de Literatura. Nascido em 1951, em Saboeiro (CE), Brito já havia escrito e publicado outros livros antes de Galileia. Em 1983, dirigiu Maracatus misteriosos, peça de teatro de sua autoria. A partir da coletânea de contos Faca (2003), recebeu convite para ser escritor-residente na Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA). Após Galileia, o escritor publicou o livro de contos Retratos imorais (2010) e o romance Estive lá fora (2012).
Durante edição do projeto “Um escritor na Biblioteca”, Brito recuperou fragmentos de seu percurso de escritor e leitor, que tem na Bíblia uma obra fundamental. “O livro que mais li, sempre releio e vou continuar lendo minha vida toda é a Bíblia. No meu entendimento, trata-se de um excelente livro de narrativas. A Bíblia é um livro de autores, de várias vozes interessantíssimas. Nunca busquei na Bíblia um livro religioso, mas uma obra de narrativas, de metafísica e poesia”, disse, em entrevista mediada pela jornalista Mariana Sanchez.

Morador do Recife desde 1969, o escritor é médico há 43 anos. Brito diz que a medicina é fundamental para sua vida e ficção. “A medicina me dá o substrato diário, me apresenta histórias, me alimenta e, ao mesmo tempo, essa profissão também é o um exercício diário com o ser humano. Medicina é o contato diário com a dor, com o sofrimento, e isso é necessário porque o mundo da literatura, muitas vezes, se torna vago, abstrato demais. Lidar com pacientes traumatizados, acidentados, com todo tipo de dor, é muito real, me leva para uma dimensão mais humana, me deixa com os pés mais no chão”, afirmou. Brito também contou que leu clássicos da literatura com falhas, devido à ação de traças e cupins e se tornou escritor para preencher essas lacunas. Psicanálise, intoxicação de Guimarães Rosa, mitos, bibliotecas, desinteresse por futebol e outros assuntos também entraram no bate-papo.

Confira, a seguir, os principais momentos.





Foto: Guilherme Pupo

Vida é imaginação
Em Estive lá fora, meu mais recente romance, tem uma cena emocionante sobre biblioteca, em que o personagem, quando chega em casa após uma longa viagem, encontra vários livros, e se apaixona por eles mesmo não sabendo ler. E, aí, ele fala que irá se casar com a dona desses livros. Essa passagem ilustra bem como é o meu processo de criação, uma vez que essa história é verdadeira. Um judeu amigo meu, médico lá de Recife, quando era rapaz foi fazer um intercâmbio em Israel. Ele foi até a casa de uma família e, quando entrou, se deparou com diversos livros em cima de uma mesa e ficou totalmente apaixonado pelos títulos. Naquele instante, ele tomou a decisão de que se casaria com a dona daquelas obras. Ela era uma judia, uma pessoa muito culta, que falava hebraico, inglês e português. Eles se casaram e, de fato, aproveito essa história a respeito da qual eu tinha conhecimento, que é uma história de amor, uma paixão repentina pelos livros, com um imenso arrebatamento.

 
Os livros e a vida
A história da minha mãe é emocionante e diz respeito aos livros. Ela era professora primária e foi contratada para trabalhar em uma fazenda dando aulas inclusive a moradores semianalfabetos. Eram pessoas que mal sabiam assinar o nome. Ela foi ensinar esses alunos, de vários níveis de compreensão, e um dos alunos era o meu pai, que tinha 19 anos, mal sabia ler e acabou se apaixonando pela professora. A família de minha mãe não aceita o relacionamento, então meu pai viaja com a minha mãe para o sertão, e ela leva o que viria a ser a minha primeira biblioteca: um caixote de livros.

 
Um caixote maior que o mundo
Foi por meio do conteúdo daquele caixote, no qual havia livros de aritmética, gramática e uns poucos romances, que meu pai aprendeu a ler. Ver meu pai sentado em uma mesa lendo até o amanhecer é uma das lembranças mais fortes da minha vida.

 
Alfabetização
Na casa onde passei a minha infância, a rotina noturna era mais ou menos a seguinte: minha mãe ficava na sala bordando ou costurando e meu pai remendava as roupas de couro e bordava as selas. Sob a luz de um candeeiro, eu folheava um livro ilustrado por Gustave Doré, A história sagrada, obra que reunia trechos do Velho e Novo Testamentos. Meu processo de alfabetização aconteceu, basicamente, em textos do Novo Testamento, onde Cristo era açoitado, coroado de espinhos. Eu tinha três, quatro anos.


“Acredito em um regionalismo geográfico. Os escritores precisam ter uma pátria, um lugar, o que é fundamental para uma boa literatura.”


Lacunas em Crato
Então, a minha família se muda para o Crato, onde moravam uns parentes. Conto isso porque, no Crato, morava um primo rico que tinha uma imensa biblioteca, onde eu pude ler toda a obra de Machado de Assis, de José de Alencar, de Monteiro Lobato, entre outros. E li de uma maneira tão definitiva que nunca mais precisei reler Machado de Assis e José de Alencar. Aquele primo também tinha uma casa no campo com uma biblioteca, algo raríssimo para a época. Era um luxo, uma biblioteca imensa. Só havia um problema: não havia nenhuma conservação. E, com o tempo, traças e cupins começaram a consumir os livros. Eu lia os enredos com buracos nas páginas. E, dessa maneira, li parte significativa de obras clássicas faltando partes do livro, com muitos buracos. Por isso, digo que a minha formação é incompleta, fragmentada, por ter sido feita em obras clássicas nas quais faltavam pedaços.

 
Escuta psicanalítica
A minha leitura era mais ou menos como a escuta psicanalítica, em que o paciente vai repetindo o seu discurso e sempre faltam pedaços. Digo isso porque talvez eu tenha me transformado em um escritor na tentativa de preencher esses buracos, essas grandes lacunas que existiram na minha vida.

 
Dez anos no divã
Eu sou psicanalisado. Passei dez anos em um divã, quatro vezes por semanas, cinquenta minutos por sessão. Por aí se vê como o meu caso é muito grave. Também tenho formação psicanalítica. Então, trabalho muito com essa questão do buraco, da falta, do que é preciso produzir para preencher essa falta, preencher esse não lugar.

 
Releitura
Sou um sujeito que lê obsessivamente. Um leitor meticuloso que lê e memoriza. De modo geral, ao terminar um livro, eu o sei de cor. Minha memória é impressionante. Diria que quase nunca esqueço uma referência bibliográfica. Por exemplo, posso me lembrar hoje de que em tal livro, de tal autor, provavelmente em tal passagem, deve ter uma citação sobre o tema tal. E quando estou escrevendo, pego o livro que li há 30 anos e localizo o trecho com precisão. Em geral, acerto. Leio muito vagarosamente. Jamais deixo de ler um livro até o fim. Até obras que não gosto. Essas eu leio como um exercício de como não escrever. Acho que os livros ruins nos ensinam muitas coisas. Levo os livros muito a sério. Tenho muito cuidado com toda e qualquer obra. Talvez porque eu saiba que alguns livros foram plantados em mim e resultaram em ganhos — para sempre.


“A Bíblia é um livro de autores, de várias vozes interessantíssimas. Se me perguntam qual foi o autor que mais me influenciou, confesso que são os autores da Bíblia.”


Machadinho e Alencar
Comentei anteriormente que deixei de ler José de Alencar e Machado de Assis porque li a obra dos dois de forma obsessiva nos anos de formação. De fato, li toda obra do Alencar e do Machado, o que não recomendo a ninguém. Como, em determinado contexto, eram os únicos livros que eu tinha ao meu alcance e eram completos, sem buracos de traças, então os li fortemente. Não voltei a esses escritores até que em Retratos imorais, meu livro de contos, logo no primeiro texto, uma personagem debocha muito de Machado e José de Alencar. O Machado, pela mania de dizer cousa, e o Alencar pela mania das reticências.

 
Foto: Guilherme Pupo
Rosa e o sacolejo
Há outro escritor que parei completamente de ler por causa da prosódia. Trata-se de um escritor que inventou um idioma e que criou um ritmo embriagador. Antigamente, andava-se muito de trem e eram viagens longas, de 12 horas, e o trem tinha um sacolejo estranho. Você tinha a sensação de que estava sendo jogado para frente e para trás e, depois de se fazer uma longa viagem de trem de 12 ou 14 horas, você ainda sentia alguns dias o corpo sendo balançado. Você ia andando e ainda tinha a impressão que estava no trem. Existe um escritor que tem esse mesmo ritmo, essa coisa que mexe fisicamente com a gente: é o Guimarães Rosa.



Intoxicação
Guimarães Rosa é o escritor que tem o que mais aprecio na literatura: a mais alta poesia e a mais alta metafísica. Gosto muito de uma escrita metafísica. Em Estive lá fora tem um momento em que um personagem debocha, dizendo que o mal, a doença de todos eles é o excesso de metafísica. Acho que passei um tempo meio intoxicado de tanta metafísica, mas eu gosto da metafísica no Grande sertão: veredas. Mesmo assim, não tenho influências de Guimarães Rosa, até porque parei de lê-lo. Sonho com o dia em que vou parar de escrever e só vou ler Guimarães Rosa, porque gosto muito dele. Quando estava lendo o Grande sertão: veredas, lembro que saí de casa porque queria terminar de ler o livro sozinho. Estava de tal maneira envolvido e apaixonado pelo livro, era tão arrebatador, que não queria partilhar com ninguém, não queria estar junto de ninguém no instante em que eu estivesse com aquele livro. Então, Guimarães é um autor que eu não leio. Não porque não gosto, mas porque gosto demais.



Em busca de leitores
O que eu mais queria na vida era ter leitores. É o que todo escritor deseja: ter leitores. Agora, um escritor precisa escrever aquilo que acredita. Tem que ter seu ritmo, seus experimentos com a linguagem, essa liberdade de escritor. Existe um desejo e existe uma exigência. Então, o desejo de ter leitores e a exigência de ser o escritor que você quer ser, que você deseja vir a ser. Imagine como foi difícil para o Guimarães Rosa fazer aquela escolha de construir uma língua. Também penso hoje como deve ser difícil as pessoas lerem as obras Guimarães Rosa em outros países: ele é intraduzível. Ao mesmo tempo, admiro e considero pertinente a existência de um escritor como o Luis Fernando Verissimo, que conquista tantos leitores e é tão agradável de ler. Hoje, há um grande impasse porque o escritor brasileiro está flertando com o mercado internacional e, neste contexto, como um autor como Guimarães Rosa vai sobreviver se quiser inventar um idioma que é intraduzível?


“Quero escrever sobre as questões que me interessarem, sobre o que eu quiser. Não sou nem estou preso a nenhum cânone, a nenhuma fantasia sobre literatura brasileira.”


Médico
Guimarães Rosa disse que se tornou escritor graças ao convívio com o povo, graças ao exercício da medicina, entre outros fatores. O escritor russo Anton Tchekhov foi uma pessoa que passou a vida toda entre o que ele chamava de amante, que era a literatura, e a esposa, que era a medicina. Certamente, eu não seria o escritor que sou não fosse a medicina.

 
O futebol e outros dribles
Recentemente, recebi uma encomenda para um antologia de contos sobre futebol, que vai sair na Alemanha. E, confesso, futebol é uma coisa que detesto, sempre detestei. Nunca tive ligação com futebol. Imagine, escrever sobre o futebol: tudo por causa de um convite. Sei de duas antologias que vão sair na Alemanha, uma sobre futebol e a outra sobre violência. O imaginário sobre o Brasil é sempre o mesmo. O legado de Jorge Amado, da literatura de mulatas charmosas, de exotismo, continua sendo o legado da literatura brasileira. Há um estereótipo ainda do que é a escrita brasileira e, em alguma medida, exige-se que os escritores produzam um tipo de romance. Não quero escrever apenas sobre determinado assunto, seja miséria, tráfico de drogas, violência em favelas, mulheres gostosas e vida sexual desbragada. Quero escrever sobre as questões que me interessarem, sobre o que eu quiser. Não sou nem estou preso a nenhum cânone, a nenhuma fantasia sobre literatura brasileira.



Cura e prosa
Todos os dias ouço histórias maravilhosas devido a essa profissão. A medicina me dá o substrato diário. Eu tive que escrever sobre futebol e, então, lembrei de um paciente que tentou ser jogador, foi fracassado e chegou todo quebrado em minha enfermaria para eu tomar conta. Durante um mês ou dois, escutei as histórias dele. Escrevi um conto que ficou muito bom. É uma história que exclui totalmente o futebol e entra somente na questão do homem. A medicina me apresenta histórias, me alimenta e, ao mesmo tempo, essa profissão também é o exercício diário com o ser humano. Medicina é o contato diário com a dor, com o sofrimento, e isso é necessário porque o mundo da literatura, muitas vezes, se torna vago, abstrato demais. Lidar com pacientes traumatizados, acidentados, com todo tipo de dor, é muito real, me leva para uma dimensão mais humana, me deixa com os pés mais no chão. Já tenho idade para me aposentar, mas não pretendo. Vou continuar indo diariamente aos hospitais.

 

Foto: Guilherme Pupo

“Guimarães Rosa é o escritor que tem o que mais aprecio na literatura: a mais alta poesia e a mais alta metafísica.”


Inevitável
Uma vez perguntaram ao escritor Isaac Bashevis Singer o motivo de ele escrever sobre prostitutas e ladrões judeus. Aí ele respondeu que não poderia escrever sobre prostitutas e ladrões espanhóis porque não conhecia os espanhóis, mas sim os judeus. Por ser médico, vou sempre trabalhar com personagens médicos porque vivo, há exatamente 43 anos, a medicina. Conheço muitos médicos, estudantes de medicina e pacientes. Então, a medicina sempre será o meu universo. Nesse meio posso errar menos.



Mitos
Perdemos toda nossa relação com o sagrado. A pós-modernidade rompe definitivamente com o sagrado, e isso é uma premissa que coloca o homem em uma situação meio niilista. Sem o mito, o ser humano perde a relação com o que está no passado, e o que está lá no passado é sempre o mito. Mesmo tendo uma formação científica, sendo médico e psicanalista, jamais perco essa perspectiva, das tradições religiosas, com aquilo que é sagrado, mítico e fundamental. A minha literatura busca, justamente, um equilíbrio, como se eu abrisse as pernas e com a ponta de um pé tentasse alcançar a pós-modernidade e, com o outro pé, me mantivesse ligado com uma outra corrente de energia. Seria isso o que chamo de mito.



Bíblico
O livro que mais li, sempre releio e vou continuar lendo por toda minha vida é a Bíblia. No meu entendimento, trata-se de um excelente livro de narrativas. A Bíblia é um livro de autores, de várias vozes interessantíssimas. Se me perguntam qual foi o autor que mais me influenciou, confesso que são os autores da Bíblia. Nunca busquei na Bíblia um livro religioso, mas uma obra de narrativas, de metafísica e poesia. As profecias de Isaías, Ezequiel e Jeremias são a mais alta poesia que a humanidade produziu.



Boca de Deus
Na Bíblia, os profetas se apresentavam como a “boca” de Deus. Passei minha vida estudando as religiões africanas e, nelas, as pessoas que recebem o santo são denominadas de cavalos dos orixás. São cavalos, portanto, recebem o seu Deus como cavalos porque a principal manifestação divina neles é por meio da dança, é pela expressão do corpo — é a partir da linguagem gestual que a divindade se manifesta. Já na Bíblia, os profetas são a mão e a boca de Deus porque eles escrevem e falam as palavras de Deus. Eu me identifico mais em ser a boca de Deus, em ser alguém que recebe a escrita ou a fala de Deus do que alguém que dance, apesar de admirar muito, e até invejar, as pessoas que são capazes de falar com o corpo.

Depois de Freud
Acredito que depois de Freud (1856-1939) não existe literatura não psicanalisada. Toda a literatura do Ocidente, a norte-americana e a europeia, é psicanalisada. Aliás, a psicanálise, antes mesmo de Freud, é inaugurada com Fiódor Dostoiévski (1821-1881), um escritor russo completamente psicanalisado e que psicanalisa muito os seus personagens. Para conferir isso, basta ler Os irmãos Karamazov e perceber como ele analisa as crises epiléticas de um personagem.





Foto: Guilherme Pupo

A jornalista Mariana Sanchez conduziu o papo com Ronaldo Correia de Brito no auditório da BPP.

Toda psicanálise

Eu sou psicanalisado, sou formado em psicanálise, mas não a exerço. Não quis seguir com a psicanálise, apesar do alto custo da minha formação, porque achei que a escuta psicanalítica iria atrapalhar a minha escrita. Não conheço bons escritores psicanalistas. São, no máximo, bons escritores de textos, não de literatura. A psicanálise me ajuda muito na leitura e na compreensão de textos, e ela sempre aparece, como, por exemplo, no romance Galileia. O personagem Adonias é psicanalisado, mas em um momento ele pede o dinheiro de volta, alegando que a análise não funcionou: o Adonias esbraveja contra a psicanálise.


Regionalismo
Acredito em um regionalismo geográfico. Os escritores precisam ter uma pátria, um lugar, o que é fundamental para uma boa literatura. Você imaginaria Gabriel García Marquéz sem Aracataca? E o William Faulkner sem o Mississipi? Proust e Balzac sem Paris? Machado de Assis sem o Rio de Janeiro? E Guimarães Rosa sem os gerais de Minas? Impossível. Disseram que o meu romance Galileia reinaugura um olhar sobre o sertão, e isso eu acato. Antes, havia um olhar sobre o sertão por meio do sertanejo romântico de José de Alencar; de Os sertões, do Euclides da Cunha; do Grande sertão: veredas, do Guimarães Rosa; de Vidas secas, do Graciliano Ramos, que apresenta um olhar mais social. Em Galileia, reinvento sim o sertão e, detalhe, fora de qualquer cânone da cartilha regionalista. Os personagens saem de pontos variados do mundo e se movimentam para se encontrar na Galileia, e aí é criado um novo sertão, que possui elementos da tradição mítica.


Invenção
Quando recebi o convite para escrever um conto sobre futebol, assunto que é difícil para mim, tudo se modificou no momento em que encontrei um paciente com uma história interessante e, devido a isso, consegui desenvolver algo. Toda escuta psicanalítica é uma escuta divagante. A gente escuta aquilo que mais interessa. São fragmentos e o resto você compõe. Então, conviver com pacientes, no exercício da medicina, me proporcionou pedaços, mas na minha história, tive de situá-lo em um tempo. Por exemplo, quando tinha cinco anos eu ficava na janela da minha casa, no Crato, e passavam jogadores de futebol vindo de uma quadra. O que me impressionava era o mal cheiro que o corpo deles exalava. Eles vinham com aquelas chuteiras fazendo barulho, sem camisa, falando muito alto, suados e com aquele cheiro. Então, eu tinha um repertório importante para escrever meu conto. Depois, lembrei de um time composto por açougueiros da cidade. Daí, o meu paciente vai virando açougueiro, mesmo sem ter cortado um pedaço de carne na vida. Acabei buscando elementos para compor esse meu personagem cortador de carne. Então, são vários elementos que entram no meu processo de invenção literária. Os sonhos que aparecem em Estive lá fora são sonhos que eu tive. É incrível, mas nos dois anos que eu passei escrevendo o livro vivi obsessivamente aqueles sonhos. Gostaria de dizer ainda que tenho colegas que sempre achei que renderiam ótimos personagens. Então, a pessoa percebe que estou querendo arrancar coisas delas, e mais tarde essa pessoa aparece em alguma história literária. Algumas ficam com muita raiva, às vezes, acontece algum problema. Mas é assim mesmo que funciona. Também posso criar personagens a partir de eu mesmo.



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10 julho 2013

Duo Teixeira Santos toca MPB e música de câmara na Biblioteca

Surgido em 2011, o Duo Teixeira Santos traz na bagagem um repertório variado que possibilita a exploração das peculiaridades timbrísticas de sua formação (violão de 7 cordas e ceramofone).
Surgido em 2011, o Duo Teixeira Santos traz na bagagem um repertório variado que possibilita a exploração das peculiaridades timbrísticas de sua formação (violão de 7 cordas e ceramofone).
O Duo Teixeira Santos, formado pelos músicos Marcelo Teixeira e Iê dos Santos, promete unir a sonoridade camerística a um repertório de música popular, na Biblioteca Pública do Paraná. A apresentação, com início às 17h30, faz parte do projeto “Música na Biblioteca”, que semanalmente reúne artista dos mais variados gêneros para shows no hall térreo da BPP.

Formado em 2011, o Duo Teixeira Santos já trabalhou com o grupo Rosa Armorial e com a Orquestra à Base de Sopro, com a qual gravou um DVD ao vivo, tendo André Mehmari como convidado. Também participou da gravação de um CD ao vivo com Gabriele Mirabassi.

Seu repertório conta com temas de grandes representantes da música que transitam na fronteira entre o popular e o erudito, o que permite ao Duo Teixeira Santos desenvolver um trabalho com elementos de ambas as escolas.

Os músicos
Marcelo Teixeira é instrumentista, pesquisador e arranjador. Transita entre diferentes estilos musicais, como música de câmara e jazz, apresentando-se como solista em diferentes formações instrumentais. Além de suas atividades didáticas em cursos e oficinas, participa frequentemente de gravações e da elaboração de arranjos. É mestre em música pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde desenvolveu uma pesquisa ligada ao violão de sete cordas.

Iê dos Santos é autor do livro Estudos e peças para pandeiro brasileiro. Como instrumentista, tem se apresentado com músicos como Ronaldo do Bandolim, Gabriele Mirabassi, Toninho Carrasqueira, André Mehmari, Léa Freire, Toninho Ferraguti, Laércio de Freitas, Arrigo Barnabé e Joyce, entre outros.


Serviço:
Música na Biblioteca — Duo Teixeira Santos
Data: 19 de agosto
Horário: 17h30
Local: Hall térreo da Biblioteca Pública do Paraná. (R. Cândido Lopes, 133)
Mais informações: (41) 3221-4900/ www.bpp.pr.gov.br
Entrada franca



Programação da Biblioteca Pública do Paraná - Julho 2013

Segunda à sexta 11h e 15h - HORA DO CONTO – Térreo Infantil

Sábados

09h - CURSO DE ALFABETO BRAILLE – Auditório Paul Garfunkel
10h - CURSO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS (com Rodrigo Belato)- Sala de reuniões - 3º andar
11h - HORA DO CONTO – Térreo Infantil

Quintas 18h

OFICINA PERMANENTE DE POESIA - Sala de reuniões — 3º andar

Dia 3

19h - UM ESCRITOR NA BIBLIOTECA (Bernardo Carvalho) - Auditório Paul Garfunkel

Dia 5

17h – CINECLUBE JORGE DE SOUZA - Auditório Paul Garfunkel
17h30 – MÚSICA NA BIBLIOTECA (Ângelo Esmanhoto) – Hall Térreo

Dia 11 a 13

14h às 18h - OFICINA BPP DE CRIAÇÃO LITERÁRIA – Crítica Literária (com Luís Augusto Fischer) - Sala de Reuniões (3º andar)

Dia 12

13h – TORNEIO DE XADREZ - Hall do 2º Andar
17h – CINECLUBE JORGE DE SOUZA - Auditório Paul Garfunkel
17h30 – MÚSICA NA BIBLIOTECA (Daniel Migliavacca) – Hall Térreo

Dia 13

13h – ENCONTRO DOS JOGADORES DE RPG - Hall do 2º Andar
18h - UMA NOITE NA BIBLIOTECA

Dia 19

17h – CINECLUBE JORGE DE SOUZA - Auditório Paul Garfunkel
17h30 – MÚSICA NA BIBLIOTECA (Duo Teixeira Santos) – Hall Térreo
Dia 20
9h – OFICINA - "Literalmente a gente canta - a música como estratégia de ensino em literatura" - Auditório Paul Garfunkel

Dia 26

17h – CINECLUBE JORGE DE SOUZA - Auditório Paul Garfunkel
17h30 – MÚSICA NA BIBLIOTECA (Sincopé) – Hall Térreo

Dia 31

16h – MEMÓRIA PARANAENSE – Auditório Paul Garfunkel

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