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19 julho 2013

CAPOANI Grifes Nacionais e Internacionais com atendimento personalizado em ambiente de luxo e requinte



MAISON CAPOANI


Capoani Private Label
Costumes e paletós fabricados na Europa, e confeccionados com os melhores tecidos do mundo, como linha Trofeo, top da marca Ermenegildo Zegna, as três melhores linhas da CERRUTI, a linha 180 turbo, a Nobility, e a Prestige, e os tecidos LORO PIANA, MARZOTTO e REDA.

Ricardo Almeida
Os ternos e criações de Ricardo Almeida vestem personalidades e homens modernamente elegantes em todo o Brasil. O estilista mantém-se à frente das etiquetas nacionais masculinas, por inovar sempre em modelagens, cores, tecidos e, é claro, por garantir qualidade e conforto.


Ricardo Almeida Feminino
Pensando no público feminino o estilista preferido de alguns dos homens mais importantes do país lança a linha de alfaiataria feita só para elas. Com modelagens que acompanham as formas do corpo e cuidando sempre com o acabamento de suas peças.


Ermenegildo Zegna
Uma das mais tradicionais marcas de luxo do mundo da moda, a italiana Ermenegildo Zegna é conhecida por seus ternos impecáveis e coleções elegantes, perfeitas para homens que valorizam, sobretudo, a qualidade de cortes e materiais.


Just Cavalli
O italiano Roberto Cavalli sabe como ninguém combinar a elegância à sensualidade. A sua linha Just Cavalli, mais jovem e informal, se destaca por cores e estampas vibrantes, modelagens que valorizam o corpo e detalhes extravagantes.


Galliano
Galliano revolucionou uma das marcas mais tradicionais da indústria de luxo e trouxe um novo conceito de glamour, fantasia e espetáculo para a moda. Com a sua saída no início de 2011, Bill Gaytten assumiu como novo diretor criativo da grife e vem desempenhando a função com muita ousadia e inovação.

Armani Jeans
A grife esportiva de Giorgio Armani, um dos estilistas mais influentes da atualidade, veste homens e mulheres de estilo casualmente moderno.

DVF
Diane Von Furstenberg iniciou a carreira criando peças que chamaram a atenção. Sua principal invenção, nos anos 70 foi o vestido envelope. Diane desenha peças únicas e com identidade muito característica. A marca mostra a mulher prática e moderna, preocupada com os acontecimentos do mundo.


Dsquared²
A marca Dsquared² é o resultado de paixões em comum entre os irmãos gêmeos, Dan e Dean Caten, por moda, arte e música. Já assinaram o figurino de artistas renomados como Madonna e Christina Aguilera. Durante anos, a filosofia de Dsquared² foi representada em campanhas irônicas e irreverentes, atingindo posteriormente um tom mais sofisticado.

Oma Tees
Oma significa avó em alemão, uma homenagem que a estilista Claudia quis fazer à sua avó. Tees é uma forma de abreviação utilizada para T-Shirts. A marca especializada em camisetas femininas foi criada em 2009 e traz em suas roupas memórias da arte, moda e cultura.

Seven
O grande destaque da Seven é o jeans Premium Denin de qualidade superior que dá vida às disputadíssimas calças, famosas por sua modelagem impecável e pelas lavagens especiais. É a marca preferida de inúmeras celebridades ao redor do mundo.


Carmim
A Carmim transmite uma imagem moderna, jovial e sofisticada. Referência na moda brasileira, ela é conhecida também por sua excelente e ampla linha de produtos ricos em detalhes.


Gant
Com origem nas tradições e estilo de vida da Costa Leste Americana, a GANT é uma marca de estilo verdadeiramente internacional, que se baseia em uma atitude casual e confortável, mas sempre elegante e com um toque de sofisticação cosmopolita.


Penguin
A Original Penguin é uma clássica marca americana de moda masculina. Criada em 1955, a grife se tornou ícone do mundo da moda, moderna e sempre ligada às tendências.

Diesel
Atitudes conscientemente provocadoras e jeans de caimento impecável formam a receita que conferiu à Italiana Diesel o status de grife jovem mais disputada entre homens e mulheres.


Hugo Boss
Uma das marcas mundiais mais consagradas da moda, a alemã Hugo Boss cria coleções elegantes e contemporâneas, para homens e mulheres, urbanos e bem-sucedidos.


Ralph Lauren
Suas roupas e acessórios combinam o estilo clássico e sofisticado com o descontraído e esportivo, em uma moderna interpretação americana da moda. Sua grande maioria carrega um símbolo de puro status: um jogador de pólo e seu cavalo.


Tommy Hilfinger
A marca se encaixa no perfil de adeptos de um visual esportivo clássico. Símbolo de alta qualidade, a Tommy Hilfinger conquistou o público com uma vasta gama de vestuário de alta qualidade, acessórios e produtos lifestyle.


G –Star Raw
A grife Holandesa G-Star sempre se preocupou muito em introduzir a sarja, misturando o nível de elegância da mesma com o lado despojado das ruas. A marca de jeans é influenciada pelas tendências da moda Européia e também pelas roupas militares, especializada em calças jeans, de denim “Raw” ou cru, deslavadas e destratadas, antes mesmo de serem construídas.


Rockstter
Moda masculina atual, sem idade e sintonizada com o que há de novo, independente de padrões e rótulos. Uma moda para as mais diversas situações e ocasiões.


Cris Barros
À frente da marca a estilista paulistana Cris Barros cria roupas que expressam seus sentimentos e vivências. Com estilo romântico, a marca é objeto de desejo das mulheres brasileiras.

Le Lis Blanc 
costura seus produtos exclusivamente para a mulher elegante, cosmopolita com essência nacional, sem folclores, conectada às tendências e, principalmente, cheia de personalidade.


Forum
Emblema da moda nacional, a Forum traz de volta a essencialidade do clássico. Dotada de uma personalidade muito própria, suas coleções têm sempre por base a cultura do Brasil, a chamada brasilidade.



Richards
Richards significa saber estar à vontade, confortável, cômodo, bem vestido. Não estar under, nem over. É um estilo de vida que corresponde ao modo de agir e pensar, a uma filosofia do estar, que define uma visão de mundo e de comportamento.


Iodice
Sensualidade e contemporaneidade. Coleção feminina com design e qualidade, com a essência de sua origem no Jersey e distribuídas em todo Brasil e exterior.


Spezzato
A SPEZZATO é uma marca de moda feminina que foi fundada no ano de 1986 pelas sócias Andréa Chammas Kurbhi e Roberta Nahas, com espírito inovador, conquistou rapidamente o marcado nacional.


Animale
A mulher Animale gosta de moda e tem prazer em vestir a marca. A marca conquista seu espaço com originalidade para uma mulher sofisticada, ousada e exigente. Para isso, aposta em uma imagem de moda própria e versátil.


BOBSTORE
A Bobstore tem o objetivo de agradar a mulher em frente ao espelho. A verdade refletida no espelho é a mais importante e valiosa. Se a mulher estiver se sentindo bem com a imagem que enxerga ali, estará segura e logo, poderosa, bonita e feliz. A Bobstore faz roupas para este momento, e conseqüentemente veste bem a mulher em qualquer horário e ocasião.


FYI
Podemos dizer que a FYI é mais uma filha para a marca Animale. A marca possui uma pegada jovem e carioca, porém focada em uma menina que não vive somente entre as ondas do Rio de Janeiro, e sim aquela que viaja o mundo.


John John
A marca John John nasceu do sonho de produzir o melhor jeans do mundo. João Foltran pesquisou muito em busca de novas técnicas de lavagem, costura e modelagem, tornando as peças objetos de desejo, atendendo um público de espírito jovem, descolado, que não se prende a tribos, não tem barreiras e prezam pelo conforto e estilo.

18 julho 2013

SAPATOS FAMOSOS

Alguns personagens possuem características tão específicas, que não é necessária sua imagem completa para que sejam lembrados. Podem ser reconhecidos por sua voz, roupas, ou até mesmo um acessório. Federico Mauro, designer italiano, criou um projeto usando como base sapatos, tênis, botas e chinelos de personalidades conhecidas do cinema, dos palcos e, até, dos campos de futebol.
A série possui mais de 30 montagens e pode ser conferida aqui.


Fonte http://www.capoanionline.com.br/blog/

17 julho 2013

Ronaldo Correia de Brito... Um Escritor na Biblioteca!


Foi a partir do romance Galileia (2008) que Ronaldo Correia de Brito começou a se tornar mais conhecido em todo o Brasil — e até no exterior. A longa narrativa que reinventa o sertão brasileiro rendeu ao escritor cearense o Prêmio São Paulo de Literatura. Nascido em 1951, em Saboeiro (CE), Brito já havia escrito e publicado outros livros antes de Galileia. Em 1983, dirigiu Maracatus misteriosos, peça de teatro de sua autoria. A partir da coletânea de contos Faca (2003), recebeu convite para ser escritor-residente na Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA). Após Galileia, o escritor publicou o livro de contos Retratos imorais (2010) e o romance Estive lá fora (2012).
Durante edição do projeto “Um escritor na Biblioteca”, Brito recuperou fragmentos de seu percurso de escritor e leitor, que tem na Bíblia uma obra fundamental. “O livro que mais li, sempre releio e vou continuar lendo minha vida toda é a Bíblia. No meu entendimento, trata-se de um excelente livro de narrativas. A Bíblia é um livro de autores, de várias vozes interessantíssimas. Nunca busquei na Bíblia um livro religioso, mas uma obra de narrativas, de metafísica e poesia”, disse, em entrevista mediada pela jornalista Mariana Sanchez.

Morador do Recife desde 1969, o escritor é médico há 43 anos. Brito diz que a medicina é fundamental para sua vida e ficção. “A medicina me dá o substrato diário, me apresenta histórias, me alimenta e, ao mesmo tempo, essa profissão também é o um exercício diário com o ser humano. Medicina é o contato diário com a dor, com o sofrimento, e isso é necessário porque o mundo da literatura, muitas vezes, se torna vago, abstrato demais. Lidar com pacientes traumatizados, acidentados, com todo tipo de dor, é muito real, me leva para uma dimensão mais humana, me deixa com os pés mais no chão”, afirmou. Brito também contou que leu clássicos da literatura com falhas, devido à ação de traças e cupins e se tornou escritor para preencher essas lacunas. Psicanálise, intoxicação de Guimarães Rosa, mitos, bibliotecas, desinteresse por futebol e outros assuntos também entraram no bate-papo.

Confira, a seguir, os principais momentos.





Foto: Guilherme Pupo

Vida é imaginação
Em Estive lá fora, meu mais recente romance, tem uma cena emocionante sobre biblioteca, em que o personagem, quando chega em casa após uma longa viagem, encontra vários livros, e se apaixona por eles mesmo não sabendo ler. E, aí, ele fala que irá se casar com a dona desses livros. Essa passagem ilustra bem como é o meu processo de criação, uma vez que essa história é verdadeira. Um judeu amigo meu, médico lá de Recife, quando era rapaz foi fazer um intercâmbio em Israel. Ele foi até a casa de uma família e, quando entrou, se deparou com diversos livros em cima de uma mesa e ficou totalmente apaixonado pelos títulos. Naquele instante, ele tomou a decisão de que se casaria com a dona daquelas obras. Ela era uma judia, uma pessoa muito culta, que falava hebraico, inglês e português. Eles se casaram e, de fato, aproveito essa história a respeito da qual eu tinha conhecimento, que é uma história de amor, uma paixão repentina pelos livros, com um imenso arrebatamento.

 
Os livros e a vida
A história da minha mãe é emocionante e diz respeito aos livros. Ela era professora primária e foi contratada para trabalhar em uma fazenda dando aulas inclusive a moradores semianalfabetos. Eram pessoas que mal sabiam assinar o nome. Ela foi ensinar esses alunos, de vários níveis de compreensão, e um dos alunos era o meu pai, que tinha 19 anos, mal sabia ler e acabou se apaixonando pela professora. A família de minha mãe não aceita o relacionamento, então meu pai viaja com a minha mãe para o sertão, e ela leva o que viria a ser a minha primeira biblioteca: um caixote de livros.

 
Um caixote maior que o mundo
Foi por meio do conteúdo daquele caixote, no qual havia livros de aritmética, gramática e uns poucos romances, que meu pai aprendeu a ler. Ver meu pai sentado em uma mesa lendo até o amanhecer é uma das lembranças mais fortes da minha vida.

 
Alfabetização
Na casa onde passei a minha infância, a rotina noturna era mais ou menos a seguinte: minha mãe ficava na sala bordando ou costurando e meu pai remendava as roupas de couro e bordava as selas. Sob a luz de um candeeiro, eu folheava um livro ilustrado por Gustave Doré, A história sagrada, obra que reunia trechos do Velho e Novo Testamentos. Meu processo de alfabetização aconteceu, basicamente, em textos do Novo Testamento, onde Cristo era açoitado, coroado de espinhos. Eu tinha três, quatro anos.


“Acredito em um regionalismo geográfico. Os escritores precisam ter uma pátria, um lugar, o que é fundamental para uma boa literatura.”


Lacunas em Crato
Então, a minha família se muda para o Crato, onde moravam uns parentes. Conto isso porque, no Crato, morava um primo rico que tinha uma imensa biblioteca, onde eu pude ler toda a obra de Machado de Assis, de José de Alencar, de Monteiro Lobato, entre outros. E li de uma maneira tão definitiva que nunca mais precisei reler Machado de Assis e José de Alencar. Aquele primo também tinha uma casa no campo com uma biblioteca, algo raríssimo para a época. Era um luxo, uma biblioteca imensa. Só havia um problema: não havia nenhuma conservação. E, com o tempo, traças e cupins começaram a consumir os livros. Eu lia os enredos com buracos nas páginas. E, dessa maneira, li parte significativa de obras clássicas faltando partes do livro, com muitos buracos. Por isso, digo que a minha formação é incompleta, fragmentada, por ter sido feita em obras clássicas nas quais faltavam pedaços.

 
Escuta psicanalítica
A minha leitura era mais ou menos como a escuta psicanalítica, em que o paciente vai repetindo o seu discurso e sempre faltam pedaços. Digo isso porque talvez eu tenha me transformado em um escritor na tentativa de preencher esses buracos, essas grandes lacunas que existiram na minha vida.

 
Dez anos no divã
Eu sou psicanalisado. Passei dez anos em um divã, quatro vezes por semanas, cinquenta minutos por sessão. Por aí se vê como o meu caso é muito grave. Também tenho formação psicanalítica. Então, trabalho muito com essa questão do buraco, da falta, do que é preciso produzir para preencher essa falta, preencher esse não lugar.

 
Releitura
Sou um sujeito que lê obsessivamente. Um leitor meticuloso que lê e memoriza. De modo geral, ao terminar um livro, eu o sei de cor. Minha memória é impressionante. Diria que quase nunca esqueço uma referência bibliográfica. Por exemplo, posso me lembrar hoje de que em tal livro, de tal autor, provavelmente em tal passagem, deve ter uma citação sobre o tema tal. E quando estou escrevendo, pego o livro que li há 30 anos e localizo o trecho com precisão. Em geral, acerto. Leio muito vagarosamente. Jamais deixo de ler um livro até o fim. Até obras que não gosto. Essas eu leio como um exercício de como não escrever. Acho que os livros ruins nos ensinam muitas coisas. Levo os livros muito a sério. Tenho muito cuidado com toda e qualquer obra. Talvez porque eu saiba que alguns livros foram plantados em mim e resultaram em ganhos — para sempre.


“A Bíblia é um livro de autores, de várias vozes interessantíssimas. Se me perguntam qual foi o autor que mais me influenciou, confesso que são os autores da Bíblia.”


Machadinho e Alencar
Comentei anteriormente que deixei de ler José de Alencar e Machado de Assis porque li a obra dos dois de forma obsessiva nos anos de formação. De fato, li toda obra do Alencar e do Machado, o que não recomendo a ninguém. Como, em determinado contexto, eram os únicos livros que eu tinha ao meu alcance e eram completos, sem buracos de traças, então os li fortemente. Não voltei a esses escritores até que em Retratos imorais, meu livro de contos, logo no primeiro texto, uma personagem debocha muito de Machado e José de Alencar. O Machado, pela mania de dizer cousa, e o Alencar pela mania das reticências.

 
Foto: Guilherme Pupo
Rosa e o sacolejo
Há outro escritor que parei completamente de ler por causa da prosódia. Trata-se de um escritor que inventou um idioma e que criou um ritmo embriagador. Antigamente, andava-se muito de trem e eram viagens longas, de 12 horas, e o trem tinha um sacolejo estranho. Você tinha a sensação de que estava sendo jogado para frente e para trás e, depois de se fazer uma longa viagem de trem de 12 ou 14 horas, você ainda sentia alguns dias o corpo sendo balançado. Você ia andando e ainda tinha a impressão que estava no trem. Existe um escritor que tem esse mesmo ritmo, essa coisa que mexe fisicamente com a gente: é o Guimarães Rosa.



Intoxicação
Guimarães Rosa é o escritor que tem o que mais aprecio na literatura: a mais alta poesia e a mais alta metafísica. Gosto muito de uma escrita metafísica. Em Estive lá fora tem um momento em que um personagem debocha, dizendo que o mal, a doença de todos eles é o excesso de metafísica. Acho que passei um tempo meio intoxicado de tanta metafísica, mas eu gosto da metafísica no Grande sertão: veredas. Mesmo assim, não tenho influências de Guimarães Rosa, até porque parei de lê-lo. Sonho com o dia em que vou parar de escrever e só vou ler Guimarães Rosa, porque gosto muito dele. Quando estava lendo o Grande sertão: veredas, lembro que saí de casa porque queria terminar de ler o livro sozinho. Estava de tal maneira envolvido e apaixonado pelo livro, era tão arrebatador, que não queria partilhar com ninguém, não queria estar junto de ninguém no instante em que eu estivesse com aquele livro. Então, Guimarães é um autor que eu não leio. Não porque não gosto, mas porque gosto demais.



Em busca de leitores
O que eu mais queria na vida era ter leitores. É o que todo escritor deseja: ter leitores. Agora, um escritor precisa escrever aquilo que acredita. Tem que ter seu ritmo, seus experimentos com a linguagem, essa liberdade de escritor. Existe um desejo e existe uma exigência. Então, o desejo de ter leitores e a exigência de ser o escritor que você quer ser, que você deseja vir a ser. Imagine como foi difícil para o Guimarães Rosa fazer aquela escolha de construir uma língua. Também penso hoje como deve ser difícil as pessoas lerem as obras Guimarães Rosa em outros países: ele é intraduzível. Ao mesmo tempo, admiro e considero pertinente a existência de um escritor como o Luis Fernando Verissimo, que conquista tantos leitores e é tão agradável de ler. Hoje, há um grande impasse porque o escritor brasileiro está flertando com o mercado internacional e, neste contexto, como um autor como Guimarães Rosa vai sobreviver se quiser inventar um idioma que é intraduzível?


“Quero escrever sobre as questões que me interessarem, sobre o que eu quiser. Não sou nem estou preso a nenhum cânone, a nenhuma fantasia sobre literatura brasileira.”


Médico
Guimarães Rosa disse que se tornou escritor graças ao convívio com o povo, graças ao exercício da medicina, entre outros fatores. O escritor russo Anton Tchekhov foi uma pessoa que passou a vida toda entre o que ele chamava de amante, que era a literatura, e a esposa, que era a medicina. Certamente, eu não seria o escritor que sou não fosse a medicina.

 
O futebol e outros dribles
Recentemente, recebi uma encomenda para um antologia de contos sobre futebol, que vai sair na Alemanha. E, confesso, futebol é uma coisa que detesto, sempre detestei. Nunca tive ligação com futebol. Imagine, escrever sobre o futebol: tudo por causa de um convite. Sei de duas antologias que vão sair na Alemanha, uma sobre futebol e a outra sobre violência. O imaginário sobre o Brasil é sempre o mesmo. O legado de Jorge Amado, da literatura de mulatas charmosas, de exotismo, continua sendo o legado da literatura brasileira. Há um estereótipo ainda do que é a escrita brasileira e, em alguma medida, exige-se que os escritores produzam um tipo de romance. Não quero escrever apenas sobre determinado assunto, seja miséria, tráfico de drogas, violência em favelas, mulheres gostosas e vida sexual desbragada. Quero escrever sobre as questões que me interessarem, sobre o que eu quiser. Não sou nem estou preso a nenhum cânone, a nenhuma fantasia sobre literatura brasileira.



Cura e prosa
Todos os dias ouço histórias maravilhosas devido a essa profissão. A medicina me dá o substrato diário. Eu tive que escrever sobre futebol e, então, lembrei de um paciente que tentou ser jogador, foi fracassado e chegou todo quebrado em minha enfermaria para eu tomar conta. Durante um mês ou dois, escutei as histórias dele. Escrevi um conto que ficou muito bom. É uma história que exclui totalmente o futebol e entra somente na questão do homem. A medicina me apresenta histórias, me alimenta e, ao mesmo tempo, essa profissão também é o exercício diário com o ser humano. Medicina é o contato diário com a dor, com o sofrimento, e isso é necessário porque o mundo da literatura, muitas vezes, se torna vago, abstrato demais. Lidar com pacientes traumatizados, acidentados, com todo tipo de dor, é muito real, me leva para uma dimensão mais humana, me deixa com os pés mais no chão. Já tenho idade para me aposentar, mas não pretendo. Vou continuar indo diariamente aos hospitais.

 

Foto: Guilherme Pupo

“Guimarães Rosa é o escritor que tem o que mais aprecio na literatura: a mais alta poesia e a mais alta metafísica.”


Inevitável
Uma vez perguntaram ao escritor Isaac Bashevis Singer o motivo de ele escrever sobre prostitutas e ladrões judeus. Aí ele respondeu que não poderia escrever sobre prostitutas e ladrões espanhóis porque não conhecia os espanhóis, mas sim os judeus. Por ser médico, vou sempre trabalhar com personagens médicos porque vivo, há exatamente 43 anos, a medicina. Conheço muitos médicos, estudantes de medicina e pacientes. Então, a medicina sempre será o meu universo. Nesse meio posso errar menos.



Mitos
Perdemos toda nossa relação com o sagrado. A pós-modernidade rompe definitivamente com o sagrado, e isso é uma premissa que coloca o homem em uma situação meio niilista. Sem o mito, o ser humano perde a relação com o que está no passado, e o que está lá no passado é sempre o mito. Mesmo tendo uma formação científica, sendo médico e psicanalista, jamais perco essa perspectiva, das tradições religiosas, com aquilo que é sagrado, mítico e fundamental. A minha literatura busca, justamente, um equilíbrio, como se eu abrisse as pernas e com a ponta de um pé tentasse alcançar a pós-modernidade e, com o outro pé, me mantivesse ligado com uma outra corrente de energia. Seria isso o que chamo de mito.



Bíblico
O livro que mais li, sempre releio e vou continuar lendo por toda minha vida é a Bíblia. No meu entendimento, trata-se de um excelente livro de narrativas. A Bíblia é um livro de autores, de várias vozes interessantíssimas. Se me perguntam qual foi o autor que mais me influenciou, confesso que são os autores da Bíblia. Nunca busquei na Bíblia um livro religioso, mas uma obra de narrativas, de metafísica e poesia. As profecias de Isaías, Ezequiel e Jeremias são a mais alta poesia que a humanidade produziu.



Boca de Deus
Na Bíblia, os profetas se apresentavam como a “boca” de Deus. Passei minha vida estudando as religiões africanas e, nelas, as pessoas que recebem o santo são denominadas de cavalos dos orixás. São cavalos, portanto, recebem o seu Deus como cavalos porque a principal manifestação divina neles é por meio da dança, é pela expressão do corpo — é a partir da linguagem gestual que a divindade se manifesta. Já na Bíblia, os profetas são a mão e a boca de Deus porque eles escrevem e falam as palavras de Deus. Eu me identifico mais em ser a boca de Deus, em ser alguém que recebe a escrita ou a fala de Deus do que alguém que dance, apesar de admirar muito, e até invejar, as pessoas que são capazes de falar com o corpo.

Depois de Freud
Acredito que depois de Freud (1856-1939) não existe literatura não psicanalisada. Toda a literatura do Ocidente, a norte-americana e a europeia, é psicanalisada. Aliás, a psicanálise, antes mesmo de Freud, é inaugurada com Fiódor Dostoiévski (1821-1881), um escritor russo completamente psicanalisado e que psicanalisa muito os seus personagens. Para conferir isso, basta ler Os irmãos Karamazov e perceber como ele analisa as crises epiléticas de um personagem.





Foto: Guilherme Pupo

A jornalista Mariana Sanchez conduziu o papo com Ronaldo Correia de Brito no auditório da BPP.

Toda psicanálise

Eu sou psicanalisado, sou formado em psicanálise, mas não a exerço. Não quis seguir com a psicanálise, apesar do alto custo da minha formação, porque achei que a escuta psicanalítica iria atrapalhar a minha escrita. Não conheço bons escritores psicanalistas. São, no máximo, bons escritores de textos, não de literatura. A psicanálise me ajuda muito na leitura e na compreensão de textos, e ela sempre aparece, como, por exemplo, no romance Galileia. O personagem Adonias é psicanalisado, mas em um momento ele pede o dinheiro de volta, alegando que a análise não funcionou: o Adonias esbraveja contra a psicanálise.


Regionalismo
Acredito em um regionalismo geográfico. Os escritores precisam ter uma pátria, um lugar, o que é fundamental para uma boa literatura. Você imaginaria Gabriel García Marquéz sem Aracataca? E o William Faulkner sem o Mississipi? Proust e Balzac sem Paris? Machado de Assis sem o Rio de Janeiro? E Guimarães Rosa sem os gerais de Minas? Impossível. Disseram que o meu romance Galileia reinaugura um olhar sobre o sertão, e isso eu acato. Antes, havia um olhar sobre o sertão por meio do sertanejo romântico de José de Alencar; de Os sertões, do Euclides da Cunha; do Grande sertão: veredas, do Guimarães Rosa; de Vidas secas, do Graciliano Ramos, que apresenta um olhar mais social. Em Galileia, reinvento sim o sertão e, detalhe, fora de qualquer cânone da cartilha regionalista. Os personagens saem de pontos variados do mundo e se movimentam para se encontrar na Galileia, e aí é criado um novo sertão, que possui elementos da tradição mítica.


Invenção
Quando recebi o convite para escrever um conto sobre futebol, assunto que é difícil para mim, tudo se modificou no momento em que encontrei um paciente com uma história interessante e, devido a isso, consegui desenvolver algo. Toda escuta psicanalítica é uma escuta divagante. A gente escuta aquilo que mais interessa. São fragmentos e o resto você compõe. Então, conviver com pacientes, no exercício da medicina, me proporcionou pedaços, mas na minha história, tive de situá-lo em um tempo. Por exemplo, quando tinha cinco anos eu ficava na janela da minha casa, no Crato, e passavam jogadores de futebol vindo de uma quadra. O que me impressionava era o mal cheiro que o corpo deles exalava. Eles vinham com aquelas chuteiras fazendo barulho, sem camisa, falando muito alto, suados e com aquele cheiro. Então, eu tinha um repertório importante para escrever meu conto. Depois, lembrei de um time composto por açougueiros da cidade. Daí, o meu paciente vai virando açougueiro, mesmo sem ter cortado um pedaço de carne na vida. Acabei buscando elementos para compor esse meu personagem cortador de carne. Então, são vários elementos que entram no meu processo de invenção literária. Os sonhos que aparecem em Estive lá fora são sonhos que eu tive. É incrível, mas nos dois anos que eu passei escrevendo o livro vivi obsessivamente aqueles sonhos. Gostaria de dizer ainda que tenho colegas que sempre achei que renderiam ótimos personagens. Então, a pessoa percebe que estou querendo arrancar coisas delas, e mais tarde essa pessoa aparece em alguma história literária. Algumas ficam com muita raiva, às vezes, acontece algum problema. Mas é assim mesmo que funciona. Também posso criar personagens a partir de eu mesmo.



 http://www.candido.bpp.pr.gov.br/modules

10 julho 2013

Duo Teixeira Santos toca MPB e música de câmara na Biblioteca

Surgido em 2011, o Duo Teixeira Santos traz na bagagem um repertório variado que possibilita a exploração das peculiaridades timbrísticas de sua formação (violão de 7 cordas e ceramofone).
Surgido em 2011, o Duo Teixeira Santos traz na bagagem um repertório variado que possibilita a exploração das peculiaridades timbrísticas de sua formação (violão de 7 cordas e ceramofone).
O Duo Teixeira Santos, formado pelos músicos Marcelo Teixeira e Iê dos Santos, promete unir a sonoridade camerística a um repertório de música popular, na Biblioteca Pública do Paraná. A apresentação, com início às 17h30, faz parte do projeto “Música na Biblioteca”, que semanalmente reúne artista dos mais variados gêneros para shows no hall térreo da BPP.

Formado em 2011, o Duo Teixeira Santos já trabalhou com o grupo Rosa Armorial e com a Orquestra à Base de Sopro, com a qual gravou um DVD ao vivo, tendo André Mehmari como convidado. Também participou da gravação de um CD ao vivo com Gabriele Mirabassi.

Seu repertório conta com temas de grandes representantes da música que transitam na fronteira entre o popular e o erudito, o que permite ao Duo Teixeira Santos desenvolver um trabalho com elementos de ambas as escolas.

Os músicos
Marcelo Teixeira é instrumentista, pesquisador e arranjador. Transita entre diferentes estilos musicais, como música de câmara e jazz, apresentando-se como solista em diferentes formações instrumentais. Além de suas atividades didáticas em cursos e oficinas, participa frequentemente de gravações e da elaboração de arranjos. É mestre em música pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde desenvolveu uma pesquisa ligada ao violão de sete cordas.

Iê dos Santos é autor do livro Estudos e peças para pandeiro brasileiro. Como instrumentista, tem se apresentado com músicos como Ronaldo do Bandolim, Gabriele Mirabassi, Toninho Carrasqueira, André Mehmari, Léa Freire, Toninho Ferraguti, Laércio de Freitas, Arrigo Barnabé e Joyce, entre outros.


Serviço:
Música na Biblioteca — Duo Teixeira Santos
Data: 19 de agosto
Horário: 17h30
Local: Hall térreo da Biblioteca Pública do Paraná. (R. Cândido Lopes, 133)
Mais informações: (41) 3221-4900/ www.bpp.pr.gov.br
Entrada franca



Programação da Biblioteca Pública do Paraná - Julho 2013

Segunda à sexta 11h e 15h - HORA DO CONTO – Térreo Infantil

Sábados

09h - CURSO DE ALFABETO BRAILLE – Auditório Paul Garfunkel
10h - CURSO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS (com Rodrigo Belato)- Sala de reuniões - 3º andar
11h - HORA DO CONTO – Térreo Infantil

Quintas 18h

OFICINA PERMANENTE DE POESIA - Sala de reuniões — 3º andar

Dia 3

19h - UM ESCRITOR NA BIBLIOTECA (Bernardo Carvalho) - Auditório Paul Garfunkel

Dia 5

17h – CINECLUBE JORGE DE SOUZA - Auditório Paul Garfunkel
17h30 – MÚSICA NA BIBLIOTECA (Ângelo Esmanhoto) – Hall Térreo

Dia 11 a 13

14h às 18h - OFICINA BPP DE CRIAÇÃO LITERÁRIA – Crítica Literária (com Luís Augusto Fischer) - Sala de Reuniões (3º andar)

Dia 12

13h – TORNEIO DE XADREZ - Hall do 2º Andar
17h – CINECLUBE JORGE DE SOUZA - Auditório Paul Garfunkel
17h30 – MÚSICA NA BIBLIOTECA (Daniel Migliavacca) – Hall Térreo

Dia 13

13h – ENCONTRO DOS JOGADORES DE RPG - Hall do 2º Andar
18h - UMA NOITE NA BIBLIOTECA

Dia 19

17h – CINECLUBE JORGE DE SOUZA - Auditório Paul Garfunkel
17h30 – MÚSICA NA BIBLIOTECA (Duo Teixeira Santos) – Hall Térreo
Dia 20
9h – OFICINA - "Literalmente a gente canta - a música como estratégia de ensino em literatura" - Auditório Paul Garfunkel

Dia 26

17h – CINECLUBE JORGE DE SOUZA - Auditório Paul Garfunkel
17h30 – MÚSICA NA BIBLIOTECA (Sincopé) – Hall Térreo

Dia 31

16h – MEMÓRIA PARANAENSE – Auditório Paul Garfunkel

08 julho 2013

Como montar uma revista impressa

Diante da crescente disponibilidade de informativos na web, houve uma necessidade dos editores em trabalhar mais a atratividade da revista impressa e fidelizar seu público. A ação que obteve resposta a fidelização, foi transparecer ao leitor alguns parâmetros de importância na escolha por uma revista impressa, que vão desde entrevistas e matérias com maior credibilidade de fonte, durabilidade do conteúdo, periodicidade, sofisticação em design na ilustração das matérias, excelência em fotografias, além de dispor maior conforto no espaço da leitura.

A revista impressa no cenário de comunicação e mídia

  • Gera informação, publicidade e marketing empresarial.
  • Alcança maior visibilidade no lançamento de produtos, fixação de marcas empresariais e valorização de serviços personalizados.
  • É vista por muitos, como um veículo de comunicação rentável na formação de vínculos entre organizações empresarias e seus respectivos públicos.
Por estas características, é valido frisar que em posse de um bom planejamento de edição e conhecimento de programas em design e acima de tudo interesse e competência. Você poderá criar sua revista e render proporcionalmente junto ao crescimento de leitores.

Para montar uma revista impressa busque informações, sobre:

Características e diferentes padrões de revistas

Seja em qualidade de impresso, fotografia, diagramação, matérias bem estruturadas. Distribuição das matérias por páginas. Ex: Onde cabe “a matéria destaque”? Espaço adequado para mídia e patrocínios e entre outras observações.

Avaliar oportunidades por localidade para empreender sua revista.

Ex: caso, você more em bairro ou cidade de porte turístico, comercial, empresarial, moveleiro ou industrial. Nestes, sempre haverá necessidade do empresariado local em expor seus serviços e produtos num espaço de mídia e publicidade. Uma revista poderá suprir bem esta procura.

Procure em você, perfil de um editor de revista

Você gosta de escrever e sempre se viu como um bom divulgador do que acontece de melhor em seu bairro?
Ex: comenta sobre vantagens desde mercearias antigas que ainda mantém o charme e prestígio de um atendimento personalizado, promoções, comércios com estruturas voltados a inclusão social para pessoas que possuem mobilidade reduzida e entre outros exemplos que você gostaria que fossem valorizados e até servisse como exemplos administrativos seja em comercio, turismo, esporte, educação.
Caso, você tenha se visto diante destas características? Conteúdo para revista você já tem e clientes para anunciar em sua revista também. Agora é só por a mão na massa e criar a sua revista.

Visite algumas gráficas que trabalham com impressão de revistas

E avalie o sistema que cada gráfica prioriza na diagramação da revista desde melhor escala de cores, melhor papel, tamanho adequado de matérias, o que o público vem mais valorizando em sofisticação e estética impressa e outros.
Antes da criação da revista é primordial ter conhecimento em alguns programas que são: CorelDraw (para figuras, desenhos vetorias), Photoshop (para arquivos raster como imagens e fotos), PageMaker, InDesign (Estes servem para diagramação da revista). A escala de cores a ser utilizada para material impresso deve ser a CMYK.
OBS: Caso você não domine estes programas você precisará do auxilio de um amigo ou alguém que comande padrões de criação de uma revista, pois se as fotos apresentarem baixa resolução, padrão de cores errada, formato errado, tipos de letra ilegíveis. Poderá ocorrer uma reversão de expectativas.
Agora, caberá estudar qual será a abordagem da sua revista Vale considerar qual será o publico leitor que predomina mais para criação da sua revista? Se o foco é mais voltado a negócios, empresariado, mercado, educação ou turismo? E lembre-se! A eficiência da publicação depende muito mais do interesse do público leitor.

Passo a passo e dicas para criação de uma revista:

Suponhamos que o seguimento da sua revista será negócios, pois você avaliou seu bairro e vizinhança e constatou que o mesmo, trata-se de um bairro comercial.

1 – Destrinchar o ramo de negócios você poderá aborda nas matérias de sua revista. EX:

  • Matéria- O que torna as organizações comerciais duradouras? (entrevistar comerciantes que apresentam longevidade e sucesso na administração do seu negocio)
  • Matéria – Empresas mostram seu ABC em Gestão qualificada.
  • Matéria- Enxergue oportunidades de crescimento empresarial
  • Matéria- Franquias que superaram as expectativas e alavancam seu negócio.
Dica: Para inicio, crie oportunidades de mobilizar recursos para primeira tiragem da sua revista, como por exemplo; esclareça que com a publicação das matérias acima citadas, proporcionará divulgação em marketing e publicidade ao empresariado que foi a fonte para criação das matérias. Assim, você vinculará seus interesses de (Editor) aos dos entrevistados (fonte), onde todos saíram satisfeitos pela troca de serviços.

2 – Organizar o espaço que cada matéria irá ocupar na revista.

Ex:
  • Matéria- Empresas mostra seu ABC em gestão qualificada (espaço- duas páginas)
  • Matéria- Enxergue oportunidades de crescimento empresarial (espaço – uma pagina)

3 – Ordem das matérias

  • Matéria- enxergue oportunidades (pagina 1)
  • Matéria- Empresas mostra seu ABC em gestão qualificada (pagina 3 e 4)
  • Matéria- O que torna as organizações comerciais duradouras? (pagina central) e assim sucessivamente.

4 – Chegou à hora de montar o boneco da sua revista

  • Ou melhor, trabalhar toda a diagramação e edição da sua revista desde visual das páginas com inserção de textos, fotos, tipo de papel, cores tudo que envolve o projeto gráfico da revista.
  • É valido usar as dicas de diagramação obtidas nas gráficas que você visitou. Porém vale ressaltar que a elaboração dos periódicos, inclusive formato, números de páginas, capa, impressão a cores e paginação variam de acordo como os seus objetivos, volume de leitores, verba disponível e conteúdo da revista.
  • Esta é a fase mais importante na criação da revista, é onde você poderá visualizar sua idéia e checar se todos os detalhes estão de acordo com o planejamento.
OBS: É Aqui que você usará os programas corelDraw, Photoshop, PageMaker, InDesign e a escala de cores CMYK

Você poderá obter o passo a passo da criação de um boneco de revista aqui:


5 – Financiamento para tiragem da revista

  • Com o Boneco da sua revista já pronto, caso você não possua verba para investir na primeira tiragem da revista. Vá até as empresas e comércios escolhidos com o boneco da sua revista em mãos e mobilize recursos, ou melhor, venda sua idéia envolva os empresários com os conteúdos que sua revista abordará, comercialize espaços publicitários que financiarão a tiragem da sua revista. Atenção: se a impressão do boneco for feita em impressora caseira? Adicionem no boneco recortes de outras revistas com o tipo de papel, cores, fotografia e outros detalhes que você priorizará para edição de sua revista. Próximo passo, antes da impressão será:

6 – A arte-finalização:

  • É o fechamento do arquivo antes de ser enviado para gráfica. Aqui será tudo revisto e adequado aos fatores exigidos pela gráfica desde montagem das matérias, colocação de fotos, títulos, ilustrações e emendas. Cabe esta função, ao profissionalismo de um arte finalista.
*Dica – Se você possui dinheiro para investir na criação da sua revista? Contrate um Design para criar a arte e diagramação da revista. E um Arte Finalista para o fechamento do arquivo antes de enviar a gráfica.

Saiba que existe um Planejamento Editorial Padrão, utilizado para criação de jornais e revistas. Onde, seguir as diretrizes deste trará praticidade e rentabilidade.

*Válido lembrar que alguns tópicos do planejamento padrão coincidirão com o que já foi abordado no “passo a passo para criação de uma revista”. Salvo que, “o passo a passo”, destrincha mais detalhes em criação. E o “Padrão” trás diretrizes estruturais e organização administrativa.

Etapas para criação de um planejamento editorial padrão

1 – Pauta- É necessário discutir os assuntos, escolher os mais importantes e determinar o enfoque a ser dado a cada um, só assim decidir como as matérias vão ser tratadas.
É Válido frisar que as matérias dividem-se em:
  • Noticias
  • Editorial
  • Artigo
  • Entrevista
  • Reportagem
  • Coluna
  • Resenha crítica
  • Carta do leito
  • Outras sessões: enquetes, passatempos e outras…
OBS: Os artigos, editoriais, reportagens, resenha crítica, coluna. Estas matérias tende a refletir a opinião ou descrição pessoal de fatos ou acontecimentos, não tem um modelo a seguir e sim depende da maneira de cada um escrever. Já as notícias que são impessoais, devem ser abertas por um lead. Isto é, o primeiro parágrafo resume toda matéria, respondendo as perguntas: O quê? Quem? Onde? Quando? Por quê? Como? .
Muita atenção! Se a revista abordar notícias ou reportagens? Será necessário ter auxílio ou contratar um Jornalista. Pois, na criação de notícia e reportagem, cabem técnicas e padrões de edição de imprensa.
2 – Fechamento- É o recolhimento, avaliação e distribuição das matérias. Atenção! Na redação, as frases devem ser curtas e não repetir a mesma palavra em um só parágrafo.
3 – Edição e diagramação da matéria- É a revisão, colocação de título e a elaboração do “boneco” ou modelo de como vai ficar a revista. Daqui, começa também a disposição da matéria pelas páginas da revista.
Dica: Existe uma importância na distribuição das matérias por páginas. Consideram-se as páginas ímpares, “quentes” e as pares, “frias”.
Ex: para reportagens ou matérias de peso a página 3 é nobre (página ímpar) as páginas centrais também têm seu valor nobre. Já as páginas pares, ficam as sessões de enquetes, passatempos, matérias curtas. Enfim, assunto para ler com mais calma. A última página poderá coincidir com o numero par, porém esta é considerada de posicionamento nobre também.
4 – Expediente- aqui deve ser colocado o nome da revista e especificar se é uma publicação mensal, bimestral ou outras. Endereço, os nomes de quem nela trabalharam, a gráfica que imprimiu e a data de publicação. Tudo isto deve ficar na Página 2.
5 – Composição- Compor as matérias é passar os textos para o papel que formará as colunas da revista.
6 – Arte-finalização- É a montagem das matérias com fotos, títulos, ilustrações e emendas.
Dica: As fotos e ilustrações grandes devem ser colocadas em cima do texto e nunca embaixo.
7 – Impressão- Leve a sério, a qualificação na impressão da sua revista. Lembre-se, que a impressão revelará todo o seu trabalho de criação e edição ao público desejado. Assim, não economize investimento nesta etapa, evite sujar papel ou erros amadores. Procure gráficas qualificadas que ofereça serviços completo desde prepress e pre-mídia, passando pela impressão off-set e digital, acabamento, até a distribuição. Considere este como um alicerce do seu negócio.
8 – Distribuição- É o total dos exemplares efetivamente distribuídos de cada edição da revista, cujo resultado deve ser observado.
9 – Periodicidade da revista- a escolha da periodicidade da revista caberá atenção do criador, podendo ser mensal, bimestral ou trimestral. Procurar manter a periodicidade da revista é primordial, pois sem ela não se fixa imagem e, conseqüentemente, não se forma conceito.
10 – Equipe- Funcionários ou auxiliares para remessa de matérias; Jornalista, Revisor de textos, Design, fotógrafo, Arte finalista, finanças, marketing e vendas.

Financeiro

Levante todas as despesas como; material, contratação de terceiros, serviço de gráfica e outros. Importante procurar informações sobre capital de giro e demais direções que lhe condicione a um alicerce, ou melhor, a inserção do seu empreendimento no mercado de comunicação. Para isto, é primordial ter seu plano de negócios.

Registre sua revista

A Revista impressa é considerada um veículo de comunicação social. Sendo assim, considera-se clandestino o jornal ou outra publicação periódica, não matriculada nos termos do art.122 ou em cuja matrícula não conste os nomes e as qualificações do diretor ou redator e do proprietário.
É valido averiguar maiores detalhes na LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973. Art.123- O pedido de matrícula conterá as informações e será instruído com os documentos.
Procure um cartório mais próximo e esclarecerá todas as suas dúvidas sobre o protocolo essencial para este serviço. Lá, caso necessário, você será encaminhado a outras repartições.

Ao iniciar os serviços, leve em consideração:

  • Primeiro numero de edição - Este deverá sempre sair com o número 0 (zero) é uma experiência só depois sai o numero 1 (um).
  • Peculiaridades regionais – levem em consideração se os assuntos abordados da sua revista vêm de encontro ao interesse do publico. Se foca a vivencia do publico da região ou estar focando o nacional [solto].
  • Avaliação – para manter a qualidade editorial, avalie o interesse do leitor. Realize pesquisas de campo (este serviço pode ser terceirizado).

Por: Syelida Luna
http://www.novonegocio.com.br

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